| II Conferência Países de Língua Portuguesa | |
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| 14/04/08 | |
Países de língua portuguesa discutem DST e aids no Rio de Janeiro
O II Congresso da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) sobre DST e aids será aberto nesta segunda-feira (14/4), no Rio de Janeiro. O evento, que vai até o próximo dia 17, reúne representantes de todos os países da CPLP, composta por Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor Leste e Brasil. Participam do encontro pesquisadores, especialistas e profissionais de saúde.
A diretora do Programa Nacional de DST e Aids do (PN-DST/AIDS) do Ministério da Saúde, Mariângela Simão, fará, às 19h, a conferência de abertura do evento, sobre a experiência brasileira no controle e prevenção da aids e outras DST. Na mesma noite, o diretor regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a África, Luís Gomes Sambo, abordará a prevenção e controle da epidemia no continente africano.
Para Mariângela Simão, o congresso demonstra a importância do enfrentamento da epidemia na agenda dos países de língua portuguesa. “É uma espaço para troca de experiências e conhecimentos dos países da CPLP para a melhoria de suas capacidades de resposta à epidemia”, avalia.
O Congresso é uma promoção da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com apoio do PN-DST/AIDS, do Centro Internacional de Cooperação Técnica em HIV e Aids (CICT), da Fundação Eduardo Santos (FESA) e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Nos quatro dias do Congresso, serão apresentadas cerca de 50 palestras e mais de 80 painéis sobre a situação epidemiológica das DST e aids nos países da CPLP.
Estão previstos debates sobre co-infecção, transmissão vertical do HIV, implementação de programas de atenção às pessoas vivendo com HIV e aids, vigilância, resistência do vírus aos medicamentos anti-retrovirais, prevenção entre mulheres, pesquisas e estratégias de desenvolvimento dos testes de diagnósticos.
Pré-Congresso – Nesta segunda-feira pela manhã, reunião com os países participantes avalia o impacto das resoluções da Carta de Luanda, documento aprovado no primeiro Congresso da CPLP, em Angola, em 2005. No documento, os países do grupo se comprometeram a agir conjuntamente na promoção das políticas e estratégias de combate às DST e aids.
O congresso no Rio servirá para analisar a situação de cada um dos países em relação a essas doenças e avaliar as dificuldades encontradas na implementação de planos estratégicos, além de fortalecer as parcerias.
No último fim de semana, os ministros da Saúde de alguns dos países da CPLP reuniram-se, em Cabo Verde, para discutir e avaliar uma proposta de Rede Técnica de Articulação em DST, HIV e aids. A rede é formada por representantes dos oito países da CPLP e sua proposta é realizar ações de cooperação técnica na área de DST e aids.
Entre os objetivos da Rede estão promover o acesso universal à prevenção, diagnóstico, assistência e tratamento; combater estigma e descriminação das pessoas que vivem com HIV; fortalecer a participação da sociedade civil na elaboração e implementação de políticas públicas, estimulando a formação de redes de organizações não-governamentais e de pessoas vivendo com HIV.
Histórico – Em março deste ano, o Rio de Janeiro foi sede da primeira reunião ministerial da CPLP para debater questões relacionadas ao crescimento da epidemia entre as mulheres, ao acesso universal e ao estabelecimento de parcerias. No evento, foi aprovada a Carta do Rio de Janeiro, documento que foi discutido e aperfeiçoado a partir das contribuições de representantes de governo, sociedade civil, mulheres que vivem com HIV e aids nesses países e agências da Organização das Nações Unidas.
Os compromissos firmados levaram em conta as necessidades e especificidades regionais, respeitando aspectos culturais e as vulnerabilidades das mulheres. A partir da carta, existe proposta de agenda de cooperação horizontal entre os países para fortalecer as respostas nacionais no enfrentamento da feminização da epidemia de HIV e aids.
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