Este blog foi criado para intercambiar minhas relações profissionais. Pouco coisa será postada de cunho pessoal, reserva-se a acompanhar as relevâncias socias em diveros níveis, com conteúdos de raça, credo, gênero, políticas públicas, violência, com recorte especial as questões voltadas para área da saúde. Os assuntos postados com certeza vão servir de um banco de dados para mim, quanto para aqueles e aquelas que buscam informações nesta área.
03/03/2008
DEMISSÃO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Uma ex-funcionária do hospital Stella Maris, Cíntia Antunes Fernandes da Cruz, 26 anos, era uma agente de saúde do Programa Saúde Família, em Guarulhos, grande São Paulo e disse que teria sido demitida após tornar-se soropositiva. “Minha chefe ficou sabendo antes de mim da minha sorologia, durante o exame de pré-natal. Voltei da licença maternidade, fiquei mais dois meses e fui demitida”, alega Cíntia. Segundo ela, o hospital ainda realiza exame anti-HIV em processos admissionais para seleção de funcionários. A informação foi negada pelo médico do trabalho do local, Dr. Ernesto Youti Maeda. Segundo ele, os exames acontecem logo depois do processo de seleção. “Peço exame apenas para funcionários que trabalham com pacientes. Não posso arriscar colocar alguém com imunidade baixa para tratar de um tuberculoso. Isso é uma proteção para o próprio funcionário”, exemplificou.O Dr. Ernesto destacou também que, se necessário, troca o trabalhador de setor. “Só não aprovamos se realmente houver incapacidade para o trabalho”, informou. Segundo Cíntia Antunes, o hospital também estaria realizando exames periódicos, anuais, de anti-HIV em funcionários. O médico do trabalho do local negou esta informação.No Brasil, a exigência de testes de HIV para processos admissionais é vetada pelo parecer 14/88 do Conselho Federal de Medicina, determinando que não há justificativa técnica ou científica para a realização indiscriminada de exames sorológicos. O parecer também desobriga os funcionários a apresentarem resultados dos testes ao patrão. A portaria interministerial 869, de 1992, também proíbe o teste anti-HIV nos exames médicos admissionais, periódicos e demissionários. “Nem sabia que exames periódicos de HIV, em local de trabalho, poderia ser proibido”, disse Cíntia. Segundo ela, houve questionamentos sobre isso durante palestras realizadas no hospital pelo Instituto Diet, ONG que atua na cidade de Guarulhos.Cíntia Antunes trabalhava no local há cerca de 3 anos e foi demitida recentemente.Outro LadoA ex-chefe de Cíntia Antunes e enfermeira, Isamar de Sousa Monteiro, negou que tivesse demitido a funcionária por preconceito. “Foi necessário uma redução no quadro de funcionários e ela era a única que tinha advertência em seu histórico profissional”, explicou sobre o critério escolhido para a demissão de Cíntia. “Jamais demitiria alguém por ser portador do vírus da Aids”, alegou.Mas, Isamar também negou que soube da sorologia positiva para o HIV por meio do pré-natal da funcionária. “Essas pessoas que orientaram a Cíntia a fazer isso [denunciar o hospital] não têm conhecimentos suficientes dos problemas pessoais dela. Acho que ela está sendo meio joguete de propaganda”, contestou.“Todo anos temos campanhas sobre DSTs, mas não obrigamos ninguém a fazer o teste de HIV”, disse Isamar sobre as campanhas internas que acontecem todos os anos, incluindo o Dia Mundial de Luta Contra a Aids no posto do Programa Saúde e Família de Guarulhos.Leonardo Nogueira e Rodrigo VasconcellosHospital Stella MarisTel.: (0XX11) 6423-8500Unidade do Serviço Saúde Família - São RafaelTel.: (0XX11) 6422-0773