19/02/2008

HEPATITE B

HEPATITE B
Hepatite B atinge 400 milhões de pessoas ao redor do mundo
Considerada uma das maiores viremias crônicas da humanidade – bem mais infecciosa que o HIV –, a hepatite B apresenta números tão grandes quanto o desconhecimento existente em relação à doença.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente metade da população do globo vive em áreas com grande prevalência do vírus e mais de 2 bilhões de pessoas apresentam evidências de estarem infectadas ou de já terem contraído a doença em algum momento de suas vidas. Atualmente, aproximadamente 350-400 milhões de pessoas são portadoras da hepatite B em todo o mundo.
Além disso, um milhão de pacientes morrem anualmente, em função do comprometimento do fígado causado pelo vírus, que pode levar a quadros crônicos da doença ou mesmo ao desenvolvimento de cirrose e câncer. No Brasil, o número de infectados chega a 2 milhões, dos quais apenas 3% recebem tratamento adequado. Números tão expressivos são explicados pela facilidade de contrair o vírus, que está presente e pode ser transmitido pelo sangue, saliva, sêmen, secreções vaginais, suor, leite materno, lágrimas e urina dos infectados.
Segundo especialistas, embora o número de casos venha apresentando queda em algumas regiões, em decorrência de programas de vacinação, o desconhecimento sobre o problema ainda leva à falta de prevenção e tratamento adequados. De acordo com a OMS, 45% da população do planeta vive em áreas de alta endemicidade, onde a prevalência de portadores crônicos do vírus é maior ou igual a 8%. Este é o caso da África, Ásia, Bacia Amazônica, margem do Ártico, parte do Caribe e algumas regiões do Leste da Europa.
Outros 43% estão em áreas consideradas intermediárias, compostas por algumas regiões do Leste e Sudeste europeu, Oriente Médio, Japão, Ásia Ocidental, parte da América Central e do Sul, onde há a presença de 2%a 8% de portadores crônicos.
Apenas 12% da população mundial, concentrada nos países da Europa Ocidental, Austrália e América do Norte, onde o número de pessoas infectadas é inferior a 2% da população. A hepatite B é uma infecção viral que compromete o funcionamento do fígado e pode provocar cirrose e câncer.
Na fase inicial, o paciente tem sintomas como anorexia, náusea, vômito, febre, mialgia, desordem gustativa e dor moderada e intermitente na região atingida.
Com a evolução da doença, aproximadamente um terço dos indivíduos começam a apresentar urina escura, fezes claras e icterícia.
Aqueles que evoluem para a fase crônica, cerca de 20 a 25%, podem apresentar fadiga, anorexia, náusea, desconforto, dor e descompensação hepática. Alguns fatores podem, ainda, complicar o quadro de infecção, como o consumo de álcool e a co-infecção com outros vírus, como os da hepatite C e da Aids (HIV). Os tratamentos disponíveis não levam à cura da doença, mas visam diminuir a carga viral e, conseqüentemente, controlar a multiplicação do vírus no organismo, evitando a evolução para quadros mais graves. Estudos recentes mostram que pode haver uma tendência de terapia combinada para o tratamento.