19/08/2008

É possível ser feliz num mundo infeliz? Por Leonardo Boff (Teólogo)

É possível ser feliz num mundo infeliz?

Não podemos calar a pergunta: como ser feliz num mundo infeliz? Mais da metade da população mundial é sofredora, vivendo abaixo do nível da pobreza. Há terremotos, tsunamis, furacões, inundações e secas.

No Brasil apenas 5 mil famílias detém 46% da riqueza nacional. No mundo 1125 bilionários individuais possuem riqueza igual ou superior à riqueza do conjunto de paises onde vive 59% da humanidade. O aquecimento global evocou o fantasma de graves ameaças à estabilidade do planeta e ao futuro da humanidade. Diante deste quadro, é possível ser feliz? Só podemos ser felizes junto com outros.

Importa reconhecer que estas contradições não invalidam a busca da felicidade. Ela é permanente embora pouco encontrada. Isso nos obriga a fazer um discurso critico e não ingênuo sobre as chances de felicidade possível.

Na reflexão anterior sobre o mesmo tema, enfatizamos o fato de que a felicidade sustentável é somente aquela que nasce do caráter relacional do ser humano. Em seguida, é aquela que aprende a buscar a justa medida nas contradições da condição humana. Feliz é quem consegue acolher a vida assim como ela é, escrevendo certo por linhas tortas. Aprofundando a questão, cabe agora refletir sobre o que significa ser feliz e estar feliz. Foi Pedro Demo, a meu ver, uma das cabeças mais bem arrumadas da inteligência brasileira, que entre nós melhor estudou a “Dialética da Felicidade”(3 tomos, 2001). Ele distingue dois tempos da felicidade e nisso o acompanhamos: o tempo vertical e o tempo horizontal. O vertical é o momento intenso, extático e profundamente realizador: o primeiro encontro amoroso, ter passado num concurso difícil, o nascimento do primeiro filho. A pessoa está feliz. É um momento que incide, muito realizador, mas passageiro.

E há o momento horizontal: é o que se estende no dia a a dia, como a rotina com suas limitações. Manejar sabiamente os limites, saber negociar com as contradições, tirar o melhor de cada situação: isso faz a pessoa ser feliz. Talvez o casamento nos sirva de ilustração. Tudo começa com o enamoramento, a paixão e a idealização do amor eterno, o que leva a querer viver junto. É a experiência de estar feliz.

Mas, com o passar do tempo, o amor intenso dá lugar à rotina e à reprodução de um mesmo tipo de relações com seu desgaste natural. Diante desta situação, normal numa relação a dois, deve-se aprender a dialogar, a tolerar, a renunciar e a cultivar a ternura sem a qual o amor se extenua até virar indiferença. É aqui que a pessoa pode ser feliz ou infeliz.Para ser feliz na extensão temporal, precisa de invenção e de sabedoria prática. Invenção é a capacidade de romper a rotina: visitar um amigo, ir ao teatro, inventar um programa. Sabedoria prática é saber desproblematizar as questões, acolher os limites com leveza, saber rimar dor com amor. Se não fizer isso, vai ser infeliz pela vida afora.

Estar feliz é um momento. Ser feliz é a um estado prolongado. Este se prolonga porque sempre é recriado e alimentado. Alguém pode estar feliz sendo infeliz. Quer dizer, tem um momento intenso de felicidade (momento) como o reencontro com um irmão que escapou da morte. Como pode ser feliz (estado) sem estar feliz (momento), quer dizer, sem que algo lhe aconteça de arrebatador.

A felicidade participa de nossa incompletude. Nunca é plena e completa. Faço minha a brilhante metáfora de Pedro Demo:”a felicidade participa da lógica da flor: não há como separar sua beleza, de sua fragilidade e de seu fenecimento”.

É possível ser feliz num mundo infeliz?

Estou enviando artigo para a próxima semana. Nada alentador.

Estou enviando artigo para a próxima semana. Nada alentador
.Um abraçoLboffLeonardo Boff
Teólogo
Que futuro nos espera?

Muitos analistas fazem prognósticos sombrios sobre o futuro que nos espera como James Lovelock, Martin Rees, Samuel P. Huntington, Jacque Attali e outros. É certo que a história não tem leis, pois ela se move no reino das liberdades que estão submetidas ao princípio de indeterminação de Bohr/Heisenberg e das surpreendentes emergências, próprias do processo evolucionário. No entanto, um olhar de longo prazo, nos permite constatar constantes que podem nos ajudar a entender, por exemplo, o surgimento, a floração e a queda dos impérios e de inteiras civilizações. Quem se deteve mais acuradamente sobre esta questão foi o historiador inglês Arnold Toynbee (+1976), o último a escrever dez tomos sobre as civilizações historicamente conhecidas:A Study of History. Ai ele maneja uma categoria-chave, verdadeira constante sócio-histórica, que traz alguma luz ao tema em tela. Trata-se da correlação desafio-resposta (challenge-response). Assinala ele que uma civilização se mantém e se renova na media em que consegue equiibrar o potencial de desafios com o potencial de respostas que ela lhes pode dar. Quando os desafios são de tal monta que ultrapassam a capacidade de resposta, a civilização começa seu ocaso, entra em crise e desaparece. Estimo que nos confrontamos atualmente com semelhante fenômeno. Nosso paradigma civilizacional elaborado no Ocidente e difundido por todo o globo, está dando água por todos os lados. Os desafios (challanges) globais são de tal gravidade, especialmente os de natureza ecológica, energética, alimentar e populacional que perdemos a capacidade de lhe dar uma resposta (response) coletiva e includente. Este tipo de civilização vai se dissolver. O que vem depois? Há só conjeturas. O conhecido historiador Eric Hobsbawn vaticina: ou ingressamos num outro paradigma ou vamos ao encontro da escuridão. Quero me deter nos prognósticos de Jacques Attali, economista, ex-assessor de F. Mitterand e pensador francês em seu livro Une brève histoire de l’avenir (2006), pois me parecem verossímeis, embora dramáticos. Ele pinta três cenários prováveis que resumirei brevemente. O primeiro e do superimpério. Trata-se dos EUA e de seus aliados. Eles conferem um rosto ocidental à globalização e lhe imprimem direção que atende seus interesses. Sua força é de toda ordem, mas principalmente militar: pode exterminar toda a espécie humana. Mas está decadente, com muitas de contradições internas que se mostram na enexorável desvalorização do dólar. O segundo é o superconflito. É o que segue à quebra da ordem imperial. Entra-se num processo coletivo de caos (não necessariamene generativo). A globalização continua mas predomina a balcanização com domínios regionais que podem gerar conflitos de grande devastação. A anomia internacional abre espaço para que surjam grupos de piratas e corsários que cruzarão os ares e os oceanos, saqueando grandes empresas e gestando um clima de insegurança global. Estas forças podem ter acesso a armas de destruição em massa e, no limite, ameaçar a espécie humana. Esta situação extrema clama por uma solução também extrema. É o terceiro cenário, da superdemocracia. A humanidade, se não quiser se auto-destruir, deverá elaborar um contrato social mundial com a criação de instancias de governabilidade global com a gestão coletiva e eqüitativa dos escassos recursos da natureza. Se ela triunfar, inaugurar-se-á uma etapa nova da civilização humana, possivelmente com menor conflitividade e mais cooperação. Só nos resta rezar para que este último cenário aconteça.

Leonardo Boff O resgate do Romantismo

Leonardo Boff
Teólogo


Resgate do Romantismo

Observando os cenários sociais ao nível de mundo e de Brasil somos tomados de abatimento e de melancolia. É melancólico ver a falta de sentido humanitário dos países ricos face aos pobres na fracassada Rodada de Doha. Melancólica no Brasil é a decisão de juizes sem juízo que aprovaram candidaturas de políticos com ficha suja, com total desconsideração do povo permitindo assim que seja governado por pessoas sem credibilidade e ética. Colocam o código diante dos olhos para esconder a realidade, ocultando destarte o direito e o bem comum aos quais deveriam servir. Grande é o abatimento por causa da ameaça de fome de milhões de pessoas devido à desorganização introduzida pelo agronegócio mundial e à especulação dos mercados de commodities. Somos dia a dia alertados acerca do caos ecológico que se está instalando na Terra, que ameaça a biodiversidade, e, no limite, a própria espécie humana. E a voracidade produtivista continua desenfreada, desmatando, poluindo águas e envenando solos. Ninguém sabe para onde estamos indo. O certo é que o prolongamento da viagem da nave espacial Terra, limitada em recursos e avariada em muitos pontos, pode provocar um desastre coletivo. Esta situação, como o mostraram bem Michael Löwy (franco-brasileiro) e Robert Sayre, leva àquilo que é o titulo do livro de ambos: “Revolta e Melancolia” (Vozes 1995). Leva à revolta contra o excesso de materialismo, de espírito utilitarista na relação para com a natureza, inflação do esprit de géométrie pascaliano, dominação burocrática e desencanto do mundo. Leva à melancolia face à anemia espiritual dominante na cultura, ausência da razão sensível e cordial que funda o respeito à alteridade, a ética do cuidado e a responsabilidade universal. Houve no passado e continua no presente um movimento cultural que se opôs ao que se convencionou chamar de “espírito do capitalismo”, detalhadamente estudado pelos dois autores citados: o romantismo. Precisamos superar o sentido convencional de romantismo que o identifica com uma escola literária ou artística. Romantismo é algo mais complexo e profundo. Trata-se de uma cosmovisão, de uma forma de habitar o mundo, não apenas prosaicamente com artefatos, máquinas, ordenações sociais e jurídicas mas principalmente habitar poeticamente o mundo ao articular a máquina coma a poesia, o trabalho rotineiro com a criatividade, o interesse com a gratuidade, a objetividade nos conhecimentos com a subjetividade emocional, o pão penosamente ganho, com a beleza fascinante das relações calorosas. Isso deve ser resgatado. A sociedade da tecno-ciência e do conhecimento nos enviou ao exílio, roubou-nos o sentimento de um lar e de uma pátria e principalmente nossa capacidade de nos comover, de chorar, de rir gostosamente e de nos apaixonar pela natureza e pela vida. Somos condenados a viver sob o “sol negro da melancolia”. Mas não apenas os românticos (em termos analíticos) são afetados por esta melancolia. Mas também os adeptos da cultura imperante. Um devastador vazio existencial marca milhares de pessoas que pelo consumo desenfreado ilusoriamente o procuram preencher. Esta condição humana faz suscitar novamente a utopia. Esta nasce da convicção de que o mundo não está fatalmente condenado à melancolia. Há em nós e na sociedade virtualidades ainda não ensaidas que, postas em pratica, podem reencantar a vida. Eis uma utopia necessária, mensagem perene do romantismo. Bem termina Michael Löwy sua obra: “a utopia ou será romântica ou não será”.

Direitos Humanos

Direitos humanos
18/08/08
Discriminação contra soropositivos pode virar crime
O projeto de lei 6124/2005, que define como crime a discriminação contra pessoas que vivem com HIV e aids, está na pauta de votação desta terça-feira (19/8), na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados. O relator da matéria na Comissão, deputado Bernardo Ariston (PMDB-RJ), já apresentou parecer favorável ao projeto. Se aprovado, o texto segue para apreciação no plenário da Casa.

A proposta prevê aplicação de multa e reclusão de um a quatro anos para quem recusar ou cancelar matrícula em creches ou instituições de ensino públicas ou privadas, negar emprego ou trabalho, demitir de seu cargo ou segregar no ambiente de trabalho ou escolar – em função do status sorológico da pessoa. Também está sujeito às punições quem divulgar a condição de portador do HIV ou de pessoa com aids, ofender a dignidade e retardar ou recusar atendimento de saúde.
Apresentado no Senado Federal em 2003, o projeto chegou à Câmara em 2005. Trata-se de uma das principais propostas legislativas relacionadas à qualidade de vida das pessoas que vivem com aids.

16/08/2008

A FOME SEGUNDO JOSÉ

A fome segundo Josué
Por Rosana Magalhães*
06/07/2008 - 'A fome se revelou espontaneamente aos meus olhos nos mangues do Capibaribe, nos bairros miseráveis do Recife', escreveu Josué. Ele foi médico, professor, sociólogo e escritor. Se vivo estivesse, completaria 100 anos em setembro. O pernambucano Josué de Castro foi o primeiro pensador a refletir sobre a natureza e a complexidade das diferentes formas de privação alimentar no país. Não por acaso, o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), órgão do qual ele é patrono, deslocará sua reunião plenária, em setembro, de Brasília para Recife, cidade onde nasceu Josué em evento que deverá contar com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.As idéias de Josué, já no início do século passado, uniram os avanços da bioquímica e da fisiologia, ultrapassaram as fronteiras das disciplinas biomédicas e introduziram categorias analíticas ligadas à sociologia, geografia, antropologia e economia. O descompasso entre as condições salariais e as necessidades alimentares dos trabalhadores o motivou a refletir sobre o papel do Estado e das políticas de governo. Ele associou a fome aos dilemas da construção da nação, do Estado e do desenvolvimento econômico e social.Hoje, 100 anos depois do nascimento e 35 anos após sua morte, a miséria e a pobreza apresentam novos contornos, novas perspectivas de intervenção pública. A fome continua tema prioritário e exigência política no Brasil, que ainda não conseguiu erradicar a indigência (a incapacidade de obter a renda necessária para a garantir a mera sobrevivência física).Hoje, no entanto, diferentemente da realidade dos anos 30, 40 e 50, analisados por ele, o quadro de miséria e fome tornou-se mais complexo, mais urbano e segmentado - a partir das clivagens de gênero, etnia, escolaridade e inserção ocupacional. À medida que o Brasil exibe recordes de produção agrícola e um PIB per capita que o insere entre os países mais ricos do mundo, nossos maiores limites para equacionar a fome estão ligados à questão das prerrogativas e dos direitos de cidadania. Ainda assim, ao formular um conceito de desenvolvimento que não é puramente econômico, mas que remete aos dilemas da integração e a emancipação humana, a obra mantém uma proximidade inquestionável com o debate atual em torno das políticas sociais e da cidadania. Estar bem nutrido para Josué de Castro é, antes de mais nada, uma exigência ética.Sobre as opções políticas para a solução da fome e da miséria, Josué também nos ensinou a recusar o assistencialismo e a fragmentação das ações e evitar a perpetuação de programas setoriais que não buscam a convergência em torno de resultados comuns. Neste sentido, o esforço de fazer dialogar as diferentes agendas das políticas públicas, possibilitar novos arranjos de governança, incluindo múltiplos atores, instituições e grupos sociais em torno da questão da Segurança Alimentar, atualiza e expande a obra e o pensamento de Josué de Castro. *Rosana Magalhães é Nutricionista, pesquisadora titular da Fundação Oswaldo Cruz

13/08/2008

Deic prende mulher com 20 kg de maconha

Deic prende mulher com 20 kg de maconha
Cidade Olímpica

Policiais da Delegacia Estadual de Investigação Criminal (Deic) prenderam em flagrante, por volta das 10h de ontem, Ana Maria Rocha Silva, 40 anos, sob a acusação de tráfico de entorpecentes. A acusada foi presa em sua residência situada na Rua 1, Quadra 7, casa 14, no Residencial José Reinaldo Tavares, na Cidade Olímpica e com ela a polícia apreendeu aproximadamente 20 kg de maconha prensada em tabletes, além de R$ 310, trocados em cédulas de dois e cinco reais, mais uma balança de precisão.

De acordo com o delegado Lawrence Melo Pereira, a polícia recebeu uma denúncia anônima informando que na casa de Ana Maria havia sido estocada uma certa quantidade de droga. De posse das informações, os policiais montaram campana e por volta de 10h30 abordaram a casa da suspeita que não esboçou qualquer reação e não teve como esconder a maconha. “Encontramos 11 tabletes da erva prensada dentro de uma mala média de viagem, de cor vermelha. Ana Maria declarou que a substância não era sua, ela apenas guardava para outra pessoa que não soube identificar quem era”, disse ele.

O delegado revelou que a acusada é mulher de Sandoval Rodrigues, que está preso no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, por ter executado a tiros, o cabo Jocivaldo Silva Pereira, da Polícia Militar. O crime ocorreu em abril de 2005, no Alto do Calhau. O homicídio foi praticado a mando da ex-mulher do policial, Kátia Maria Ribeiro, e do seu parceiro, Magno Corrêa, que pretendiam receber com o crime o seguro pela morte do militar. A polícia vai investigar a possível participação de Sandoval com o narcotráfico dentro e fora do presídio. (Fonte jornal pequeno)

“Segundo noticiário hoje pela manhã na tv difusora somente nestes primeiros 7 meses foram aprendidos 80 kg de merla, e 60 de maconha e que o número de mulheres no tráfico cresceu só neste últimos 7 meses 25%. Tendo os bairros da Liberdade, Barreto, Jordoa e área do Itaqui Bacanga como os principais na rota do tráfico. Pergunta que não quer calar. E quem faz uso e que deseja tratamento tem serviços de saúde disponível em São Luís para atender a demanda? Quem souber a resposta que dê, apesar de saber que ela não vai chegar. Por que simplesmente não há.” Vai ser a polícia que ira minimiza a situação? E a saúde dos acometidos como fica?"
Patrício Barros-Mobilizador RoDa Nordeste no MA/ABORDA

12/08/2008

Plano de aula publicado na Edição 11 - junho / 2008 - ProfessoresVulnerabilidades juvenisSerá que a juventude é mesmo vulnerável? Educadora propõe questionar os jovens sobre o tema com um roteiro de atividades em grupo, pesquisas e produção de um jornal

A psicóloga e educadora social Carolina Jardim, agente técnica do Instituto Ayrton Senna no programa SuperAção Jovem, preparou este plano de aula com base no ensaio Parcerias Saudáveis, sobre educação e saúde juvenil, que pode ser acessado nesta página. As atividades trazem aos jovens algumas questões: Será que a juventude é mesmo vulnerável? Que aspectos da juventude estão ligados a essa vulnerabilidade e por quê? Como esses temas aparecem na mídia? A proposta é levar estudantes à reflexão por meio de atividades em grupo, pesquisas e produção de um jornal que sintetizará as descobertas sobre os assuntos e refletirá as posições dos jovens.
ATIVIDADE 1 Objetivo: Explorar temas relacionados à vulnerabilidade juvenil a) Apresente aos jovens o termo “Juventude Vulnerável?” e promova uma discussão, em roda, sobre o que eles pensam sobre essa questão. Explore desde o conhecimento deles sobre o termo vulnerabilidade até os assuntos que eles imaginam estarem relacionados ao tema. Eles concordam que a juventude é mesmo um período de vulnerabilidade? Por quê? Será que a juventude é realmente uma etapa da vida em que estamos mais expostos? O que nos deixa mais expostos nessa etapa da vida? b) Para aquecer mais a discussão, apresente a eles o texto de referência e traga para a roda o seguinte trecho: “A sexualidade e o contato com drogas são dimensões da vida juvenil que podem ser abordadas na escola pela perspectiva dos direitos, com apoio dos profissionais de saúde”. Será que a escola tem abertura para trazer questões como essas para uma discussão? E os professores, se sentem preparados para abordar tais questões? Então, já que se trata de um direito dos jovens discutir sobre essas questões, eles também podem ajudar a escola a criar espaço para isso? A partir dessas reflexões, reforce que este espaço está sendo criado, a partir dessas atividades, exatamente para quebrar alguns estigmas como esses. c) Depois que a discussão tiver sido bem explorada, é o momento de os jovens pesquisarem na internet sobre o termo vulnerabilidade juvenil. A idéia é que eles pesquisem quais temas estão associados diretamente a esse termo. Provavelmente, eles encontrarão muitos temas. A sugestão é que explorem um pouco cada tema que surgir e escolham, primeiro individualmente e depois em grupos, um dos temas relacionados à vulnerabilidade. d) Podem ser formados diversos grupos, mas como alguns temas se relacionam diretamente, sugira a formação de quatro grupos de trabalho: Grupo 1: Juventude e Sexualidade (incluindo questões ligadas à saúde reprodutiva, doenças sexualmente transmissíveis, gravidez na adolescência, homossexualidade etc.) Grupo 2: Juventude e Drogas (incluindo o uso de drogas permitidas por lei como álcool, medicamentos, cigarro etc.) Grupo 3: Juventude e Violência (questões ligadas ao Índice de Vulnerabilidade Juvenil – IVJ e às causas que levam os jovens a serem ao mesmo tempo vítimas e autores de atos ligados à violência, tais como: desigualdade social, altos níveis de pobreza, falta de acesso ao lazer e à cultura etc.) Grupo 4: Juventude e Trabalho (incluindo todas as questões sobre a profissionalização dos jovens, níveis de desemprego, orientação vocacional, as novas formas de trabalho etc.) e) Quando todos já tiverem decidido os temas e grupos que querem formar, convide cada grupo para levantar, em nova pesquisa na internet, algumas definições sobre cada tema. Sugira a todos que digitem, no Google, ou em qualquer outro site de busca, os termos “juventude e sexualidade” (G1); “juventude e drogas” (G2) e assim por diante. f) Cada grupo irá selecionar alguns itens interessantes de cada tema, para discutir, explorar, de modo que cheguem a uma definição comum sobre o tema. g) Para encerrar, convide cada grupo para apresentar uma rápida síntese sobre o que descobriu e que ainda não sabia sobre o tema pesquisado. A cada apresentação, discuta com os grupos a relação entre todos os temas, para que associem toda a pesquisa à questão da vulnerabilidade juvenil.
ATIVIDADE 2 Objetivo: Pesquisar sobre como os temas relacionados à vulnerabilidade juvenil são vivenciados por pessoas modelares a) Para iniciar a atividade, faça uma roda de conversa com os jovens com o objetivo de refletirem um pouco sobre a maneira como os temas pesquisados são abordados pela mídia. Será que a mídia é uma formadora de opinião? E as pessoas públicas, celebridades, artistas, será que seus pensamentos e atitutes também formam nossas opiniões? Essas pessoas são, de alguma forma, modelares e se tornam espelhos para quem as admira? Explore um pouco a relação dos jovens com seus ídolos. Todo jovem tem um ídolo, uma pessoa que admira, quer ser como ela, gosta do que diz e faz. E como será que esse ídolo se relaciona com esses temas? Como será que pessoas conhecidas, públicas se colocam na mídia diante desses temas? Pesquisar sobre essas questões é também pesquisar sobre nossas próprias posturas diante desses temas? Explore bastante essa reflexão com os jovens, para dar sentido ao que farão a seguir. b) Retome os grupos de trabalho da atividade anterior. Todos já definiram seus temas e já fizeram uma boa pesquisa sobre os assuntos relacionados a cada tema. Agora, a proposta é cada grupo escolher um personagem (pode ser um artista, uma celebridade ou qualquer pessoa pública, de qualquer época) que eles saibam que esteja relacionado ao tema do grupo, de alguma forma. Traga alguns exemplos, se quiser, para ilustrar como pode ser feita essa escolha: Grupo 1: Juventude e Sexualidade: podem escolher uma pessoa famosa, ainda jovem, que seja assumidamente homossexual; uma pessoa que seja um modelo por viver sua sexualidade de maneira saudável, uma pessoa que tenha AIDS; uma mulher que tenha ficado grávida ainda na adolescência; Grupo 2: Juventude e Drogas: podem escolher uma pessoa famosa que, ainda jovem, tenha se envolvido com drogas, como maconha, cocaína, heroína ou ainda uma pessoa notadamente alcóolatra, fumante ou viciada em medicamentos. Grupo 3: Juventude e Violência: podem escolher uma pessoa famosa que, ainda jovem, cometeu algum ato infracional ligado a algum tipo de violência (assalto, homicídio, etc.) Grupo 4: Juventude e Trabalho: podem escolher uma pessoa famosa que, ainda jovem, tenha uma boa relação com o mundo do trabalho ou até mesmo uma pessoa que seja um modelo por ter enfrentado desafios em se relacionar com o mundo do trabalho. c) Se os jovens encontrarem dificuldade para escolher os personagens, sugira que façam uma breve pesquisa na internet, para ampliar o leque de pessoas famosas associadas ao tema de cada grupo. Sugestão: “pessoas famosas e drogas”; “pessoas famosas e violência” etc. d) Assim que definirem o personagem, todos os grupos receberão quatro perguntas para pesquisarem sobre a relação desses personagens com o tema específico do grupo. Eles podem pesquisar na internet, mas também em outras fontes, como revistas, guias ou livros que abordem os temas: - Como esse personagem assume, diante da mídia, a sua relação com o tema (sexualidade, drogas, violência ou trabalho)? - Depois de pesquisar sobre a vida desse personagem, o que, na opinião do grupo, levou esse personagem a assumir essa postura diante da mídia? - Qual seria, na visão de vocês, a postura ideal de uma pessoa famosa ao abordar esse tema na mídia? - A partir da pesquisa sobre esse personagem, vocês acham que essa pesquisa confirma ou nega a idéia de que a juventude é mesmo vulnerável? e) Quando todos os grupos tiverem terminado as pesquisas e construído as suas respostas, faça um rápido bate-bola com eles, para encerrar a atividade. Peça que tragam suas impressões sobre o que descobriram sobre o tema e que ainda não sabiam, se houve alguma divergência de opinião entre eles, como conseguiram chegar a um consenso, quais foram os desafios para pesquisar sobre o tema etc. Nesse momento, é muito importante que cada grupo ouça as impressões do outro, pois muitas sensações e observações tendem a ser bastante semelhantes. Retome, mais uma vez, a idéia de que o pano de fundo entre todos os trabalhos é comum.
ATIVIDADE 3 Objetivo: Sintetizar as conclusões sobre as pesquisas realizadas por meio de uma notícia de jornal a) Nessa terceira atividade, os jovens serão convidados a montar uma notícia de jornal com as pesquisas realizadas nas atividades anteriores. Cada grupo redigirá uma notícia e o tema do jornal será “juventude vulnerável?”. No entanto, eles podem e devem dar um outro título ao jornal, que represente a resposta deles sobre essa questão. b) Para apoiá-los, traga um exemplar de jornal para todos os grupos e peça que explorem bastante o jornal, extraindo qual é a sua estrutura. Eles não devem se ater aos conteúdos das matérias, mas compreender a estrutura: como é a primeira página, o que ela traz, quais são os tamanhos das letras, se elas têm ilustrações ou fotos etc. c) Todos devem trazer o que observaram e, para amarrar essa compreensão, apresente a eles como se dá a estrutura de uma notícia de jornal:  Manchete: título da reportagem que instiga o leitor para ler a notícia;  Olho: em letras menores, aparece logo depois da manchete e traz um pequeno resumo da notícia;  Texto: é a notícia em si, que irá trazer todo o conteúdo pesquisado pelos jovens, em forma de colunas;  Ilustração ou fotos: a notícia pode trazer alguma ilustração, que o próprio grupo pode fazer (uma charge, ou um grafite) que se relacione ao tema da notícia ou também uma foto (que pode ser retirada de uma outra fonte ou feita pelo grupo);  Autores: no final da notícia, há sempre o nome de quem a escreveu. d) Agora que já conhecem a estrutura, os grupos podem novamente explorar o jornal, para identificar cada um dos itens acima. Em seguida, sugira que dividam tarefas entre eles, para que todos possam participar em habilidades que se interessem, como, por exemplo: dois jovens podem ser os coordenadores do grupo, que irão analisar de tudo o que foi pesquisado, o que irá compor notícia; dois jovens farão as ilustrações (escolhem que tipo de ilustração, como ela revela o que o grupo quer falar sobre o tema e fazem o desenho ou a charge); outros dois jovens serão os responsáveis para pensar na manchete e no olho da notícia, de modo que fique bem impactante e todos se interessem em ler; outros dois jovens serão os redatores, que irão escrever o texto da notícia; outros dois serão os diagramadores, que montarão o “boneco” (uma espécie de ensaio do jornal), com o visual do texto, da manchete, do olho e da ilustração. Para isso, eles podem contar com programas de computador específicos, como o PageMaker, ou InDesign, ou programas mais básicos como o Powerpoint ou até mesmo o Word. e) Divididas as tarefas, é o momento de cada dupla realizar a sua tarefa e iniciar a execução da notícia do jornal. Eles podem ainda pedir apoio dos outros grupos, colher idéias uns dos outros, para que percebam, o tempo todo, que o resultado final será um único jornal, que traga todo o trabalho da sala. ATIVIDADE 4 Objetivo: Produzir um jornal que revele como se posicionam diante do tema da vulnerabilidade juvenil a) Todas as notícias já ficaram prontas? Então, cada grupo irá apresentar a sua notícia aos outros, da seguinte forma: um grupo escolhe outro grupo que queira entregar a sua notícia para ser lida e explorada. E escolhe também qual notícia gostaria de ler e explorar. Todos os grupos devem trocar suas notícias. b) Em seguida, dê um tempo para que todos possam ler as notícias uns dos outros, e façam uma análise, a partir da seguinte pergunta: Qual a importância dessa notícia de jornal para ampliar a discussão sobre esse tema na escola? c) Leia com eles o box com o depoimento do jovem Felipe, de 18 anos, que está no texto de referência, falando sobre sua dificuldade em não ter espaço na escola para abordar questões ligadas à sua sexualidade. Discuta com eles o trecho: “A escola só chamou um profissional uma vez para falar sobre Aids, nada mais amplo sobre saúde do jovem, sexualidade ou mesmo a questão das drogas”. d) A partir dessas reflexões, os jovens irão pensar sobre qual será o título do jornal e irão construir uma pequena notícia que resuma tudo o que irão apresentar nas quatro notícias já feitas por cada grupo. A proposta aqui é a de que eles tragam, com bastante clareza, o objetivo de tudo o que fizeram, ou seja, mostrar o quanto a atitude de pessoas públicas é modelar para que cada um se posicione diante de temas que, muitas vezes, são tabus dentro da escola ou até para os próprios jovens. e) Depois de criada a notícia, que será o elo de todas as notícias dos grupos, os jovens irão fazer a montagem do jornal. O jornal pode ser feito no formato de jornal-mural, a ser afixado em um espaço coletivo, que todos os jovens circulem, ou também pode ser um jornal virtual, a ser circulado via e-mail para os professores, equipe escolar e alunos, ou ainda, um jornal impresso, a ser distribuído para todos. f) Para encerrar,faça uma boa rodada de avaliação sobre todo o processo, questionando com os jovens se, a partir de toda a pesquisa e as conclusões que chegaram, algum deles mudou de opinião sobre os assuntos pesquisados, aprendeu algo que não sabia ou até mesmo passou a perceber que sua atitude será outra, a partir de agora, diante dessas questões.
FONTES DE APOIO AO PROFESSOR: Alunos Online: www.alunosonline.com.br. Link: sexualidade Brasil Escola: www.brasilescola.com. Link: violência Mundo Educação: www.mundoeducacao.uol.com.br. Link: drogas Portal da Sexualidade: www.portaldasexualidade.com.br Portal Drogas: www.drogas.org.br Site Jairo Bouer: www.doutorjairo.com.br Links: drogras, saúde, comportamento, meninos, meninas, prevenção, DST/AIDS. AQUINO, Julio Groppa (org.). Sexualidade na escola: alernativas teórico práticas. São Paulo, Summus, 1997. BRAUN, Ivan Mario. Drogas: perguntas e respostas. MG Editores. COSTA, Antonio Carlos Gomes. Tempo de Crescer - Adolescência, Cidadania e Participação. Fundação Odebrecht. Salvador, 1998 PICAZIO, Claudio. Sexo secreto: temas polêmicos da sexualidade. São Paulo, Summus, 1998. SERRÃO, Margarida e BALEEIRO, Maria Clarice. Aprendendo a ser e conviver. São Paulo, Editora FTD, 1999.

Economia Solidária e Saúde Mental: inclusão social pelo trabalho

Economia Solidária e Saúde Mental: inclusão social pelo trabalho
Consultora da Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes) no campo do Cooperativismo Social e mestranda em Sociologia do Trabalho pela Universidade de Brasília, Rita Martins explica aos Mobilizadores COEP como a Economia Solidária tem contribuído para a inclusão social de pessoas que sofrem de transtornos mentais, destacando a reflexão sobre o direito dessas pessoas em compartilhar espaços e decisões sobre seu trabalho. As experiências de intercâmbio entre os movimentos de Economia Solidária e da Reforma Psiquiátrica têm sido estimuladas e apoiadas pelos Ministérios da Saúde e do Trabalho e Emprego, que estão implementando uma Rede Nacional de Saúde Mental e Economia Solidária.Mobilizadores COEP - Por que integrar os movimentos da Economia Solidária e da Reforma Psiquiátrica? Que elementos eles têm em comum?R. Os movimentos da Economia Solidária e da Reforma Psiquiátrica têm uma série de aproximações, uma delas é a luta por condições mais justas de se viver e de se conviver. Em ambos os movimentos, encontramos a questão da tolerância às diferenças: na economia solidária, encontramos uma outra forma de economia; na Reforma Psiquiátrica, uma outra forma de cuidado e uma outra proposta de convivência com aqueles que sofrem de transtornos mentais. Como diria o professor Singer [Paul Singer, secretário nacional de Economia Solidária], o encontro entre os dois movimentos é inevitável.Mobilizadores COEP - As experiências de Economia Solidária desenvolvidas nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) têm como objetivo contribuir para a inclusão social dos usuários da saúde mental através do trabalho. Como isso vem acontecendo no Brasil hoje? Há outros serviços de saúde mental que desenvolvem ações semelhantes? R. Segundo dados do Ministério da Saúde e do Sistema de Informação em Economia Solidária/SENAES/MTE, atualmente encontramos mais de 200 iniciativas de geração de trabalho e renda organizadas com a participação de usuários da rede pública de saúde mental, com uma média de 2.500 pessoas envolvidas. Grande parte destas experiências tem se aproximado aos poucos da Economia Solidária por meio dos fóruns, das feiras e de eventos promovidos pela Economia Solidária. Além dos CAPs, os Centros de Convivência e Cultura também participam ativamente das ações direcionadas à inserção de pessoas com transtorno mental no trabalho. Existem também algumas parcerias promissoras com a saúde do trabalhador, por meio dos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador.Mobilizadores COEP - O que significa para os usuários do serviço mental o envolvimento em uma atividade de geração de renda? Como se dá distinção entre as atividades de terapia ocupacional e as atividades de geração de renda?R. A discussão sobre trabalho dentro do campo da saúde mental tem se tornado cada vez maior. Durante muito tempo o debate esteve restrito aos efeitos terapêuticos do trabalho, contudo não podemos deixar de lembrar de que o trabalho também adoece e que, muitas vezes, causa dor e sofrimento. Neste sentido, a dimensão do direito ao trabalho tem se tornado uma grande questão dentro do campo da saúde mental. Durante décadas as pessoas que sofriam de transtorno mental foram tratadas como incapazes para a vida em sociedade e para a convivência em ambientes de trabalho. Por isso, durante anos, essas pessoas ficaram restritas aos manicômios e às práticas protegidas de trabalho. Hoje, ainda encontramos um cenário em transformação, onde práticas desumanas e inovadoras convivem no campo da saúde mental. Contudo, podemos dizer que o encontro entre Economia Solidária e Saúde Mental tem trazido indagações importantes sobre o direito das pessoas com transtorno mental de compartilhar espaços e decisões sobre o que produzem, como produzem e o que farão com o que é produzido e, mais que isso, sobre a autonomia e o direito à voz destas pessoas.Mobilizadores COEP - Quais são as principais características dos empreendimentos solidários ligados aos serviços de saúde mental? Como se organizam? As iniciativas são informais ou contam com qualificação profissional, estruturação de redes de comercialização, formalização legal?R. Grande parte dos grupos de geração de trabalho e renda formados por usuários da rede de saúde mental são informais. Muitos comercializam seus produtos por meio de associações ou de forma autônoma, com cada artesão vendendo seu produto. Existe uma crescente aproximação das entidades de assessoria do campo da Economia Solidária, em especial das Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas Populares (ITCPs). Alguns grupos da saúde mental já recebem assessoria há bastante tempo, como, por exemplo, o grupo GerAção de Porto Alegre e a Associação Trabalharte, de Juiz de Fora, ambos assessorados por incubadoras como qualquer outro empreendimento econômico solidário. O interessante é que, segundo as ITCPs que tiveram esta experiência, não há uma diferença no processo de incubação, apenas no tempo da incubagem. Muitas vezes é necessário um tempo maior de acompanhamento dos grupos da saúde mental em comparação a outros empreendimentos econômicos solidários.Mobilizadores COEP - Como são conduzidas as atividades e qual o destino dos produtos criados pelos usuários dos CAPs? Que outros atores – além dos usuários – estão envolvidos nessas experiências de geração de trabalho e renda?R. Não é possível definir a dinâmica de trabalho dos grupos, já que cada um possui uma forma de organização e concepção do trabalho. Podemos afirmar que grande parte transita entre o terapêutico e a geração de trabalho e renda. Naqueles que têm por objetivo maior a geração de trabalho e renda, os produtos são comercializados em feiras, lojas e eventos, tanto da Saúde Mental quanto da Economia Solidária. Nestes grupos, também há a participação de familiares dos usuários, profissionais de saúde e pessoas da comunidade em geral.Mobilizadores COEP - Em novembro de 2004, os Ministérios da Saúde e do Trabalho e Emprego realizaram uma Oficina de Experiências de Geração de Renda e Trabalho, que discutiu a sustentabilidade destas iniciativas. Quais são os principais desafios a serem enfrentados?R. No ano de 2004, foi realizado o primeiro encontro nacional para construção de ações efetivas para a inserção das pessoas com transtorno mental no mundo do trabalho. Nesta ocasião, estiveram presentes 78 iniciativas de diferentes lugares do Brasil para compartilhar suas experiências e contribuir para a construção de uma política pública de interface entre a saúde mental e a economia solidária. Desta oficina saiu a proposta de reunir diferentes atores num grupo de trabalho interministerial com a missão de delinear os primeiros passos desta parceria. Como produto deste grupo, foi lançado um relatório com recomendações dos Ministérios da Saúde e do Trabalho e Emprego, bem como ações para execução a curto e médio prazos. Podemos citar algumas destas ações que já estão em desenvolvimento pela Secretaria Nacional de Economia Solidária: a participação da saúde mental nos editais do Programa Nacional de Incubadoras de Cooperativas Populares e no Plano Nacional de Qualificação Profissional da Economia Solidária, bem como a participação de empreendimentos da saúde mental na Campanha Nacional de Economia Solidária.Mobilizadores COEP - No mesmo encontro, surgiu uma proposta de criação da Rede Nacional de Saúde Mental e Economia Solidária? Houve avanços nessa idéia; quais os objetivos da Rede?R. Um dos desafios desta parceria entre saúde mental e economia solidária é a criação de uma Rede Nacional, onde os grupos poderiam trocar experiências, realizar intercâmbios entre seus membros, bem como criar arranjos produtivos e de comercialização entre si. Para dar vida a esta proposta, 32 municípios, nas cinco regiões do país, receberam assessoria técnica para construção de planos de ação para implementação de ações em parceria entre saúde mental e economia solidária. Esta iniciativa está em fase de implementação, com a supervisão e acompanhamento da Área Técnica de Saúde Mental do Ministério da Saúde e da Secretaria Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego.Entrevista concedida a: Danielle BittencourtEdição: Danielle Bittencourt e Eliane AraújoEsperamos que tenham gostado da entrevista. Lembramos que o espaço abaixo é destinado a comentários. O entrevistado não se compromete a responder as perguntas aqui postadas.
Fonte:
Mobilizadores COEP
Autor:
-
Data:
1/8/2008

07/08/2008

VII ENCONTRO NACIONAL DE REDUTORES E REDUTORAS DE DANOS

O ENCONTRO NACIONAL
Há dezenove anos, a cidade de Santos ousou, e teve início o capítulo brasileiro na história da Redução de Danos. O preço? Incompreensão, medo, perseguição. E resistência.
O novo sempre vem, diz o poeta. Depois de Santos, vieram outras cidades, e desde muito cedo, uma certeza: era preciso um novo tipo de trabalhador de saúde, que soubesse reconhecer os códigos dos territórios constituídos pelas pessoas que usam drogas, em meio a um cenário de criminalização.
Surgiam as redutoras e os redutores de danos.
Hoje, somos centenas por todo Brasil. Segundo o Levantamento Situacional produzido no Projeto RoDa Brasil, 556 distribuídos em 18 estados brasileiros. Mas, a depender de relatos nos quais muito confiamos, somos bem mais do que isto.
Crescemos, e cresceram nossas responsabilidades. Por todos os cantos, abundam os relatos de participação em Conselhos, Fóruns e nas mais distintas esferas públicas de controle social. Em 2007, tivemos diversos redutores de danos participando da XIII Conferência Nacional de Saúde, e hoje ninguém mais questiona quando afirmamos que a Redução de Danos é um dispositivo da Reforma Psiquiátrica.
É com este espírito que chegamos no VII Encontro Nacional de Redutoras e Redutores de Danos. Voltamos a cidade de Santo André, que nos acolheu há dois anos, buscando a definição da Plataforma Política do Movimento Social de Redução de Danos. Além disto, o encontro também marca um momento de profunda reflexão sobre os modos de gestão e organização do próprio movimento.


Pela profecia o mundo ia se acabar
Pelo vagabundo deixa o mundo como está
Pelo ser humano, pelo cano o mundo vai, ou não
Pelo cirandeiro, todo mundo vai rodar

À vida, companheiros!


PROGRAMAÇÃO PRELIMINAR

28/08 – Quinta-feira
Tarde:
14:00hs: Acolhimento
Local: Teatro Municipal de Santo André
Coordenador: Adriana Barcellos e Daniela (URD)
Noite:
19:00 hs: Abertura Oficial
Coordenador Cerimonial: Margarete Suzano
20:00 – Conferência: Redução de Danos: ética e estética
Conferencista: Sérvulo Paulo
29/08 - Sexta-feira
Local: Grande Hotel Estância Pilar
09:00 – Contextualização - RoDa Brasil e RoDas Regionais
13:00 - Almoço
14:30 -Trabalho em grupos
Grupo 1 - DH das pessoas que usam drogas
Grupo 2 - RD como política publica e tecnologia do cuidado
Grupo 3 - Sustentabilidade da RD como política pública
Grupo 4 - Dignidade dos Redutores de Danos
17:30 – Plenária – Fechamento da Plataforma Política
Coordenação: Elandias Sousa
18:30 – Atividade de Formação – Nossos usos, nossas práticas: álcool, crack e merla

Coordenação: Dênis Petuco
13:00 - Almoço
14:30 -Trabalho em grupos
Grupo 1 - DH das pessoas que usam drogas
Grupo 2 - RD como política publica e tecnologia do cuidado
Grupo 3 - Sustentabilidade da RD como política pública
Grupo 4 - Dignidade dos Redutores de Danos
17:30 – Plenária – Fechamento da Plataforma Política

Noite:
Livre

30/08 – Sábado
Local: Grande Hotel Estância Pilar
09:00 - Mesa: Plano Nacional de Redução de Danos para o SUS
Coordenação: Maristela Moraes
10:30 - Diálogos com outros movimentos sociais
Coordenação: Décio de Castro Alves
13:00 – Almoço
14:30 – Assembléia Geral da ABORDA
Leitura da VII Carta ao Brasil
Debate sobre o modelo de gestão da ABORDA
Eleição
19:30hs – Encerramento
Apresentação cultural – Mostra Vozes

Dia 31/08 – Domingo
Manhã
Relatoria – restrita aos indicados relatores e co-relatores e comissões.
Coordenador: Domiciano Siqueira


O ENCONTRO NACIONAL DE REDUTORES DE DANOS
será realizado no Grande Hotel Estância Pilar.
Conheça o local:
www.hotelpilar.com.br


COMISSÃO EXECUTIVA


DOMICIANO SIQUEIRA
domiciano@domicianosiqueira.com.br

ADRIANA BARCELLOS
adriana@adrianabarcellos.com.br

ALEX ZITEI
alex@redepaulista.com.br

MARGARETE SUZANO
magsuzano@gmail.com

COMISSÃO TECNO-POLÍTICA

ELANDIAS SOUSA - PRESIDENTE ABORDA
MARISTELA MORAES - VICE PRESIDENTE ABORDA
MARIA DO CARMO LACHIVIA - II TESOUREIRA ABORDA
FATIMA MACHADO - II SECRETARIA ABORDA
SEMIRAMIS VEDOVATO - RODA BRASILSÉRVULO PAULO - RODA NORDESTE
PATRICIO BARROS - RODA NORDESTEALVARO MENDES- RODA NORTE
tricio70@hotmail.com São Luís-MA

MICHELE MALEAMA - RODA NORTEOSVALDO - RODA SUL
DENIS PETUCCO - RODA SULMARINA - RODA SUDESTE
ANA MARIA TAVARES - RODA SUDESTE
TADEU - RODA SUDESTECARLOS - RODA CENTROESTE


CONTATOS - INFORMAÇÕES
(11) 4996-4037 - à tarde
(11) 9444-1348
REALIZAÇÃO

ASSOCIAÇÃO DE VOLTA PARA CASA
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE REDUTORES E REDUTORAS DE DANOS
REDE PAULISTA DE REDUTORES DE DANOS
APOIO
PROGRAMA NACIONAL DE DST/AIDS - MINISTERIO DA SAÚDE
PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTO ANDRÉ - COORDENAÇÃO DE SAÚDE MENTAL
SINDICATO DOS METALÚRGICOS DE SANTO ANDRE E MAUÁ

CONGRESSO NORTE E NORDESTE DE SEXUALIDADE HUAMANA


Congresso Norte/Nordeste de Sexualidade Humana
Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana


Palavra da Presidente do Congresso

Sobre o Evento

Palestrantes e Comissões

Inscrição

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Programação Científica

Normas para Trabalhos

Cursos

Agência Oficial- Agencia Baluz

Localização

Sobre o Evento
O Congresso Norte/Nordeste de Sexualidade Humana é promovido pela SBRASH e realizado pela Delegacia Regional da SBRASH no Maranhão.
Tema: Dialogando com a Sexualidade
Presidente do Congresso: Rosely Vieira
Presidente de Honra do Congresso: Paulo Roberto Canella
Período: 20 a 22 de agosto de 2008
Local: Conselho Regional de Medicina - São Luís-MA
Agência Oficial: Agência Baluz www.baluz.com.br
Faça logo sua inscrição e venha participar conosco!
Vagas limitadas.
Programação Científica
CONFERÊNCIAS Dialogando com a Sexualidade- Rosely Vieira (MA)
Sexualidade: do privado ao público- Ana Canosa (SP)
Dialogando com o amor-Helena Matarazzo (SP)
A condição de amor e a sexualidade – uma visão psicanalítica - Ernesto Mandelli (MA)
O Diálogo entre os Gêneros - Paulo Canella (RJ)
Hormônios e Sexualidade-Eliano Pellini (SP)
Sexualidade e Meios de Comunicação- Zenilce Bruno (CE)
MESAS REDONDAS: Sexualidade no século XXI
Sexualidade na melhor idade Educação sexual: quem educa o educador?
Sexualidade e Qualidade de Vida
Violência Contra a Mulher
CURSOS Negociando Conflitos e Aprendendo a Amar
Sexualidade e Adolescência Orientação Sexual para Crianças
Programa - dia 20 de agosto de 2008
15h às 17h30min
Credenciamento e Entrega de material
16h às 17h30min
Curso “Negociando Conflitos e Aprendendo a Amar”
Ministrante Helena Matarazzo
17h30min às 18h
Sessão de autógrafos com Helena Matarazzo
18h às 18h30min
Cerimônia de Abertura
18h30min às 19h15min
Conferência 1 - Dialogando com a Sexualidade
Rosely Vieira (MA)
19h15min às 20h15min
Mesa Redonda 1– Sexualidade e Qualidade de Vida
Coordenação: Luciane Brito
Paulo Canella- Ginecologista
Ana Canosa- Psicóloga - Burnout e Sexualidade -
Zenilce Bruno - Educadora Sexual
20h15min às 21h
Coquetel e Atração Cultural
Programa - dia 21 de agosto de 2008
8 h às 9h30min
Curso: Sexualidade e adolescência
Ministrante Rosely Vieira
9h30min às 10h15min
Conferência 2 - “Sexualidade: do Privado ao Público”
Ana Canosa (SP)
10h15min às 10h30min
INTERVALO
10h30min às 11h45min
Mesa Redonda 2 - Sexualidade no século XXI
Terapia Sexual - Pedro Mário
Aspecto médicos Ginecológicos
Aspecto médicos Urológicos
11h45min às 12h30min
Conferência 3
12h30min às 14h
ALMOÇO
13h às 15h30min
Pôsteres
15h30min às 16h15min
Conferência 4 - “Dialogando com o amor”
Helena Matarazzo (SP)
16h15min às 16h30min
INTERVALO
16h30min às 17h45min
Mesa Redonda 3- Sexualidade na melhor idade
Geriatria
Serviço Social
Psicologia
17h45min às 18h30min
Conferência 5 - Sexualidade e Meios de Comunicação
Zenilce Bruno (CE)
18h30min às 19:00
Sessão de autógrafos
Programa - dia 22 de agosto de 2008
8 h às 9h30min
Curso - Orientação sexual para crianças
Ministrante Ana Canosa
9h30min às 10h15min
Conferência 6 - Hormônios
Eliano Pelline (SP)
10h15min às 10h30min
INTERVALO
10h30min às 11h45min
Mesa Redonda 4 - Educação sexual: quem educa o educador?
Coordenação: Rosely Vieira
Ana Canosa (Psicóloga - SP)
Zenilce Bruno (Psicóloga - CE)
Silvia Viana (Enfermeira-MA)
11h45min às 12h30min
Conferência 7 - A condição de amor e a sexualidade: uma visão psicanalítica - Ernesto Mandelli (MA)
12h30min às 14h
ALMOÇO
14h às 15h30min
Mesa Redonda - Exposição oral de trabalho
15h30min às 16h30min
Mesa Redonda - Exposição oral de trabalho
16h30min às 16h45min
INTERVALO
16h45min às 18h
Mesa Redonda 5 - Violência Contra a Mulher
Coordenação -
Homens no Combate à Violência contra a Mulher- Sérgio Barbosa
Ações da Secretaria da Mulher - Lourdes Leitão
Intervenções da Secretaria de Segurança - Eurídice Vidigal
18h às 18h30min
Sessão de autógrafos - com Ana Canosa
18h30min às 19h15min
Conferência 8 - O Diálogo entre os Gêneros
Paulo Canella - Presidente da SBRASH
19h15min às 19h30min
Premiações e Cerimônia de Encerramento


NORMAS PARA APRESENTAÇÃO DE TRABALHO

NORMAS GERAIS: Válidas para “Exposição Oral” e para “Pôsteres”.
Sobre a inscrição:
Para a Inscrição de trabalho tanto para Exposição Oral como para Pôsteres é necessário que o autor ou um dos autores (no caso de mais de um autor) esteja inscrito no Congresso.
Para submeter trabalhos (Artigos científicos para exposição oral ou pôsteres) é necessário o investimento no valor de R$ 30,00(trinta reais) por trabalho, e enviar ficha de inscrição devidamente preenchida para e-mail rosely@elo.com.br
O pagamento do valor da inscrição dos trabalhos deverá ser feito junto com inscrição do congresso através de depósito bancário Banco do Brasil, Ag1612-8 e C/C 412.570-3 e enviar cópia do comprovante depósito para Agência Baluz, pelo Fax 98-3213-6371, ou enviar comprovante para e-mail rosely@elo.com.br
Ficha de inscrição de Trabalho Exposição oral
Título
Autor e-mail
Instituição e-mail
Depósito BB em anexo
Dia
Horário
Valor

Ficha de inscrição de Trabalho - PÔSTER
Título
Autor e-mail
Instituição e-mail
Depósito BB em anexo
Dia
Horário
Valor

Para ser inscrito, o trabalho deverá ser submetido à apreciação da Comissão Científica através de Resumo redigido em no máximo uma lauda de Papel A4, tipo de fonte Arial, tamanho 11, com espaçamento entre linhas de 1,5. No resumo deverá constar o título do trabalho e a Instituição. 3. O resumo deverá se enviado para o e-mail rosely@elo.com.br.4. O prazo máximo para inscrição dos trabalhos é 11/08/2008(segunda-feira) impreterivelmente. 5. O trabalho a ser submetido à apreciação da Comissão Científica do Congresso, para ser inscrito, deve ser inédito, tanto do ponto de vista da apresentação, quanto da publicação.6. Qualquer referência que, porventura, tiver de ser feita a medicações nos trabalhos deverá ser feita considerando-se apenas o nome genérico da droga, sem citar as marcas. 7. Cada autor só poderá inscrever no máximo dois trabalhos.
8. Cada instituição só poderá patrocinar no máximo dois trabalhos.
Sobre a apresentação:
1. Caso o trabalho tenha mais de um autor, deverá ser apresentado por um dos autores, cujo nome deverá ser informado à Comissão Científica, se possível quando da inscrição do mesmo. 2. É necessário informar se utilizará recursos audiovisuais para exposição do trabalho. 3. O tempo de apresentação dos trabalhos será rigorosamente respeitado - 15 minutos, visando o bom andamento das atividades do Congresso.
Sobre a premiação dos trabalhos:
1. A Comissão Científica premiará, na sessão de encerramento do Congresso, os dois melhores trabalhos apresentados na exposição oral e os dois melhores apresentados nos pôsteres. 2. O resumo do trabalho poderá ser publicado nos Anais do Congresso, se houver, ou na Revista da SBRASH, a critério da mesma Comissão.
NORMAS PARA A APRESENTAÇÃO
1. Todos os trabalhos a serem apresentados tanto na forma de “Exposição Oral” como na forma de Pôsteres deverão versar sobre conteúdos relativos sexualidade. 2. Os Pôsteres deverão ter medidas de 0,90m por 1,20m
CURSOS

Os cursos terão carga horária de 8 horas, e serão desenvolvidos de forma híbrida, com um momento presencial de 1h e 30min e outro momento à distância.
Todos os inscritos receberão certificado de participação e mais um livro de brinde (não necessariamente ligado ao título do curso) por cada inscrição.
Investimento Cursos -
()MC1 - Negociando Conflitos e Aprendendo a Amar- Helena Matarazzo R$ 40,00
()MC2 - Sexualidade e Adolescência – Ministrante Rosely Vieira R$ 40,00
()MC3 - Orientação Sexual para Crianças - Ministrante Ana Canosa R$ 40,00
Obs. Cada participante poderá inscrever-se até nos três cursos desde que efetue pagamento conforme abaixo:
Um curso - R$ 40,00
Dois cursos - R$ 75,00
Três cursos - R$ 100,00.
O pagamento do valor da inscrição referente aos cursos deverá ser feito junto com a inscrição do congresso através de depósito bancário no Banco do Brasil. Ag 1612-8. C/C412.570-3 e enviar cópia do comprovante do comprovante do depósito para Agência Baluz, pelo Fax: 98-3213-6371, ou enviar comprovante para o e-mail rosely@elo.com.br.

Delegacia Regional da SBRASH-MA - Av. Castelo Branco 605 Ed. Cidade de São Luís, sl 202 São Francisco, São Luís MA - Cel. (98)9974-6089
Palavra da Presidente do Congresso
Sobre o Evento
Palestrantes e Comissões
Inscrição
Fale Conosco
Links


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SexologiaNoticias - um serviço InPaSex - Instituto Paulista de Sexualidade
rua Traipu, 523 - Perdizes
01235-000 - São Paulo-SP
Tel/fax: (11) 3662-3139
E-mail: inpasex@uol.com.br
Site: http://www.inpasex.com.br
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DIREITOS HUMANOS NO ENSINO DE PSICOLOGIA

Direitos Humanos noEnsino de Psicologia
I Mesa Redonda de Debates on-line:
"Desenvolvimento da cultura de Direitos Humanos nos Espaços Educativos e os Desafios para a Psicologia"
Acesse pelo site www.pol.org.br
Dia: 7 de agosto de 2008Hora: 10h às 12h30Local: Plenário do Conselho Federal de Psicologia – Brasília/DF
Conselhos Regionais (CRPs) e Núcleos Regionais da Associação Brasileira de Ensino em Psicologia, ABEP, promovem, no dia 7 de agosto, quinta-feira, Oficinas Presenciais com uma programação específica. A programação inclui, no período da manhã, o debate on-line com transmissão ao vivo. Existe ainda a possibilidade de os Núcleos da ABEP e os Conselhos Regionais promoverem debates presenciais entre os participantes das Oficinas.
A Mesa Redonda de Debates com transmissão on-line consiste em um espaço de diálogo interativo com a participação de acadêmicos, psicólogos e destacados especialistas do Ensino de Psicologia para os Direitos Humanos. Nesse sentido, será dedicado um período de duas horas para o diálogo interativo por meio da internet com os participantes do debate online.
Debate OnLine:10h – 12h30 Composição da Mesa
Perly Cipriano - Subsecretário de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos/SEDH
Erasto Fortes Mendonça - Coordenador Geral de Educação em Direitos Humanos/SEDH
Ana Luiza Castro – Coordenadora da Comissão de Direitos Humanos do Conselho Federal de Psicologia - CFP
Dreyf de Assis Gonçalves - Diretor da Associação Brasileira de Ensino de Psicologia – ABEP
Rosiléia Maria Roldi Wille – Coordenadora Geral de Direitos Humanos da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade - SECAD/MEC
Promoção• Associação Brasileira de Ensino de Psicologia – ABEP• Conselho Federal de Psicologia
Apoio• Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade - SECAD/MEC• Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República - SEDH
Promoção:
em parceria com:MEC e SEDH Caso não consiga visualizar este e-mail corretamente, clique aqui.
1º Congresso Brasileiro de Saúde MentalPerspectivas em Saúde Mental: Diversidade e Aproximações3, 4 e 5 de Dezembro de 2008 • Florianópolis - Santa Catarina
O evento visa promover e aprofundar amplos debates de temas importantes para a Saúde Mental, reconhecendo sua polissemia, seus diversos componentes epistemológicos, sociais e culturais, consciente da complexidade de relações que compõem este campo.
TERÇA
02 / DEZEMBRO
8:30 - 12:30
Pré-congresso: realização de mini-cursos
14:00 - 18:00
QUARTA
03 / DEZEMBRO
08:00 – 9:30
Abertura da Secretaria - credenciamentos
9:30 – 11:15
Mesa redonda: Estado e Políticas de Saúde Mental
11:15 - 11:30
Intervalo
11:30 – 12:30
- Roda de Conversa: Saúde Mental e Direito - Simpósio: Educação Social Criança e Adolescente - Simpósio Educação Social - Palestras, comunicações coordenadas, apresentação de posters, trabalhos artísticos
12:30 - 14:00
Intervalo Almoço
14:00 - 15:30
Conferência internacional: Redes e Serviços de Saúde Mental: Uma Perspectiva de Cuba
15:30 - 16:00
Apresentações Culturais
16:00 - 16:30
Intervalo
16:30 - 18:00
- Oficina: terapia Comunitária - Rodas de Conversas, simpósio, palestras, comunicações coordenadas, oficinas, apresentação de posters, trabalhos artísticos
19:30
Cerimônia de Abertura
20:00
Conferência de Abertura: Saúde Mental, Sociedade e Cultura
QUINTA
04 / DEZEMBRO
08:00
- Abertura da Secretaria, Credenciamento - Atividades de cuidados com o corpo e saúde (yoga, meditação)
08:15 - 10:15
- Mesa redonda: Saúde Mental: Diálogos e Saberes - Mesa Redonda: Social e Cultura: Política de Produção Científica e sua influência na formação profissional
10:15 - 10:30
Intervalo
10:30 - 11:30
Rodas de Conversas, simpósios, palestras, comunicações coordenadas, oficinas, apresentação de posters, trabalhos artísticos
11:30 - 12:30
Rodas de Conversas, simpósios, palestras, comunicações coordenadas, oficinas, apresentação de posters, trabalhos artísticos
12:30 - 14:00
Intervalo Almoço
14:00 - 15:30
Conferência Internacional
15:30 - 16:00
Apresentações culturais
16:00 - 16:30
Intervalo
16:30 - 18:00
Oficina de Usuários
19:00
Lançamento de livros e noite de autógrafos
21:00
Festas das Máscaras
SEXTA
05 / DEZEMBRO
08:00
Abertura da Secretaria
08:30 – 10:15
Atividades de cuidados com o corpo e saúde (yoga, meditação)
10:15 - 10:30
Intervalo
10:30 - 12:30
Mesa redonda – Saúde Mental: Práticas, Cuidados e Fazeres
12:30 - 14:00
Intervalo Almoço
14:00 - 15:30
Conferência Internacional
15:30 - 16:00
Apresentações culturais
16:30 - 18:00
Plenária de encerramento

Os trabalhos técnicos poderão ser submetidos ao I CBSM até o dia 22 de agosto e a previsão para divulgação dos trabalhos aprovados será 30 de setembro. Abaixo seguem as Normas para elaboração e submissão de trabalhos técnico
Mini-cursoO objetivo desta atividade é qualificar seus participantes em tema específico e relevante. O minicurso implica um compromisso teórico e formato didático-pedagógico definido. O proponente deverá apresentar resumo da proposta do mini-curso, currículo resumido e bibliografia principal (no formato ABNT) que fundamenta o curso. O proponente deverá especificar em sua proposta a metodologia utilizada e o que o participante vai aprender, incluindo técnicas didático-pedagógicas e materiais necessários. A duração será de 8 horas, oferecido no dia pré-congresso.
OficinaO objetivo é comunicar e discutir experiências, num encontro de trocas, intercâmbios, vivências e práticas. Esta atividade deve ter um caráter mais prático. O tempo total da oficina será de 1 hora e 30 minutos. O proponente deverá especificar em sua proposta as técnicas didático pedagógicas e os materiais necessários.
SimpósioO objetivo é divulgar relatos de pesquisa ou de atividades profissionais relevantes, integrados sobre um mesmo tema. A atividade visa o contato dos participantes com temas de grande valor no campo da Saúde Mental. O simpósio deverá ser constituído de três a quatro expositores, sendo um deles também coordenador e proponente, necessariamente de duas ou mais organizações diferentes. Cada apresentador terá até 20 minutos para fazer sua apresentação. O tempo total da atividade deverá ser de duas horas, incluindo o tempo de participação e intervenção da platéia.
Comunicação oral coordenadaO objetivo é apresentar, de modo oral, diferentes temáticas, inclusive resultados de pesquisas, e proporcionar a interlocução entre os pesquisadores de uma mesma sessão e destes com a platéia. Os expositores terão até 15 minutos para fazer suas apresentações. A atividade deverá durar no máximo 60 minutos, incluindo o tempo de participação e intervenção da platéia. A comissão científica do Congresso definirá um coordenador para cada uma das sessões.
PôsterO objetivo é apresentar, por meio de representação gráfica, relatos de pesquisas ou ações/intervenções nos diversos campos da Saúde Mental. O pôster deverá contemplar uma síntese da pesquisa ou da intervenção, contendo os seguintes itens: título, autores, filiação, introdução, método, discussão dos resultados, conclusões e referências. As dimensões do trabalho deverão ser de 90 cm de largura e 1,20m de comprimento. Haverá obrigatoriamente um período de duas horas, estabelecido pelo Congresso, de presença do autor junto ao pôster. Atenção: os pôsteres devem vir acompanhados da cordinha para fixação. É de responsabilidade do autor a fixação e retirada do pôster, no número correspondente do trabalho.
Roda de conversaO objetivo é possibilitar uma participação mais ativa do público, garantindo espaço para uma conversa informal com os autores que estiverem promovendo as discussões. Um ou mais apresentadores, podem promover uma roda de conversa, oportunizando a troca de idéias sobre questões relevantes no campo da Saúde Mental. A duração da roda será de uma hora e não haverá o fornecimento de projetor multimídia.
GT - Grupos de trabalhos O objetivo é oferecer um espaço que permita o encontro de associações e grupos com temas específicos. A proposta deve ser enviada especificando o tema a ser abordado pelo grupo e objetivos do grupo de trabalho. Os GT´s serão realizados no dia pré-congresso ou nos dias do congresso. A duração das sessões será de uma hora e meia e não haverá o fornecimento de projetor multimídia.
Atividade artístico-culturalO objetivo é apresentar trabalhos de características artísticas e ou culturais. O tipo de atividade e o tema são livres, porém na submissão do resumo devem constar as seguintes informações: descrição do tipo de atividade, tema, tempo de duração e materiais necessários para a apresentação e/ou exposição. As apresentações devem ser planejadas prevendo que o espaço físico envolva a mínima utilização de materiais de apoio disponibilizados pelo congresso. Para esta atividade, solicita-se o envio por correio do resumo e material áudio e/ou visual (como fotos, dvds, demos etc.) para a comissão organizadora. O material deverá ser enviado para o endereço da secretaria executiva do congresso. Serão aceitos materiais com data de postagem até o último dia do prazo de submissão de trabalhos. Se o material disponível for somente foto, poderá ser enviado por e-mail, para trabalhos@esferamix.com.br, em arquivo jpg, juntamente com o resumo do trabalho.
Para submissão dos trabalhos você deve identificara qual eixo e tema ele pertence:
EIXOS E TEMAS PARA SUBMISSÃO DE TRABALHOS
EIXOS
TEMAS
1. Diálogos e Saberes
- Epistemologia e Saúde Mental- Formação profissional- Inter e transdisciplinaridade- Paradigmas e estilos- Pesquisa em Saúde Mental
2. Práticas, Cuidados e Fazeres
- Rede de atenção e cuidados- Clínica psicossocial- Atenção Primária- Vigilância e Saúde Mental- Epidemiologia- Cuidados com o usuário de substâncias psicoativas
3. Estado e Políticas de Saúde Mental
- Tutela- Curatela- Direito Civil- Poder Judiciário e Saúde Mental- Povos indígenas- Políticas de Saúde Mental para grupos especiais- Política para o trabalho- Financiamento- Processos de gestão
4. Social e Cultural
- Desistitucionalização e Institucionalização- Medicalizaçao da vida cotidiana- Movimentos sociais- Arte e Saúde Mental- Gênero- Ciclos vitais- Violência auto e hetero infligidas- Inclusão para o trabalho- Saúde Mental e trabalho- Álcool e outras drogas- A condição humana no mundo contemporâneo- Práticas corporais e Saúde Mental

Informações Importantes:
Os resumos dos trabalhos deverão conter no máximo 3.000 caracteres.
As apresentações serão feitas em projetor multimídia, deverão ser apresentadas em Power Point (Microsoft)
O apresentador deverá entregar sua aula no mídia-desk 2 horas antes de sua apresentação. A mesma deverá estar em pen-drive ou CD
Não será permitida a utilização de computadores pessoais
Será emitido 01 (um) certificado para cada autor do trabalho apresentado
Cada autor poderá enviar até 03 trabalhos para serem avaliados pela Comissão Técnica-Científica do I CBSM
No caso de apresentações orais em língua estrangeira, deverão ser consultadas previamente para disponibilidade dos serviços de tradução
Os trabalhos serão enviados para avaliação pela comissão técnica-científica informando somente o título e resumo do trabalho
Em caso de dúvidas, entre em contato: trabalhos@esferamix.com.br

03/08/2008

Argentina: Presidenta apoya reforma de ley de drogas‏

El pasado martes 29 de julio, la Presidenta Cristina Fernández de Kirchner dio su apoyo al proyecto de revisión de la política argentina en materia de drogas, que incluye la despenalización de la tenencia de drogas para consumo personal y la inclusión de las estrategias de reducción de daños.
El proyecto de reforma es impulsado por el Ministro de Justicia, Seguridad y Derechos Humanos, Aníbal Fernández, quien lo había anunciado el año pasado en la V Conferencia Nacional sobre Políticas de Drogas organizada por Intercambios. (http://www.intercambios.org.ar/marco.htm)
En marzo de este año, el Ministro Fernández había señalado el "completo fracaso" de castigar a los usuarios de drogas en su presentación ante la Comisión de Estupefacientes de las Naciones Unidas en Viena.
El martes 29 de julio, el Ministro de Justicia presentó los resultados de una encuesta nacional, en un acto al que asistió la Presidenta acompañada por la mayoría de los ministros de su gabinete. Cristina Fernández de Kirchner resaltó la importancia de "poner nuestro esfuerzo para que los adictos puedan salir, no me gusta esa gente que los condena, cuando en verdad hay que perseguir al que les vende la droga”.
El Ministro Fernández también se refirió a los derechos humanos y a la reducción de daños, afirmando que su propuesta es incluirla en la política nacional de drogas.
Más información en:
http://www.pagina12.com.ar/diario/sociedad/3-108736-2008-07-30.html
http://www.pagina12.com.ar/diario/sociedad/subnotas/108736-34328-2008-07-30.html
Intercambios Asociación CivilCorrientes 2548 2º D1046, Buenos Aires, ArgentinaTelefax: 54 11 49547272www.intercambios.org.arintercambios@intercambios.org.ar

ABIA COMENTA COMENTÁRIO DO JORNALISTA ALEXANDR GARCIA

ABIA (Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids) CARTA ABERTARef: Comentário do jornalista Alexandre Garcia em 30/07/2008Prezada equipe do Bom Dia Brasil,Tendo em vista a matéria que foi ao ar na edição do dia 30/07/2008 do Programa BOM DIA BRASIL, referente ao lançamento do relatório da UNAIDS, seguida de comentários do jornalista Alexandre Garcia, a Associação Brasileira Interdisciplinarde AIDS (ABIA), uma organização não-governamentalsem fins lucrativos fundada pelo sociólogo Herbert de Souza e que desde 1986 vem acompanhando as políticas de enfrentamento da AIDS dentro da perspectiva dos direitos humanos, incluindo os direitos sexuais e reprodutivos, gostaria de fazer alguns comentários em relação ao que foi proferido sobre os aspectos de prevenção à epidemia.Algumas considerações devem ser feitas sobre a política brasileira de prevenção ao HIV/AIDS atual que, junto com a sociedade civil, vem enfaticamente trabalhando no sentido de desmistificar e desestigmatizar a condição de soropositividade. Em relação aa seguinte afirmação de Garcia:“(...) Não fazer o teste preventivo é como se recusar a soprar nobafômetro.(...)São atitudes individuais que precisam se submeter ao interesse coletivo e à saúde de seus próximos”.Esclarecemos que o teste anti-HIV refere-se ao diagnóstico da infecção pelo vírus. Fazer o teste não previne as pessoas de se infectarem pelo HIV. A mensagem que deve ser sempre reforçada é que a forma mais eficaz de prevenção é a utilização do preservativo em toda e qualquer relaçãosexual. Há anos, especialistas do campo da prevenção, junto ao movimento social de luta contra a AIDS e ao Programa Nacional de DST/AIDS, vêm mostrando que a responsabilidade da prevenção ficou erroneamente restrita apenas ao comportamento das pessoas soropositivas. O que se defende hoje é que a proteção do HIV é uma atitude que deve partir de todas as partes implicadas em um relacionamento, seja ele estável ou eventual. No início da década de 80, foram justamente os meios de comunicação demassa as agências socializadoras que mais contribuíram para construir e reforçar opreconceito e o estigma em relação às pessoas vivendo com HIV/AIDS. Hoje em dia é inadmissível que os veículos de massa continuem contribuindo para a discriminação sofrida diariamente pelas pessoas soropositivas em todas as esferas de sua vida e em relação, inclusive – para tocar no ponto que foi abordado pelo comentarista –, aos seus direitos sexuais e reprodutivos.A liberdade, a igualdade, a dignidade e a intimidade são direitos garantidos pelo artigo 5º da Constituição Federal de 1988. Além disso, é importante destacar os direitos sexuais e reprodutivos neste contexto. Conforme afirma Miriam Ventura, especialista em direitos reprodutivos no Brasil: “o conceito de direitos reprodutivos, e mais recentemente o de direitos sexuais, busca a interação de direitos sociais, como os direitos à saúde, à educação e aotrabalho, com os direitos individuais à vida, à igualdade, à liberdade, à inviolabilidade da intimidade. (...)Um desses direitos é decidir sobre a reprodução sem sofrer discriminação, coerção, violência ourestrição”O Programa Nacional de DST/AIDS, baseado em pesquisas clínicas internacionais e nacionais, adota como política de prevenção à transmissãovertical (transmissão do HIV da mãe para o/a bebê) o reconhecimento do direito das mulheres soropositivas engravidarem. Sem tratamento, o risco de bebês nascerem infectados/as aumenta, porém, quando a gestante realiza opré-natal e medidas preventivas médicas eficazes são administradas à mãe eao/à bebê, o risco de transmissão à criança recém-nascida diminui praticamentea zero.As mulheres soropositivas têm direito a engravidar e, no Brasil, a assistência às gestantes soropositivas vem sendo realizada, inclusive com a capacitação de profissionais de saúde. As pessoas que vivem com HIV/AIDS se relacionam sexualmente, têm desejos e podem querer ser pais ou mães, como tantos outros indivíduos. É papel da sociedade civil (incluindo os veículos de comunicação) e do Estado disseminar informação de qualidade quanto às formas de prevenção e os riscos de transmissão em suas diferentes fases. No entanto, a decisão final deve ser sempre da própria pessoa.Diante dos argumentos apresentados acima, o comentário final de Alexandre Garcia que enfatiza que “(...) agora, quem antes de uma gravidez se identificar como portadora do HIV, melhor que não engravide”, revela não apenas uma opinião particular sem fundamentos científicos. Mas, por ter sido veiculada em um telejornal de grande audiência nacional, oferece o risco de causar um desserviço, deseducar a população, além de se configurar como umaopinião preconceituosa e desconhecedora tanto da política governamental, quanto da luta de vários movimentos sociais.Direitos reprodutivos são direitos humanos fundamentais!A ABIA se coloca à disposição para mais informações.Atenciosamente,Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS ------