Odun promove curso a distância "Produção Cientifica de Mulheres Negras"
O curso Produção Cientifica de Mulheres Negras, oferecido gratuitamente pela ODUN FORMAÇÃO & PRODUÇÃO, montado na plataforma moodle (Software Livre), totalmente à distancia, é uma possibilidade de conhecermos a produção e contribuição cientifica dessas grandes mulheres, filósofas, empregadas domésticas, médicas, camelôs, poetas, matemáticas, engenheiras, pedagogas, militantes, e suas perspectivas sobre o mundo em que vivemos.As inscrições estão abertas do dia 23 ao dia 31 de janeiro de 2009, através do link: www.cursos.educacaoadistancia.org.br Não perca tempo, as vagas são limitadas, apenas 100 para todo o Brasil, 75% das vagas reservadas para as mulheres e 25% reservadas para os homens.
ACESSE O SITE E FAÇA JÀ A SUA INSCRIÇÃO:
http://cursos.educacaoadistancia.org.br/login/signup.phpPara a pergunta: Você realizará o curso DH e MC dia 10/11? Responda NÃO.
A Odun Formação & Produção junto com toda equipe do Curso Produção Cientifica de Mulheres Negras desejam-lhe boa sorte e aguardam sua inscrição!
Este blog foi criado para intercambiar minhas relações profissionais. Pouco coisa será postada de cunho pessoal, reserva-se a acompanhar as relevâncias socias em diveros níveis, com conteúdos de raça, credo, gênero, políticas públicas, violência, com recorte especial as questões voltadas para área da saúde. Os assuntos postados com certeza vão servir de um banco de dados para mim, quanto para aqueles e aquelas que buscam informações nesta área.
28/01/2009
27/01/2009
Dia mundial de Combate a Hanseniase
EM 2009, o Dia Mundial de Combate à Hanseníase será realizado no dia 25 de janeiro. A data, instituída pela Organização Mundial da Saúde, tem o objetivo de eliminar a doença que atualmente atinge mais de 200 mil pessoas a cada ano. Mesmo tendo cura por meio de um tratamento simples e gratuito, o Brasil ainda não conseguiu erradicá-la, e o Ministério da Saúde vem somando esforços para informar e dar visibilidade aos seus principais sintomas. Em consonância a essa política, a Escola Nacional de Saúde Pública realizou capacitações com profissionais de saúde de diversas unidades da Fiocruz, além de avaliar a implantação do 'Programa Nacional de Controle da Hanseníase. O treinamento realizado pelo Laboratório de Avaliação de Situações Endêmicas Regionais da ENSP envolveu nove estados nos quais a doença tem o risco de crescer e teve o objetivo de identificar a contribuição do programa para o atual perfil da doença. Amazonas, Roraima, Amapá, Rio Grande do Norte, Piauí, Bahia, Alagoas, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul foram os estados escolhidos para a avaliação do Programa Nacional de Controle da Hanseníase, tido como prioridade pelo Ministério da Saúde. Além disso, a Escola, por meio do Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria (CSEGSF), realizou capacitações com profissionais de saúde de diversas unidades da Fiocruz e com a população de Manguinhos que é atendida na unidade. A campanha de Combate a Hanseníase da Fiocruz, acontecerá entre os dias 26 e 30 de janeiro, por meio do Ambulatório Souza Araújo do Instituto Oswaldo Cruz (Asa/IOC/Fiocruz) - unidade de referência estadual em hanseníase do município do Rio de Janeiro - com atendimento, orientação e distribuição de panfletos explicativos sobre a doença. O Asa faz parte do Laboratório de Hanseníase do IOC e é um Centro colaborador nacional do Ministério da Saúde. Este ambulatório, formado por equipe multiprofissional preparada para receber moradores de toda a cidade, oferece atendimento completo à população com exames de alta complexidade e atendimento especializado. A doença A hanseníase é uma doença infecciosa crônica, causada pela bactéria Mycobacterium leprae, conhecida como bacilo de Hansen. Suas principais características são manchas brancas ou avermelhadas, que apresentam alterações de cor e de sensibilidade. Além disso, a sensação de formigamento, fisgadas ou dormência nas extremidades do corpo, como mãos, pés e cotovelos também não alguns sintomas. Ela pode ser transmitida por secreção nasal ou saliva de portadores que não receberam tratamento. A doença acomete principalmente a pele e os nervos periféricos, podendo ser altamente incapacitante. Maior barreira para a cura ainda é o preconceito Especialistas da área indicam que a maior barreira para a cura ainda é o preconceito, pois isso atrapalha o tratamento do doente, prejudicando assim o controle da endemia. A hanseníase é prima-irmã da tuberculose, pois segue o mesmo padrão epidemiológico, acometendo principalmente grupos menos favorecidos, como pessoas de baixa renda e baixa qualidade de vida. Ela vem crescendo vertiginosamente entre crianças e jovens de até 15 anos. De acordo com o chefe do Ambulatório Souza Araújo (Asa/IOC), José Augusto Nery, no Brasil surgem 50 mil novos casos de hanseníase por ano, e somente o Rio de Janeiro contabiliza cerca de três mil e quinhentos novos casos da doença. Vale ressaltar que a contaminação por contato social é pouco provável, pois embora a transmissão da doença só ocorra através de contato íntimo e prolongado com o paciente, a maioria das pessoas tem uma resistência natural ao bacilo de Hansen, e não desenvolve a doença, mesmo que tenha contato com ele. O tratamento da hanseníase é feito por meio de um coquetel de medicamentos, composto por três tipos de antibióticos e é chamado de poliquimioterapia (PQT). O tempo de administração do medicamento varia de acordo com o tipo de infecção do paciente, podendo durar de 6 a 24 meses. O tratamento é oferecido gratuitamente em todos os postos de saúde do país.
Apoio a mulheres que querem parar de fumar deve levar em conta as problemáticas sociais
Apoio a mulheres que querem parar de fumar deve levar em conta as problemáticas sociaisFernanda Marques
“É uma carência, é uma luta muito solitária que a mulher tem. E o cigarro é o apoio”, disse uma entrevistada que tinha câncer e não tinha com quem dividir o medo da morte. “O cigarro é pra ficar bem mais forte”, disse outra entrevistada ao expressar a dor pela morte violenta do filho. Estes depoimentos fazem parte de um estudo feito pelas pesquisadoras Márcia Terezinha Trotta Borges e Regina Helena Simões-Barbosa, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Publicado recentemente na revista Cadernos de Saúde Pública, periódico da Fiocruz, o trabalho revela que, entre as mulheres, cada vez mais exigidas pela família e pelo trabalho, o cigarro desempenha um papel de apoio no enfrentamento de problemas, mas cobra um preço alto pelo amparo proporcionado. O artigo destaca que, além das questões médicas, o tabagismo envolve também aspectos sócio-culturais, políticos e subjetivos, assim como a dimensão de gênero. Por isso, as pesquisadoras ressaltam que, nas estratégias de controle e prevenção do tabagismo feminino, é necessário levar todos esses fatores em consideração.
As dificuldades cotidianas, que levam as mulheres a se refugiarem no cigarro, devem ser levadas em conta na elaboração de programas de controle e prevenção do fumo (Foto: Agência Senado)
Em outras palavras, o artigo de Márcia e Regina mostra que, para retirar o cigarro da vida das mulheres, não basta convencê-las dos males à saúde: é preciso compreender o papel atribuído ao cigarro e substituí-lo por suporte não só médico, mas também social. As duas pesquisadoras entrevistaram 14 frequentadoras de um programa, em um hospital público do Rio, voltado a pessoas que querem parar de fumar. Nas conversas, “buscou-se captar as dimensões das experiências de vida, sentimentos, crenças, valores e atitudes das entrevistadas, além das singularidades em meio às diversidades culturais e sociais”, contam as autoras no artigo. Procurando compreender os significados do fumar feminino, foram abordados diversos temas, como a trajetória sócio-familiar e de gênero, assim como as vivências relacionadas ao cigarro. Também foi feita uma avaliação do programa de saúde oferecido pela instituição.
A maioria das entrevistadas encontrava-se na faixa etária de 41 a 60 anos e iniciou o fumo antes dos 13 anos, acendendo os primeiros cigarros em casa, para os familiares. Estas mulheres procuraram o programa do hospital por motivo de saúde e encontravam-se em abstinência entre dois e seis meses. Os depoimentos revelaram traços comuns entre elas: muitas tiveram uma infância pobre, marcada pelo abandono da escola e ingresso precoce no mundo do trabalho, além da ausência da figura paterna. Também não foram raros os relatos de agressões sofridas. “As situações de pobreza, que freqüentemente geram desagregação familiar e violência, marcaram profundamente essas mulheres”, dizem as autoras.
Ao falarem sobre os homens, as entrevistadas lhes atribuíram várias características negativas, ressaltando o fato de serem egoístas e pouco companheiros na hora de dividir as tarefas da casa e os cuidados com os filhos. Por outro lado, as mulheres foram quase sempre identificadas com atributos positivos, associados à figura da mãe e da guerreira. “Portanto, concomitante à crítica sobre a exploração do trabalho feminino, subsiste uma representação do feminino ideologicamente ‘naturalizada’ na maternidade, explicando e justificando a super-exploração do trabalho feminino, produtivo e reprodutivo. Essa ideologia, a nosso ver, obscurece a compreensão das interrelações entre a condição de gênero e o sistema capitalista, que explora a maioria da população trabalhadora, homens e mulheres”, destacam Márcia e Regina.
Sobrecarga de trabalho, cobranças e conflitos sociais, momentos de estresse, desgaste, sofrimento, ansiedade, raiva, impotência, solidão e rejeição: é nessas circunstâncias que as entrevistadas recorriam ao cigarro – “um suporte barato, de fácil acesso e que proporcionava alívio, mesmo que momentâneo, para tantos sentimentos dolorosos”, conforme descrevem as autoras. A partir das entrevistas, as pesquisadoras identificaram duas categorias do tabagismo feminino: o cigarro como companheiro e como fonte de prazer.
“O cigarro ‘companheiro’ é associado ao enfrentamento de situações relacionadas às contradições entre mundo público e familiar, ao alívio de sentimentos ‘negativos’ e, por fim, como compensação da solidão”, explicam Márcia e Regina. “O cigarro ‘fonte de prazer’ emerge associado a um quase ritual, realizado nos raros momentos em que se descansa dos incontáveis e incessantes ‘deveres’ e demandas da casa, do trabalho, dos filhos e de outros familiares, criando momentos íntimos de reflexão e paz, a sós consigo mesma, em contextos de vida com poucas oportunidades de privacidade, relaxamento e intimidade”, completam.
Essas dificuldades cotidianas, que levam as mulheres a se refugiarem no cigarro, devem ser levadas em conta na elaboração de programas de controle e prevenção do fumo específicos para este segmento. “Reafirmamos aqui a necessidade de considerarmos, na pesquisa e na assistência à saúde das mulheres, particularmente no tabagismo feminino, os determinantes sociais, culturais e políticos dos processos saúde/doença, neles incluídos a dimensão de gênero”, concluem as pesquisadoras.
Publicado em 26/1/2009.
Notícias
GUERRA E FOME
26 de janeiro de 2009
Guerra e fome
José Graziano da Silva
Gaza é o exemplo mais recente e destacado pela mídia de como a ação humana pode trazer graves riscos para a segurança alimentar, mas não é o único.
Quando a FAO foi criada em 1946 acreditava-se que a conjunção dos fatores paz e alimentos em abundância poderia garantir a segurança alimentar. Assim, terminada a Segunda Guerra Mundial, a organização nascia para fomentar a produção agrícola e garantir a segurança alimentar de todos.
Não por acaso, em 1949, o primeiro diretor-geral da FAO, John Boyd Orr, recebeu o Prêmio Nobel da Paz. O reconhecimento da relação entre paz e disponibilidade de alimentos foi reforçado em 1970, quando o agrônomo Norman Borlaug, propulsor da Revolução Verde, também foi agraciado com o Nobel da Paz.
No entanto, a fome persiste. A FAO estima que no final de 2008 havia cerca de 963 milhões de subnutridos no mundo. Nunca antes foram tantas pessoas alimentando-se inadequadamente.
Em outra tendência preocupante, constata-se que o número de países em situação de emergência alimentar vem crescendo. Entre 1984 e 1997 nunca se registrou mais de 40 em um único ano. Desde 1998 sempre foram mais de 40.
Os dados da FAO mostram que a ação humana é, cada vez mais, a explicação para as emergências alimentares. Nos anos 80, era responsável por, em média, por menos de 10 emergências anuais, enquanto aquelas causadas por catástrofes naturais quase sempre superavam 30. Entre 2002 e 2007, a ação humana respondeu por cerca de 30 emergências alimentares por ano.
O conflito armado continua a ser a razão da insegurança alimentar na maioria dos países, particularmente na África. Mas cada vez mais o que está por trás da fome causadas pela ação humana são os fatores socioeconômicos - que podem ser internos como políticas sociais e econômicas deficientes, ou externos como a alta dos preços de alimentos importados.
De uma participação praticamente insignificante na década de 80 no total de situações de emergências alimentares de responsabilidade humana, os fatores socioeconômicos passaram a explicar pelo menos uma em cada quatro emergências a partir do ano 2000.
A região da América Latina e Caribe vive em paz há décadas, com a exceção do conflito interno na Colômbia. E, segundo os dados mais recentes da FAO, têm um excedente de alimentos (já descontada as exportações) que supera os 30%.
Teríamos, portanto, a condição necessária - paz - e suficiente - produção de alimentos - para garantir a segurança alimentar de toda nossa população. No entanto, 51 milhões de pessoas na região estavam subnutridas no final de 2007. Em 1990, eram 52 milhões.
O que chama mais a atenção é que depois de conseguirmos reduzir o número de pessoas com fome para 45 milhões em 2005, a alta dos preços dos alimentos em 2006 e 2007 nos fez perder praticamente todo esse avanço. E, provavelmente, a situação terá piorado ainda mais em 2008 com a crise econômica.
Que não tenhamos conseguido acabar com a fome na região é uma prova clara de que apenas a paz e a produção de alimentos não garantem a segurança alimentar. É preciso acrescentar uma variável para completar a equação: vontade política e ação decidida dos governos, provendo recursos efetivos para acabar com a fome.
Na edição de 2008 do informe O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo (disponível em http://www.rlc.fao.org), a FAO revela que de 77 países analisados, 16% não haviam tomado nenhuma medida normativa para enfrentar a alta dos preços dos alimentos. Segundo o documento, na América Latina e Caribe, quase um terço dos países não tomaram ações normativas com esse fim e muitos se limitaram a medidas defensivas e emergenciais, como a redução de impostos de importação.
O que estamos fazendo para ganhar a guerra contra a fome é pouco para reverter o descaso das últimas quatro décadas.
Desde a década de 70, muitos países em desenvolvimento desmantelarem sua infra-estrutura agrícola e reduziram a produção local de alimentos convencidos de que era mais fácil e barato comprar no mercado internacional alimentos subsidiados de países desenvolvidos.
O desenvolvimento da agricultura familiar perdeu importância nas agendas nacionais. O potencial produtivo desse setor foi sendo descartado e eles passaram cada vez mais a serem sujeitos de programas sociais e não de desenvolvimento.
Os recursos destinados à agricultura pela cooperação internacional também minguaram, caindo de 17% para 3% do total entre 1980 e 2006. Em termos reais, a queda foi de quase 60%, de US$8 bilhões para US$3,4 bilhões por ano (para acabar com a fome precisamos investir 10 vezes mais por ano).
Em épocas de crises agudas, a ajuda internacional passou a enfocar-se no imediato: doação de comida. Mas as emergências foram se estendendo ao longo dos anos e o que deveria ser uma resposta imediata para situações críticas, se tornou em muitos casos, uma solução permanente.
Mas sabemos o que é preciso para erradicar a fome na nossa região e no mundo.
Combater a desigualdade impulsionando políticas econômicas e sociais que promovam a inclusão e o desenvolvimento dos mais pobres. Melhores empregos e salários são essenciais para aumentar o acesso aos alimentos.
Apoiar a agricultura familiar para que ela possa tornar-se sustentável e rentável. Ela é parte da solução e não do problema, principalmente numa região na qual metade da população rural é pobre.
Destinar mais recursos para garantir o direito à alimentação para todos, o que implica em criar as condições para que todas as pessoas tenham os meios para satisfazer as próprias necessidades alimentares.
E, finalmente, fortalecer o marco jurídico da segurança alimentar. Atualmente, apenas Argentina, Brasil, Equador, Guatemala e Venezuela têm leis que asseguram esse direito. Outros 10 países da região debatem hoje o tema.
Em épocas de crise é preciso proteger os mais pobres e, para isso, leis de segurança alimentar são importantes. Em 2009, a FAO continuará dando seu apoio aos países nessa área através de ações como a implementação de uma Frente Parlamentar Latino-americana Contra a Fome, promovida pela Iniciativa América Latina e Caribe Sem Fome.
Sabemos o que fazer. Agora, só falta agir. E, para isso, falta o compromisso político de garantir os recursos necessários para acabar com a fome.
José Graziano da Silva é representante Regional da FAO para América Latina e Caribe.
Artigo originalmente publicado em 21 de janeiro de 2009 pelo jornal Valor Econômico.
Informações Lucas Tavares(56 2) 923 2176RLC-Prensa@fao.org
Assessoria de Comunicação(61) 3411.3349 / 2747
www.presidencia.gov.br/consea ascom@consea.planalto.gov.br
Guerra e fome
José Graziano da Silva
Gaza é o exemplo mais recente e destacado pela mídia de como a ação humana pode trazer graves riscos para a segurança alimentar, mas não é o único.
Quando a FAO foi criada em 1946 acreditava-se que a conjunção dos fatores paz e alimentos em abundância poderia garantir a segurança alimentar. Assim, terminada a Segunda Guerra Mundial, a organização nascia para fomentar a produção agrícola e garantir a segurança alimentar de todos.
Não por acaso, em 1949, o primeiro diretor-geral da FAO, John Boyd Orr, recebeu o Prêmio Nobel da Paz. O reconhecimento da relação entre paz e disponibilidade de alimentos foi reforçado em 1970, quando o agrônomo Norman Borlaug, propulsor da Revolução Verde, também foi agraciado com o Nobel da Paz.
No entanto, a fome persiste. A FAO estima que no final de 2008 havia cerca de 963 milhões de subnutridos no mundo. Nunca antes foram tantas pessoas alimentando-se inadequadamente.
Em outra tendência preocupante, constata-se que o número de países em situação de emergência alimentar vem crescendo. Entre 1984 e 1997 nunca se registrou mais de 40 em um único ano. Desde 1998 sempre foram mais de 40.
Os dados da FAO mostram que a ação humana é, cada vez mais, a explicação para as emergências alimentares. Nos anos 80, era responsável por, em média, por menos de 10 emergências anuais, enquanto aquelas causadas por catástrofes naturais quase sempre superavam 30. Entre 2002 e 2007, a ação humana respondeu por cerca de 30 emergências alimentares por ano.
O conflito armado continua a ser a razão da insegurança alimentar na maioria dos países, particularmente na África. Mas cada vez mais o que está por trás da fome causadas pela ação humana são os fatores socioeconômicos - que podem ser internos como políticas sociais e econômicas deficientes, ou externos como a alta dos preços de alimentos importados.
De uma participação praticamente insignificante na década de 80 no total de situações de emergências alimentares de responsabilidade humana, os fatores socioeconômicos passaram a explicar pelo menos uma em cada quatro emergências a partir do ano 2000.
A região da América Latina e Caribe vive em paz há décadas, com a exceção do conflito interno na Colômbia. E, segundo os dados mais recentes da FAO, têm um excedente de alimentos (já descontada as exportações) que supera os 30%.
Teríamos, portanto, a condição necessária - paz - e suficiente - produção de alimentos - para garantir a segurança alimentar de toda nossa população. No entanto, 51 milhões de pessoas na região estavam subnutridas no final de 2007. Em 1990, eram 52 milhões.
O que chama mais a atenção é que depois de conseguirmos reduzir o número de pessoas com fome para 45 milhões em 2005, a alta dos preços dos alimentos em 2006 e 2007 nos fez perder praticamente todo esse avanço. E, provavelmente, a situação terá piorado ainda mais em 2008 com a crise econômica.
Que não tenhamos conseguido acabar com a fome na região é uma prova clara de que apenas a paz e a produção de alimentos não garantem a segurança alimentar. É preciso acrescentar uma variável para completar a equação: vontade política e ação decidida dos governos, provendo recursos efetivos para acabar com a fome.
Na edição de 2008 do informe O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo (disponível em http://www.rlc.fao.org), a FAO revela que de 77 países analisados, 16% não haviam tomado nenhuma medida normativa para enfrentar a alta dos preços dos alimentos. Segundo o documento, na América Latina e Caribe, quase um terço dos países não tomaram ações normativas com esse fim e muitos se limitaram a medidas defensivas e emergenciais, como a redução de impostos de importação.
O que estamos fazendo para ganhar a guerra contra a fome é pouco para reverter o descaso das últimas quatro décadas.
Desde a década de 70, muitos países em desenvolvimento desmantelarem sua infra-estrutura agrícola e reduziram a produção local de alimentos convencidos de que era mais fácil e barato comprar no mercado internacional alimentos subsidiados de países desenvolvidos.
O desenvolvimento da agricultura familiar perdeu importância nas agendas nacionais. O potencial produtivo desse setor foi sendo descartado e eles passaram cada vez mais a serem sujeitos de programas sociais e não de desenvolvimento.
Os recursos destinados à agricultura pela cooperação internacional também minguaram, caindo de 17% para 3% do total entre 1980 e 2006. Em termos reais, a queda foi de quase 60%, de US$8 bilhões para US$3,4 bilhões por ano (para acabar com a fome precisamos investir 10 vezes mais por ano).
Em épocas de crises agudas, a ajuda internacional passou a enfocar-se no imediato: doação de comida. Mas as emergências foram se estendendo ao longo dos anos e o que deveria ser uma resposta imediata para situações críticas, se tornou em muitos casos, uma solução permanente.
Mas sabemos o que é preciso para erradicar a fome na nossa região e no mundo.
Combater a desigualdade impulsionando políticas econômicas e sociais que promovam a inclusão e o desenvolvimento dos mais pobres. Melhores empregos e salários são essenciais para aumentar o acesso aos alimentos.
Apoiar a agricultura familiar para que ela possa tornar-se sustentável e rentável. Ela é parte da solução e não do problema, principalmente numa região na qual metade da população rural é pobre.
Destinar mais recursos para garantir o direito à alimentação para todos, o que implica em criar as condições para que todas as pessoas tenham os meios para satisfazer as próprias necessidades alimentares.
E, finalmente, fortalecer o marco jurídico da segurança alimentar. Atualmente, apenas Argentina, Brasil, Equador, Guatemala e Venezuela têm leis que asseguram esse direito. Outros 10 países da região debatem hoje o tema.
Em épocas de crise é preciso proteger os mais pobres e, para isso, leis de segurança alimentar são importantes. Em 2009, a FAO continuará dando seu apoio aos países nessa área através de ações como a implementação de uma Frente Parlamentar Latino-americana Contra a Fome, promovida pela Iniciativa América Latina e Caribe Sem Fome.
Sabemos o que fazer. Agora, só falta agir. E, para isso, falta o compromisso político de garantir os recursos necessários para acabar com a fome.
José Graziano da Silva é representante Regional da FAO para América Latina e Caribe.
Artigo originalmente publicado em 21 de janeiro de 2009 pelo jornal Valor Econômico.
Informações Lucas Tavares(56 2) 923 2176RLC-Prensa@fao.org
Assessoria de Comunicação(61) 3411.3349 / 2747
www.presidencia.gov.br/consea ascom@consea.planalto.gov.br
13/01/2009
BOLSA-AUXÍLIO – MESTRADO/DOUTORADO - REDE DE PESQUISA SOBRE DROGAS
BOLSA-AUXÍLIO – MESTRADO/DOUTORADO - REDE DE PESQUISA SOBRE DROGAS
A Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas - SENAD, em seu projeto Rede de Pesquisa sobre Drogas oferece Bolsas-Auxílio com objetivo de desenvolver atividades de pesquisa no Projeto: “I Levantamento Nacional sobre o Uso de Álcool, Tabaco e Outras Drogas entre Universitários das 27 capitais brasileiras”, sob coordenação geral do Prof. Dr.Arthur Guerra de Andrade, da Faculdade de Medicina da USP – FMUSP, São Paulo.
Esse Projeto, com início no 1° semestre de 2009, é um estudo epidemiológico transversal que recrutará uma amostra representativa de universitários brasileiros para a compreensão do uso de drogas e de suas conseqüências.
Serão oferecidas bolsas-auxílio para alunos de mestrado e doutorado (mestrado: R$ 940,00; doutorado: R$ 1.394,00), durante o período de doze meses, sendo que as despesas de moradia, alimentação e transporte serão de custeio dos próprios alunos selecionados. Os bolsistas receberão, também, passagens aéreas ida/volta de São Paulo à sua cidade de origem. Os selecionados poderão ainda, se matricular na Faculdade de Medicina - FMUSP como alunos especiais para a realização de créditos.
Os projetos aos quais os alunos selecionados estarão diretamente vinculados e seus orientadores diretos serão:
(a) Prevalência e padrão de consumo de álcool e problemas relacionados ao Beber Pesado Episódico (BPE) entre estudantes universitários brasileiros: Profa. Dra. Laura Helena S. G. de Andrade;
(b) Comportamentos de risco entre universitários: Prof. Dr. André Malbergier e Prof. Dr. Arthur Guerra de Andrade
Para o preenchimento da vaga de Mestrado será selecionado um aluno graduado em cursos da área da saúde e com interesse em saúde pública. Para a vaga de Doutorado prioriza-se a seleção de um epidemiologista ou estatístico. É fundamental que os candidatos estejam desenvolvendo, na instituição de origem, dissertação ou tese em assuntos correlatos aos dos projetos anteriormente mencionados.
Para concorrer os interessados deverão:
-Possuir cadastro na Rede de Pesquisa sobre Drogas (clique aqui para se cadastrar);
- Possuir currículo atualizado na Plataforma Lattes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq.
- Estar regularmente matriculado em cursos de Mestrado/Doutorado reconhecidos pelo Ministério da Educação - MEC, vinculados a programas de pós-graduação stricto sensu desenvolvidos por Instituições de nível superior situadas em Estados das regiões Centro-Oeste (com exceção do Distrito Federal), Norte e Nordeste Brasileiras;
- Possuir disponibilidade para residir na cidade de São Paulo durante um período de até 12 (doze) meses.
Para o recebimento das bolsas de pesquisa acima, os candidatos selecionados deverão:
a) Dedicar-se exclusivamente às atividades relacionadas ao Projeto de Pesquisa “I Levantamento Nacional sobre o Uso de Álcool, Tabaco e Outras Drogas entre Universitários das 27 capitais brasileiras”;
b) Não receber bolsa de outra entidade durante o período de recebimento dessa bolsa-auxílio.
Os interessados poderão concorrer à bolsa-auxílio de Mestrado/Doutorado durante o período de 01/12/2008 a 10/01/2009 por meio do envio da documentação abaixo relacionada para o seguinte endereço: Rua Dr Ovídio Pires de Campos, 785, 3° andar, sala GREA, CEP 05403 -010, aos cuidados de Roberta Yamamoto (caso opte por fazê-lo por email, encaminhe os documentos para grea@usp.br). Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (11) 30697891 – falar com Roberta Yamamoto.
(a) Currículo Lattes;
(b) Declaração de vínculo atual como aluno regular do Programa de Pós-Graduação de Origem;
(c) Carta de anuência do orientador;
(d) Carta de Intenções do aluno contendo as seguintes informações:
- Trajetória profissional e perspectiva futura - destacando a relevância acadêmica de sua qualificação para a Região (Estado) de origem;
- Razões pelas quais deseja participar deste estudo (considerando como sua participação nesse estudo poderá contribuir para melhorar sua atuação profissional/acadêmica em sua Região - Estado - de origem);
- Disponibilidade para o desenvolvimento das atividades, incluindo residência na cidade de São Paulo – SP, pelo período de até 12 (doze) meses.
A seleção dos candidatos será feita por meio da avaliação desta documentação e considerará ainda:
-Qualidade da trajetória acadêmica individual – análise curricular;
-Potencial de crescimento acadêmico do candidato;
-Capacidade de multiplicação dos conhecimentos pelo candidato em seu ambiente profissional e em sua região.
A Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas - SENAD, em seu projeto Rede de Pesquisa sobre Drogas oferece Bolsas-Auxílio com objetivo de desenvolver atividades de pesquisa no Projeto: “I Levantamento Nacional sobre o Uso de Álcool, Tabaco e Outras Drogas entre Universitários das 27 capitais brasileiras”, sob coordenação geral do Prof. Dr.Arthur Guerra de Andrade, da Faculdade de Medicina da USP – FMUSP, São Paulo.
Esse Projeto, com início no 1° semestre de 2009, é um estudo epidemiológico transversal que recrutará uma amostra representativa de universitários brasileiros para a compreensão do uso de drogas e de suas conseqüências.
Serão oferecidas bolsas-auxílio para alunos de mestrado e doutorado (mestrado: R$ 940,00; doutorado: R$ 1.394,00), durante o período de doze meses, sendo que as despesas de moradia, alimentação e transporte serão de custeio dos próprios alunos selecionados. Os bolsistas receberão, também, passagens aéreas ida/volta de São Paulo à sua cidade de origem. Os selecionados poderão ainda, se matricular na Faculdade de Medicina - FMUSP como alunos especiais para a realização de créditos.
Os projetos aos quais os alunos selecionados estarão diretamente vinculados e seus orientadores diretos serão:
(a) Prevalência e padrão de consumo de álcool e problemas relacionados ao Beber Pesado Episódico (BPE) entre estudantes universitários brasileiros: Profa. Dra. Laura Helena S. G. de Andrade;
(b) Comportamentos de risco entre universitários: Prof. Dr. André Malbergier e Prof. Dr. Arthur Guerra de Andrade
Para o preenchimento da vaga de Mestrado será selecionado um aluno graduado em cursos da área da saúde e com interesse em saúde pública. Para a vaga de Doutorado prioriza-se a seleção de um epidemiologista ou estatístico. É fundamental que os candidatos estejam desenvolvendo, na instituição de origem, dissertação ou tese em assuntos correlatos aos dos projetos anteriormente mencionados.
Para concorrer os interessados deverão:
-Possuir cadastro na Rede de Pesquisa sobre Drogas (clique aqui para se cadastrar);
- Possuir currículo atualizado na Plataforma Lattes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq.
- Estar regularmente matriculado em cursos de Mestrado/Doutorado reconhecidos pelo Ministério da Educação - MEC, vinculados a programas de pós-graduação stricto sensu desenvolvidos por Instituições de nível superior situadas em Estados das regiões Centro-Oeste (com exceção do Distrito Federal), Norte e Nordeste Brasileiras;
- Possuir disponibilidade para residir na cidade de São Paulo durante um período de até 12 (doze) meses.
Para o recebimento das bolsas de pesquisa acima, os candidatos selecionados deverão:
a) Dedicar-se exclusivamente às atividades relacionadas ao Projeto de Pesquisa “I Levantamento Nacional sobre o Uso de Álcool, Tabaco e Outras Drogas entre Universitários das 27 capitais brasileiras”;
b) Não receber bolsa de outra entidade durante o período de recebimento dessa bolsa-auxílio.
Os interessados poderão concorrer à bolsa-auxílio de Mestrado/Doutorado durante o período de 01/12/2008 a 10/01/2009 por meio do envio da documentação abaixo relacionada para o seguinte endereço: Rua Dr Ovídio Pires de Campos, 785, 3° andar, sala GREA, CEP 05403 -010, aos cuidados de Roberta Yamamoto (caso opte por fazê-lo por email, encaminhe os documentos para grea@usp.br). Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (11) 30697891 – falar com Roberta Yamamoto.
(a) Currículo Lattes;
(b) Declaração de vínculo atual como aluno regular do Programa de Pós-Graduação de Origem;
(c) Carta de anuência do orientador;
(d) Carta de Intenções do aluno contendo as seguintes informações:
- Trajetória profissional e perspectiva futura - destacando a relevância acadêmica de sua qualificação para a Região (Estado) de origem;
- Razões pelas quais deseja participar deste estudo (considerando como sua participação nesse estudo poderá contribuir para melhorar sua atuação profissional/acadêmica em sua Região - Estado - de origem);
- Disponibilidade para o desenvolvimento das atividades, incluindo residência na cidade de São Paulo – SP, pelo período de até 12 (doze) meses.
A seleção dos candidatos será feita por meio da avaliação desta documentação e considerará ainda:
-Qualidade da trajetória acadêmica individual – análise curricular;
-Potencial de crescimento acadêmico do candidato;
-Capacidade de multiplicação dos conhecimentos pelo candidato em seu ambiente profissional e em sua região.
12/01/2009
Mais da metade dos estudantes do sexto ano de medicina erram questões sobre HIV/Aids no exame do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo
Mais da metade dos estudantes do sexto ano de medicina erram questões sobre HIV/Aids no exame do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo
O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP) divulgou, na última quarta-feira (05/11), os resultados da quarta edição do "Exame do CREMESP", que avalia o desempenho dos estudantes do sexto ano de medicina.
O índice de reprovação praticamente dobrou desde o primeiro exame, passando de 31% em 2005 para 61% em 2008, um crescimento de 97% em quatro anos. Na área do HIV, o desempenho dos futuros médicos na prova foi descrito pelo Conselho paulista como "preocupante".
Mais da metade dos avaliados não acertaram as três perguntas relacionadas ao vírus da Aids.
"Por exemplo, 52% dos participantes erraram a questão sobre gestante HIV-positiva cuja resposta correta afirmava que o parto vaginal pode ser liberado em mulheres com carga viral indectável ou menor que 1000 cópias/ml".
"Já 59% erraram questão sobre o melhor tratamento indicado para paciente HIV-positivo, sem tratamento com anti-retroviral, com CD4 igual a 160 e que procurou serviço de saúde com queixa de tosse seca e sudorese noturna, dentre outros sintomas. E, ainda, em uma questão 55% não souberam responder quais os sintomas comuns em paciente infectado pelo HIV em uso de anfotericima B", esclarece o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo.
"Também chamou a atenção que 56% não conseguiram responder questão sobre quando se deve suspeitar de caso de tuberculose. A resposta correta era em caso de tosse com expectoração por três ou mais semanas, febre, perda de peso e de apetite; paciente com imagem radiológica compatível com tuberculose", acrescenta texto divulgado pela assessoria de imprensa do CREMESP.
A entidade lembra que o exame do Conselho não é obrigatório e "não é pré-requisito para a habilitação do médico ao exercício profissional da medicina." De acordo com o CREMESP, no momento, 31 escolas médicas estão em atividade em São Paulo. Dessas, 24 formam cerca de 2.300 alunos por ano. "As demais, abertas há menos de seis anos, ainda não formaram suas primeiras turmas", explica o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo.
O índice de reprovação praticamente dobrou desde o primeiro exame, passando de 31% em 2005 para 61% em 2008, um crescimento de 97% em quatro anos. O Cremesp também divulgou o resultado por área de conhecimento.
O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) divulgou no dia 5 de novembro os resultados da quarta edição do Exame do Cremesp, que avalia o desempenho dos estudantes do sexto ano de medicina.
O índice de reprovação praticamente dobrou desde o primeiro exame, passando de 31% em 2005 para 61% em 2008, um crescimento de 97% em quatro anos.
O Exame indica a piora da qualidade no ensino médico no Estado de São Paulo.
Confira aqui os resultados do Exame do Cremesp 2008
Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP)
O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP) divulgou, na última quarta-feira (05/11), os resultados da quarta edição do "Exame do CREMESP", que avalia o desempenho dos estudantes do sexto ano de medicina.
O índice de reprovação praticamente dobrou desde o primeiro exame, passando de 31% em 2005 para 61% em 2008, um crescimento de 97% em quatro anos. Na área do HIV, o desempenho dos futuros médicos na prova foi descrito pelo Conselho paulista como "preocupante".
Mais da metade dos avaliados não acertaram as três perguntas relacionadas ao vírus da Aids.
"Por exemplo, 52% dos participantes erraram a questão sobre gestante HIV-positiva cuja resposta correta afirmava que o parto vaginal pode ser liberado em mulheres com carga viral indectável ou menor que 1000 cópias/ml".
"Já 59% erraram questão sobre o melhor tratamento indicado para paciente HIV-positivo, sem tratamento com anti-retroviral, com CD4 igual a 160 e que procurou serviço de saúde com queixa de tosse seca e sudorese noturna, dentre outros sintomas. E, ainda, em uma questão 55% não souberam responder quais os sintomas comuns em paciente infectado pelo HIV em uso de anfotericima B", esclarece o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo.
"Também chamou a atenção que 56% não conseguiram responder questão sobre quando se deve suspeitar de caso de tuberculose. A resposta correta era em caso de tosse com expectoração por três ou mais semanas, febre, perda de peso e de apetite; paciente com imagem radiológica compatível com tuberculose", acrescenta texto divulgado pela assessoria de imprensa do CREMESP.
A entidade lembra que o exame do Conselho não é obrigatório e "não é pré-requisito para a habilitação do médico ao exercício profissional da medicina." De acordo com o CREMESP, no momento, 31 escolas médicas estão em atividade em São Paulo. Dessas, 24 formam cerca de 2.300 alunos por ano. "As demais, abertas há menos de seis anos, ainda não formaram suas primeiras turmas", explica o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo.
O índice de reprovação praticamente dobrou desde o primeiro exame, passando de 31% em 2005 para 61% em 2008, um crescimento de 97% em quatro anos. O Cremesp também divulgou o resultado por área de conhecimento.
O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) divulgou no dia 5 de novembro os resultados da quarta edição do Exame do Cremesp, que avalia o desempenho dos estudantes do sexto ano de medicina.
O índice de reprovação praticamente dobrou desde o primeiro exame, passando de 31% em 2005 para 61% em 2008, um crescimento de 97% em quatro anos.
O Exame indica a piora da qualidade no ensino médico no Estado de São Paulo.
Confira aqui os resultados do Exame do Cremesp 2008
Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP)
Portugal é o país da União Européia onde mais usuários de drogas injetáveis contraem HIV
Portugal é o país da União Européia onde mais usuários de drogas injetáveis contraem HIV
Com 703 novos casos de consumidores de droga injetável que contraíram HIV em 2006, Portugal foi o país da União Européia que mais casos registrou.
Os dados constam do relatório do Observatório Europeu da Droga e Toxicodependência (OEDT) revelado, essa semana, em Bruxelas.Atrás de Portugal neste “ranking” surgem dois países que aderiram há pouco tempo à UE, a Estônia com 191 usuários de drogas injetáveis infectados com o vírus, seguido da Letônia com 108.“O índice de infecções recentes por HIV tem diminuído na Europa”, mostra o relatório.
No entanto, “embora os dados indiquem uma melhoria da situação na Estônia, Letônia e Portugal, estes países continuam a registrar índices desproporcionalmente elevados de novas infecções e são responsáveis por uma percentagem significativa dos novos casos de HIV, na Europa, atribuídos ao consumo de droga”. Mortes induzidas pelo consumo da droga Segundo o relatório da OEDT, “o número de mortes induzidas pela droga envolvendo pessoas com menos de 25 anos diminui moderadamente na Europa” Nesta tabela Portugal ocupa o 29.º lugar, juntamente com a Noruega. Os dados mostram que, em Portugal, por cada milhão de habitantes mais de 30 pessoas morrem devido ao consumo de droga. Neste “ranking” encabeçado pela Estônia com 75 mortos por cada milhão de habitantes, seguida pelo Luxemburgo com 60.
A Hungria ocupa o último lugar com 4 mortos por cada milhão de habitantes devido ao consumo da droga. Consumo de maconhaPortugal está entre os países com taxas mais baixas de consumo de maconha entre os jovens estudantes.
Segundo o relatório da OEDT, seis por cento da população entre os 15 e os 24 anos confessa que consome a droga. Em termos europeus as estimativas indicam que um em cada quatro cidadãos da União Europeia, num total de 71 milhões fumou maconha pelo menos uma vez na vida. A maconha é a droga mais consumida na UE. Procura de tratamento O relatório revela que, em Portugal, o número de usuários de drogas que procuraram tratamento aumentou em relação a 2001, ano em que foi feito o primeiro estudo sobre o consumo da droga. Em 2006, 32.500 dependentes estavam sendo tratados, cerca de 85 por cento do sexo masculino, com uma idade média de 32 anos. Portugal é uma das portas de entrada da droga na Europa Portugal é a segunda porta de entrada da droga na União Européia, em primeiro lugar está a Espanha, onde em 2006 foi feita a maior parte das apreensões. Quanto ao trajeto da droga até à Europa, o OEDT refere que “nos últimos cinco anos, a África Ocidental tem emergido como uma região importante no tráfico da cocaína para a Europa”. “O tráfico de cocaína da África Ocidental para a Europa faz-se, sobretud, por mar, sendo grandes quantidades desta substância transportadas em navios de pesca para locais de desembarque, principalmente os situados na costa Norte de Portugal e da Galiza, na Espanha”, diz o documento.
Com 703 novos casos de consumidores de droga injetável que contraíram HIV em 2006, Portugal foi o país da União Européia que mais casos registrou.
Os dados constam do relatório do Observatório Europeu da Droga e Toxicodependência (OEDT) revelado, essa semana, em Bruxelas.Atrás de Portugal neste “ranking” surgem dois países que aderiram há pouco tempo à UE, a Estônia com 191 usuários de drogas injetáveis infectados com o vírus, seguido da Letônia com 108.“O índice de infecções recentes por HIV tem diminuído na Europa”, mostra o relatório.
No entanto, “embora os dados indiquem uma melhoria da situação na Estônia, Letônia e Portugal, estes países continuam a registrar índices desproporcionalmente elevados de novas infecções e são responsáveis por uma percentagem significativa dos novos casos de HIV, na Europa, atribuídos ao consumo de droga”. Mortes induzidas pelo consumo da droga Segundo o relatório da OEDT, “o número de mortes induzidas pela droga envolvendo pessoas com menos de 25 anos diminui moderadamente na Europa” Nesta tabela Portugal ocupa o 29.º lugar, juntamente com a Noruega. Os dados mostram que, em Portugal, por cada milhão de habitantes mais de 30 pessoas morrem devido ao consumo de droga. Neste “ranking” encabeçado pela Estônia com 75 mortos por cada milhão de habitantes, seguida pelo Luxemburgo com 60.
A Hungria ocupa o último lugar com 4 mortos por cada milhão de habitantes devido ao consumo da droga. Consumo de maconhaPortugal está entre os países com taxas mais baixas de consumo de maconha entre os jovens estudantes.
Segundo o relatório da OEDT, seis por cento da população entre os 15 e os 24 anos confessa que consome a droga. Em termos europeus as estimativas indicam que um em cada quatro cidadãos da União Europeia, num total de 71 milhões fumou maconha pelo menos uma vez na vida. A maconha é a droga mais consumida na UE. Procura de tratamento O relatório revela que, em Portugal, o número de usuários de drogas que procuraram tratamento aumentou em relação a 2001, ano em que foi feito o primeiro estudo sobre o consumo da droga. Em 2006, 32.500 dependentes estavam sendo tratados, cerca de 85 por cento do sexo masculino, com uma idade média de 32 anos. Portugal é uma das portas de entrada da droga na Europa Portugal é a segunda porta de entrada da droga na União Européia, em primeiro lugar está a Espanha, onde em 2006 foi feita a maior parte das apreensões. Quanto ao trajeto da droga até à Europa, o OEDT refere que “nos últimos cinco anos, a África Ocidental tem emergido como uma região importante no tráfico da cocaína para a Europa”. “O tráfico de cocaína da África Ocidental para a Europa faz-se, sobretud, por mar, sendo grandes quantidades desta substância transportadas em navios de pesca para locais de desembarque, principalmente os situados na costa Norte de Portugal e da Galiza, na Espanha”, diz o documento.
O direito à saúde e o negócio da saúde
O direito à saúde e o negócio da saúde
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, acaba de anunciar, numa reunião com grande número de empresários, que o direito de todos à saúde, garantido pela Constituição, poderá ser fraudado com o apoio formal do governo, sem que os fraudadores tenham o trabalho de procurar subterfúgios para vender serviços de saúde, ganhar um bom dinheiro nesse ramo de negócio e não pagar impostos.
Será a oficialização daquilo que, com fundamento em fatos reiterados, ganhou, na gíria político-administrativa, o expressivo nome de "pilantropia", que é a utilização da fachada formal de instituição filantrópica para aumentar o proveito econômico. A saúde foi proclamada como um dos direitos humanos fundamentais na Declaração Universal dos Direitos Humanos, que neste ano está comemorando 60 anos.
A par disso, a ONU aprovou, em 1946, a constituição da Organização Mundial de Saúde, fixando-se em seu documento constitutivo um novo conceito de saúde, que já não é mais concebida apenas como ausência de doença, mas como o estado de completo bem estar físico, mental e social.
Assim, todos têm o direito de receber cuidados de saúde quando já houver uma doença suspeita ou diagnosticada, tendo também o direito de direito de exigir que os governos estabeleçam políticas públicas e desenvolvam ações que protejam efetivamente a saúde.
Obviamente, se alguém está doente, se já não goza do completo bem estar porque tem uma doença provável ou já diagnosticada, essa pessoa tem o direito de receber, imediatamente e com atenção individualizada, os serviços necessários para a preservação ou a recuperação da saúde. A Constituição de 1988 estabeleceu, no artigo 196, que a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante ações diversas que visem, entre outras coisas, o acesso universal e igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação da saúde.
A execução de tais ações e serviços é sempre dever do Estado, que pode, entretanto, executá-los diretamente ou através de terceiros, num sistema integrado que foi denominado Serviço Único de Saúde- SUS.Segundo o artigo 199 da Constituição, as instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema de saúde, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.
Com base nesses dispositivos, grandes organizações hospitalares privadas, que recebem muito dinheiro pelos serviços que prestam a particulares, inscreveram-se nos órgãos federais competentes como entidades filantrópicas, obrigando-se a oferecer 60% dos leitos ao sistema público de saúde ou a aplicar 20% de sua receita em atendimentos gratuitos, recebendo, como compensação, a isenção do pagamento de tributos.
O que tem sido denunciado reiteradamente por órgãos federais, é que grandes entidades registradas como filantrópicas falseiam dados sobre a prestação de serviços ao setor público e, assim, beneficiam-se indevidamente da isenção tributária. Numa reunião com empresários do setor da saúde, realizada no dia 27 de Outubro, o Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, anunciou que as regras sobre filantropia serão flexibilizadas, no estilo neoliberal.
Em lugar do oferecimento de serviços como exames, consultas, internações, cirurgias, as entidades filantrópicas oferecerão um pacote de serviços indiretos, como a realização de pesquisas e o treinamento de profissionais, por exemplo. Numa tentativa inglória e mal sucedida de justificar essa decisão absurda, que tornará ainda mais grave o já deficiente atendimento do direito à saúde das populações mais pobres, disse o ministro que os grandes hospitais filantrópicos "são os melhores hospitais brasileiros, de excelência", omitindo o fato de que eles são muito bons como prestadores dos serviços médicos e hospitalares, o que é completamente diferente da realização de pesquisas e cursos de treinamento.
Quanto ao atendimento dos necessitados de serviços de saúde imediatos, o Ministro ignorou os deveres constitucionais, limitando-se a dizer que isso será discutido com as Secretarias Municipais de Saúde.
A única coisa certa é que as isenções tributárias serão mantidas, em troca de contrapartidas que nem de longe terão, em termos de proteção da saúde das populações mais pobres, o efeito prático das obrigações que as filantrópicas se comprometeram a cumprir quando obtiveram o certificado de filantropia
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, acaba de anunciar, numa reunião com grande número de empresários, que o direito de todos à saúde, garantido pela Constituição, poderá ser fraudado com o apoio formal do governo, sem que os fraudadores tenham o trabalho de procurar subterfúgios para vender serviços de saúde, ganhar um bom dinheiro nesse ramo de negócio e não pagar impostos.
Será a oficialização daquilo que, com fundamento em fatos reiterados, ganhou, na gíria político-administrativa, o expressivo nome de "pilantropia", que é a utilização da fachada formal de instituição filantrópica para aumentar o proveito econômico. A saúde foi proclamada como um dos direitos humanos fundamentais na Declaração Universal dos Direitos Humanos, que neste ano está comemorando 60 anos.
A par disso, a ONU aprovou, em 1946, a constituição da Organização Mundial de Saúde, fixando-se em seu documento constitutivo um novo conceito de saúde, que já não é mais concebida apenas como ausência de doença, mas como o estado de completo bem estar físico, mental e social.
Assim, todos têm o direito de receber cuidados de saúde quando já houver uma doença suspeita ou diagnosticada, tendo também o direito de direito de exigir que os governos estabeleçam políticas públicas e desenvolvam ações que protejam efetivamente a saúde.
Obviamente, se alguém está doente, se já não goza do completo bem estar porque tem uma doença provável ou já diagnosticada, essa pessoa tem o direito de receber, imediatamente e com atenção individualizada, os serviços necessários para a preservação ou a recuperação da saúde. A Constituição de 1988 estabeleceu, no artigo 196, que a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante ações diversas que visem, entre outras coisas, o acesso universal e igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação da saúde.
A execução de tais ações e serviços é sempre dever do Estado, que pode, entretanto, executá-los diretamente ou através de terceiros, num sistema integrado que foi denominado Serviço Único de Saúde- SUS.Segundo o artigo 199 da Constituição, as instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema de saúde, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.
Com base nesses dispositivos, grandes organizações hospitalares privadas, que recebem muito dinheiro pelos serviços que prestam a particulares, inscreveram-se nos órgãos federais competentes como entidades filantrópicas, obrigando-se a oferecer 60% dos leitos ao sistema público de saúde ou a aplicar 20% de sua receita em atendimentos gratuitos, recebendo, como compensação, a isenção do pagamento de tributos.
O que tem sido denunciado reiteradamente por órgãos federais, é que grandes entidades registradas como filantrópicas falseiam dados sobre a prestação de serviços ao setor público e, assim, beneficiam-se indevidamente da isenção tributária. Numa reunião com empresários do setor da saúde, realizada no dia 27 de Outubro, o Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, anunciou que as regras sobre filantropia serão flexibilizadas, no estilo neoliberal.
Em lugar do oferecimento de serviços como exames, consultas, internações, cirurgias, as entidades filantrópicas oferecerão um pacote de serviços indiretos, como a realização de pesquisas e o treinamento de profissionais, por exemplo. Numa tentativa inglória e mal sucedida de justificar essa decisão absurda, que tornará ainda mais grave o já deficiente atendimento do direito à saúde das populações mais pobres, disse o ministro que os grandes hospitais filantrópicos "são os melhores hospitais brasileiros, de excelência", omitindo o fato de que eles são muito bons como prestadores dos serviços médicos e hospitalares, o que é completamente diferente da realização de pesquisas e cursos de treinamento.
Quanto ao atendimento dos necessitados de serviços de saúde imediatos, o Ministro ignorou os deveres constitucionais, limitando-se a dizer que isso será discutido com as Secretarias Municipais de Saúde.
A única coisa certa é que as isenções tributárias serão mantidas, em troca de contrapartidas que nem de longe terão, em termos de proteção da saúde das populações mais pobres, o efeito prático das obrigações que as filantrópicas se comprometeram a cumprir quando obtiveram o certificado de filantropia
Ministério da Saúde lança programa nacional de plantas medicinais e remédios fitoterápicos
Ministério da Saúde lança programa nacional de plantas medicinais e remédios fitoterápicos
Uma portaria interministerial (2.960/2008)* assinada pelo Ministério da Saúde e outros nove ministérios instituiu o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos dentro do Sistema Único de Saúde (SUS). Coordenado pelo Departamento de Assistência Farmacêutica, o Programa vai ampliar a lista de fitoterápicos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na atenção básica. A quantidade de produtos oferecidos será definida por um grupo de especialistas vinculados ao Ministério da Saúde, que comporão um comitê específico que acompanhará o assunto. Fitoterápico, de acordo com a legislação sanitária brasileira, é o medicamento obtido a partir, exclusivamente, de matérias-primas ativas vegetais.Desde 2007, o SUS fornece medicamentos fitoterápicos feitos à base de espinheira santa – para gastrites e úlceras – e guaco – para tosses e gripes – , em diversas apresentações. Os produtos já integram as listas de distribuição de medicamentos de 350 municípios em 12 estados (RN, PB, SE, BA, TO, MT, DF, GO, RJ, PR, SC e RS). Com a implementação da legislação, a intenção é disseminar o uso da terapia. Os medicamentos fitoterápicos utilizados pelo SUS são aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e, por isso, são considerados seguros e eficazes para a população. Eles garantem o mesmo efeito que um medicamento sintético. O Programa, lançado em dezembro de 2008, tem uma preocupação social que mobiliza diversas áreas importantes. “Ele é um instrumento de geração de emprego e renda, de desenvolvimento local e estruturação na cadeia produtiva, pois mobiliza desde o cultivo da semente até a produção do fitoterápico”, explica o diretor do Departamento de Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde, José Miguel do Nascimento Junior. Os recursos para investimento no Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos têm origem na mesma fonte que financia o custeio dos medicamentos distribuídos pela Atenção Básica do SUS. Em 2008, o orçamento para esta área foi de R$ 893 milhões. Além de ações especificadas, a portaria também cria o Comitê Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, coordenado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde. Esse grupo é formado por membros da sociedade civil, ministérios que assinam a portaria e entidades vinculadas, como representantes da agricultura familiar e do setor de manipulação. Ele tem a missão de monitorar e avaliar o Programa Nacional, assim como de verificar a ampliação das opções terapêuticas aos usuários e a garantia de acesso a plantas medicinais e fitoterápicos e serviços relacionados pelo SUS. Dentre outras ações, o Comitê vai incentivar a promoção à pesquisa, desenvolvimento de tecnologia e inovações nas diversas etapas da cadeia produtiva. *A portaria 2.960 é interministerial e também foi assinada pela Casa Civil; Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Cultura, Desenvolvimento Agrário, Desenvolvimento Social e Combate a Fome, Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, Integração Nacional e Meio Ambiente
Fonte: Agência Saúde
Uma portaria interministerial (2.960/2008)* assinada pelo Ministério da Saúde e outros nove ministérios instituiu o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos dentro do Sistema Único de Saúde (SUS). Coordenado pelo Departamento de Assistência Farmacêutica, o Programa vai ampliar a lista de fitoterápicos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na atenção básica. A quantidade de produtos oferecidos será definida por um grupo de especialistas vinculados ao Ministério da Saúde, que comporão um comitê específico que acompanhará o assunto. Fitoterápico, de acordo com a legislação sanitária brasileira, é o medicamento obtido a partir, exclusivamente, de matérias-primas ativas vegetais.Desde 2007, o SUS fornece medicamentos fitoterápicos feitos à base de espinheira santa – para gastrites e úlceras – e guaco – para tosses e gripes – , em diversas apresentações. Os produtos já integram as listas de distribuição de medicamentos de 350 municípios em 12 estados (RN, PB, SE, BA, TO, MT, DF, GO, RJ, PR, SC e RS). Com a implementação da legislação, a intenção é disseminar o uso da terapia. Os medicamentos fitoterápicos utilizados pelo SUS são aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e, por isso, são considerados seguros e eficazes para a população. Eles garantem o mesmo efeito que um medicamento sintético. O Programa, lançado em dezembro de 2008, tem uma preocupação social que mobiliza diversas áreas importantes. “Ele é um instrumento de geração de emprego e renda, de desenvolvimento local e estruturação na cadeia produtiva, pois mobiliza desde o cultivo da semente até a produção do fitoterápico”, explica o diretor do Departamento de Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde, José Miguel do Nascimento Junior. Os recursos para investimento no Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos têm origem na mesma fonte que financia o custeio dos medicamentos distribuídos pela Atenção Básica do SUS. Em 2008, o orçamento para esta área foi de R$ 893 milhões. Além de ações especificadas, a portaria também cria o Comitê Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, coordenado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde. Esse grupo é formado por membros da sociedade civil, ministérios que assinam a portaria e entidades vinculadas, como representantes da agricultura familiar e do setor de manipulação. Ele tem a missão de monitorar e avaliar o Programa Nacional, assim como de verificar a ampliação das opções terapêuticas aos usuários e a garantia de acesso a plantas medicinais e fitoterápicos e serviços relacionados pelo SUS. Dentre outras ações, o Comitê vai incentivar a promoção à pesquisa, desenvolvimento de tecnologia e inovações nas diversas etapas da cadeia produtiva. *A portaria 2.960 é interministerial e também foi assinada pela Casa Civil; Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Cultura, Desenvolvimento Agrário, Desenvolvimento Social e Combate a Fome, Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, Integração Nacional e Meio Ambiente
Fonte: Agência Saúde
08/01/2009
Publicação trata da relação entre família e uso abusivo de drogas
Um dos grandes problemas de saúde pública nos dias de hoje é o uso abusivo de drogas pelos jovens e como isso afeta a vida deles e a relação com seus familiares. Pensando nesse problema, a pesquisadora do Centro Latino-Americano de Estudos de Violência e Saúde Jorge Careli (Claves/ENSP/Fiocruz) Miriam Schenker publicou o livro 'Valores Familiares e Uso Abusivo de Drogas', que faz parte da coleção 'Criança, Mulher e Saúde', da Editora Fiocruz. Segundo Miriam Schenker "o uso abusivo de drogas é assunto complexo, estudado nos mais variados campos do conhecimento: antropologia, sociologia, política, educação, psicologia, entre outros". Partindo dessa premissa, a autora, que trabalhou durante quase duas décadas no Núcleo de Estudos e Pesquisas em Atenção ao Uso de Drogas da Uerj como terapeuta de famílias, se utiliza de três pontos para abordar tal questão: os valores familiares, o conflito entre gerações e o processo educativo, todos muito bem analisados e trazendo inúmeras referências bibliográficas. Foi a partir da pesquisa para sua tese de doutorado - de mesmo título do livro - no Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), iniciado em 2001 e concluído em 2005, que a autora construiu a publicação. A obra conta com prefácio da socióloga, pesquisadora da ENSP e coordenadora científica do Claves, Maria Cecília de Souza Minayo. Segundo a pesquisadora, "o leitor encontrará uma extensa e densa discussão sobre 'família' como núcleo de relações primarias" e como se deu sua transformação ao longos dos anos para dar conta do que ocorre nos dias de hoje.
O livro foi lançada durante o XVIII Congresso Mundial de Epidemiologia, realizado em Porto Alegre, entre 22 e 23 de setembro.
O Claves é um centro de pesquisa, ensino e assessoria, criado em 1989 pela ENSP/Fiocruz, com o objetivo de investigar o impacto da violência sobre a saúde da população brasileira e latino-americana. Informações sobre como adquirir o livro e as outras publicações podem ser obtidas na página eletrônica da Editora Fiocruz.
02/01/2009
Visita íntima em unidades de privação de liberdade ainda não é direito garantido
Visita íntima em unidades de privação de liberdade ainda não é direito garantido
Apesar de determinado pelo Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), este direito ainda é negado aos adolescentes que vivem em unidades de privação de liberdade. Falta de políticas, de investimento público e de infra-estrutura adequada nas unidades dificulta a implantação das visitas.
Os adolescentes que estão em unidades de privação de liberdade podem receber visitas íntimas? A questão é polêmica, mas, se cumpridas as orientações dadas pelo Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase) – documento que detalha todas as regras de caráter jurídico, político, pedagógico, financeiro e administrativo que devem ser adotadas desde a apuração do ato infracional até a execução da medida socioeducativa – a resposta é “sim”. A sexualidade é um direito dos adolescentes e por isso deve ser respeitada mesmo quando a pessoa está cumprindo medida socioeducativa em meio fechado. Mais que a visita íntima, o Sinase prevê que as unidades de internação ofereçam contraceptivos e possuam grupos de promoção da saúde que abordem os direitos sexuais e a prevenção de DST/AIDS. Para além da relação sexual, a proposta busca garantir formação para que garotos e garotas em conflito com a lei tenham uma sexualidade saudável. Porém, a garantia deste direito enfrenta muitas dificuldades no País.Na Bahia, existem três unidades de privação de liberdade. Duas delas estão localizadas na capital e uma na cidade de Feira de Santana. Nenhuma delas permite a realização de visitas íntimas. De acordo com a gerente de Atendimento Socioeducativo da Fundação da Criança e do Adolescente (FUNDAC), Fátima Rocha, o assunto vem sendo debatido na unidade. “Estamos elaborando projetos para que essa demanda seja cumprida no ano de 2009”, afirma a profissional. Fátima explica ainda que a discussão é conflituosa e ressalta que, para que a visita íntima seja implantada, é preciso investir na melhoria da estrutura das unidades, na formação dos funcionários, na conscientização dos pais e no incentivo ao trabalho socioeducativo.A necessidade de tais investimentos é também defendida pelo coordenador geral do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente Yves de Roussan (Cedeca-Ba), Waldemar Oliveira. De acordo com ele, entretanto, a discussão sobre o tema é ainda muito incipiente na Bahia. “O assunto é invisível. Dar visibilidade a ele é conferir direitos e promover reivindicações”, explica Waldemar, acrescentando que a negação deste direito aponta para a inexistência de estruturas e políticas específicas voltadas a esse campo.Falta investimento público – Dados do orçamento da União para 2008, extraídos pela ONG Contas Abertas, revelam que o único programa voltado integralmente para o atendimento dos adolescentes em conflito com a lei, que tem como objetivo garantir a implementação do Sinase (Programa Pró-Sinase), tinha apenas 6,65% dos seus recursos pagos até o dia 7 de novembro. O percentual representa pouco mais de R$ 5 milhões dos quase R$ 87 milhões autorizados.Além da falta de recursos e de infra-estrutura necessária para a garantia deste direito, um outro ponto gera polêmica quando o assunto é abordado: a aceitação por parte dos pais e demais adultos. Segundo a gerente de Atendimento Socioeducativo da FUNDAC, a tentativa de implantar o esquema de visitas íntimas trouxe uma reação negativa dos funcionários e dos pais dos adolescentes. “O sexo entre adolescentes ainda não é algo bem esclarecido na cabeça dos adultos e responsáveis pelos jovens em conflito com a lei”. O fato é que o exercício da sexualidade é algo inerente à adolescência, esteja esse adolescente cumprindo medida socioeducativa ou não. “A privação de liberdade não significa a privação dos demais direitos. É preciso definir claramente critérios que permitam identificar quem são os adolescentes que têm o direito ao exercício sexual. Estes critérios precisam considerar as relações pré-existentes ao momento da internação e também a segurança, proteção e a saúde de todos os envolvidos”, pondera o oficial de projetos do UNICEF, Mário Volpi. Outro ponto importante a ser discutido é a implantação do esquema de visitas íntimas também em unidades de privação de liberdade para adolescentes do feminino, levando-se em consideração que a garantia deste direito deve ser estendido a todos, independentemente do sexo.Estudo - A pesquisa Sem Liberdade, sem Direitos, realizada por Mário Volpi em 2001, em seis estados brasileiros e com 228 adolescentes privados de liberdade, mostrou que 13% dos entrevistados já tinham tido alguma relação sexual durante o período de internação; 15,8% relataram casos de violência sexual. O projeto Fique Vivo, de São Paulo, também aplicou 275 questionários em 2001, e o resultado é que os adolescentes internos consideravam o sexo como um momento de “descarrego”, “diversão” e “relaxamento”. A realidade é que quase todos os meninos e meninas já tinham vida sexual ativa antes de cumprirem medida de internação, muitos são pais e alguns construíram relações estáveis com suas companheiras. O presidente da Associação Brasileira de Magistrados, Promotores de Justiça e Defensores Públicos da Infância e da Juventude (ABMP), Eduardo Melo, lembra que a educação sexual está diretamente ligada à afetividade. “Se o adolescente tem um relacionamento estável e for privado desse contato, você priva a criação de laços, sentidos e vivências afetivas. E não tem lei que estabeleça uma norma para esses casos”, aponta.Boa experiência - Em meio a este cenário preocupante, o Centro Educacional do Adolescente, unidade da Fundação Estadual da Criança e do Adolescente (Fundac) na Paraíba, pode servir de modelo em relação aos programas de educação sexual. Na unidade, se distribuem preservativos e se permitem visitas íntimas desde 1999. Os jovens recebem cuidados especiais e assistência social, educacional e médica permanentes. Para receber a visita íntima, o adolescente deve ter mais de 14 anos e apresentar autorização do seu responsável. A regra vale para o interno e para a visitante. Além disso, tanto o jovem casal, quanto os responsáveis por ambos passam por uma entrevista prévia com a equipe do núcleo psicossocial. Os garotos ainda passam por aulas de educação sexual, planejamento familiar e prevenção a Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), além da realização de exames que atestem sua saúde.
Apesar de determinado pelo Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), este direito ainda é negado aos adolescentes que vivem em unidades de privação de liberdade. Falta de políticas, de investimento público e de infra-estrutura adequada nas unidades dificulta a implantação das visitas.
Os adolescentes que estão em unidades de privação de liberdade podem receber visitas íntimas? A questão é polêmica, mas, se cumpridas as orientações dadas pelo Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase) – documento que detalha todas as regras de caráter jurídico, político, pedagógico, financeiro e administrativo que devem ser adotadas desde a apuração do ato infracional até a execução da medida socioeducativa – a resposta é “sim”. A sexualidade é um direito dos adolescentes e por isso deve ser respeitada mesmo quando a pessoa está cumprindo medida socioeducativa em meio fechado. Mais que a visita íntima, o Sinase prevê que as unidades de internação ofereçam contraceptivos e possuam grupos de promoção da saúde que abordem os direitos sexuais e a prevenção de DST/AIDS. Para além da relação sexual, a proposta busca garantir formação para que garotos e garotas em conflito com a lei tenham uma sexualidade saudável. Porém, a garantia deste direito enfrenta muitas dificuldades no País.Na Bahia, existem três unidades de privação de liberdade. Duas delas estão localizadas na capital e uma na cidade de Feira de Santana. Nenhuma delas permite a realização de visitas íntimas. De acordo com a gerente de Atendimento Socioeducativo da Fundação da Criança e do Adolescente (FUNDAC), Fátima Rocha, o assunto vem sendo debatido na unidade. “Estamos elaborando projetos para que essa demanda seja cumprida no ano de 2009”, afirma a profissional. Fátima explica ainda que a discussão é conflituosa e ressalta que, para que a visita íntima seja implantada, é preciso investir na melhoria da estrutura das unidades, na formação dos funcionários, na conscientização dos pais e no incentivo ao trabalho socioeducativo.A necessidade de tais investimentos é também defendida pelo coordenador geral do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente Yves de Roussan (Cedeca-Ba), Waldemar Oliveira. De acordo com ele, entretanto, a discussão sobre o tema é ainda muito incipiente na Bahia. “O assunto é invisível. Dar visibilidade a ele é conferir direitos e promover reivindicações”, explica Waldemar, acrescentando que a negação deste direito aponta para a inexistência de estruturas e políticas específicas voltadas a esse campo.Falta investimento público – Dados do orçamento da União para 2008, extraídos pela ONG Contas Abertas, revelam que o único programa voltado integralmente para o atendimento dos adolescentes em conflito com a lei, que tem como objetivo garantir a implementação do Sinase (Programa Pró-Sinase), tinha apenas 6,65% dos seus recursos pagos até o dia 7 de novembro. O percentual representa pouco mais de R$ 5 milhões dos quase R$ 87 milhões autorizados.Além da falta de recursos e de infra-estrutura necessária para a garantia deste direito, um outro ponto gera polêmica quando o assunto é abordado: a aceitação por parte dos pais e demais adultos. Segundo a gerente de Atendimento Socioeducativo da FUNDAC, a tentativa de implantar o esquema de visitas íntimas trouxe uma reação negativa dos funcionários e dos pais dos adolescentes. “O sexo entre adolescentes ainda não é algo bem esclarecido na cabeça dos adultos e responsáveis pelos jovens em conflito com a lei”. O fato é que o exercício da sexualidade é algo inerente à adolescência, esteja esse adolescente cumprindo medida socioeducativa ou não. “A privação de liberdade não significa a privação dos demais direitos. É preciso definir claramente critérios que permitam identificar quem são os adolescentes que têm o direito ao exercício sexual. Estes critérios precisam considerar as relações pré-existentes ao momento da internação e também a segurança, proteção e a saúde de todos os envolvidos”, pondera o oficial de projetos do UNICEF, Mário Volpi. Outro ponto importante a ser discutido é a implantação do esquema de visitas íntimas também em unidades de privação de liberdade para adolescentes do feminino, levando-se em consideração que a garantia deste direito deve ser estendido a todos, independentemente do sexo.Estudo - A pesquisa Sem Liberdade, sem Direitos, realizada por Mário Volpi em 2001, em seis estados brasileiros e com 228 adolescentes privados de liberdade, mostrou que 13% dos entrevistados já tinham tido alguma relação sexual durante o período de internação; 15,8% relataram casos de violência sexual. O projeto Fique Vivo, de São Paulo, também aplicou 275 questionários em 2001, e o resultado é que os adolescentes internos consideravam o sexo como um momento de “descarrego”, “diversão” e “relaxamento”. A realidade é que quase todos os meninos e meninas já tinham vida sexual ativa antes de cumprirem medida de internação, muitos são pais e alguns construíram relações estáveis com suas companheiras. O presidente da Associação Brasileira de Magistrados, Promotores de Justiça e Defensores Públicos da Infância e da Juventude (ABMP), Eduardo Melo, lembra que a educação sexual está diretamente ligada à afetividade. “Se o adolescente tem um relacionamento estável e for privado desse contato, você priva a criação de laços, sentidos e vivências afetivas. E não tem lei que estabeleça uma norma para esses casos”, aponta.Boa experiência - Em meio a este cenário preocupante, o Centro Educacional do Adolescente, unidade da Fundação Estadual da Criança e do Adolescente (Fundac) na Paraíba, pode servir de modelo em relação aos programas de educação sexual. Na unidade, se distribuem preservativos e se permitem visitas íntimas desde 1999. Os jovens recebem cuidados especiais e assistência social, educacional e médica permanentes. Para receber a visita íntima, o adolescente deve ter mais de 14 anos e apresentar autorização do seu responsável. A regra vale para o interno e para a visitante. Além disso, tanto o jovem casal, quanto os responsáveis por ambos passam por uma entrevista prévia com a equipe do núcleo psicossocial. Os garotos ainda passam por aulas de educação sexual, planejamento familiar e prevenção a Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), além da realização de exames que atestem sua saúde.
01/01/2009
BRASILEIRO PRECISA CRIAR O HÁBITO DE USAR CAMISINHA
Home » Edições » 2009 » Janeiro » Edição 22,837 » Geral
Brasileiro precisa criar hábito de usar camisinha
Data de Publicação: 1 de janeiro de 2009
Brasília – Apesar do recorde na distribuição de camisinhas em 2008 – um total de 406 milhões –, o Ministério da Saúde considera que o número de unidades não é capaz de atender toda a população e alerta que o brasileiro ainda precisa criar o hábito de usar o preservativo.
O diretor-adjunto do Programa Nacional de DST/aids, Eduardo Barbosa, explicou que a distribuição feita pelo governo tem foco em grupos de risco específicos, mas que a orientação é que todos procurem se prevenir.
“Nossa distribuição é bem planejada até porque, mesmo com esses 406 milhões de unidades, a gente não atende toda a população brasileira. As atividades sexuais da população brasileira são bem maiores do que a disponibilização do ministério. As pessoas precisam criar o hábito de usar a camisinha e podem adquirir em farmácias populares, a preços mais baratos”, disse Barbosa.
De acordo com ele, a camisinha é, atualmente, o mecanismo mais eficiente para a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e também para o planejamento familiar, mas não é 100% segura.
A orientação, segundo ele, é que, durante o ato sexual, as pessoas prestem atenção nas características apresentadas pelo próprio preservativo. Barbosa destacou ainda o uso de gel lubrificante acompanhado da camisinha para impedir o rompimento.
(Agência Brasil)
Brasileiro precisa criar hábito de usar camisinha
Data de Publicação: 1 de janeiro de 2009
Brasília – Apesar do recorde na distribuição de camisinhas em 2008 – um total de 406 milhões –, o Ministério da Saúde considera que o número de unidades não é capaz de atender toda a população e alerta que o brasileiro ainda precisa criar o hábito de usar o preservativo.
O diretor-adjunto do Programa Nacional de DST/aids, Eduardo Barbosa, explicou que a distribuição feita pelo governo tem foco em grupos de risco específicos, mas que a orientação é que todos procurem se prevenir.
“Nossa distribuição é bem planejada até porque, mesmo com esses 406 milhões de unidades, a gente não atende toda a população brasileira. As atividades sexuais da população brasileira são bem maiores do que a disponibilização do ministério. As pessoas precisam criar o hábito de usar a camisinha e podem adquirir em farmácias populares, a preços mais baratos”, disse Barbosa.
De acordo com ele, a camisinha é, atualmente, o mecanismo mais eficiente para a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e também para o planejamento familiar, mas não é 100% segura.
A orientação, segundo ele, é que, durante o ato sexual, as pessoas prestem atenção nas características apresentadas pelo próprio preservativo. Barbosa destacou ainda o uso de gel lubrificante acompanhado da camisinha para impedir o rompimento.
(Agência Brasil)
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