Mahatma Gandhi descrevia este poema como se fosse seu credo diário. Tenho profunda certeza que ele é bem propicio para os nossos dias atuais também.
Credo do Mahatma Gandhi
Mahatma Gandhi descrevia este poema como se fosse seu credo diário. Tenho profunda certeza que ele é bem propicio para os nossos dias atuais também.
Creio em mim mesmo. Creio nos que trabalham comigo, creio nos meus amigos e creio na minha família. Creio que Deus me emprestará tudo que necessito para triunfar, contanto que eu me esforce para alcançar com meios lícitos e honestos. Creio nas orações e nunca fecharei meus olhos para dormir, sem pedir antes a devida orientação a fim de ser paciente com os outros e tolerante com os que não acreditam no que eu acredito. Creio que o triunfo é resultado de esforço inteligente, que não depende da sorte, da magia, de amigos, companheiros duvidosos ou de meu chefe. Creio que tirarei da vida exatamente o que nela colocar. Serei cauteloso quando tratar os outros, como quero que eles sejam comigo. Não caluniarei aqueles que não gosto. Não diminuirei meu trabalho por ver que os outros o fazem. Prestarei o melhor serviço de que sou capaz, porque jurei a mim mesmo triunfar na vida, e sei que o triunfo é sempre resultado do esforço consciente e eficaz. Finalmente, perdoarei os que me ofendem, porque compreendo que às vezes ofendo os outros e necessito de perdão.
Este blog foi criado para intercambiar minhas relações profissionais. Pouco coisa será postada de cunho pessoal, reserva-se a acompanhar as relevâncias socias em diveros níveis, com conteúdos de raça, credo, gênero, políticas públicas, violência, com recorte especial as questões voltadas para área da saúde. Os assuntos postados com certeza vão servir de um banco de dados para mim, quanto para aqueles e aquelas que buscam informações nesta área.
28/10/2008
24/10/2008
Lei seca muda comportamento do brasileiro - 21/10/2008
Lei seca muda comportamento do brasileiro - 21/10/2008
Levantamento do Ministério da Saúde revela que, dois meses depois das restrições entrarem em vigor, 48 mil deixaram de beber e dirigir
A Lei Seca - Lei 11.705, de 19 de junho de 2008 - está modificando o comportamento dos brasileiros, tornando-os mais responsáveis com o tema bebida e direção. Pesquisa do Sistema de Monitoramento de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas Não Transmissíveis (Vigitel) do Ministério da Saúde, realizada por telefone, entre julho e agosto de 2008, revelou que 32% deixaram de ingerir bebidas alcoólicas antes de dirigir. Em 2007, a estimativa era a de que 150 mil motoristas bebiam e não temiam pegar no volante. Nestes dois meses após a lei, este comportamento já está sendo mudado. A projeção é de que 48 mil deixaram de beber e dirigir.
O resultado faz parte de um estudo amplo conduzido pelo Ministério da Saúde que permitirá mensurar o impacto da Lei Seca em todas as capitais. A comparação definitiva ocorrerá no fim deste ano por meio do Vigitel. "Mas esses dados já indicam mudança no comportamento do motorista brasileiro frente à Lei Seca. Há maior responsabilidade e essa aparente mudança pode ter sido motivada pelo debate ocorrido na sociedade a partir dos meios de comunicação sobre os riscos individual e coletivo de dirigir embriagado, além da maior fiscalização das autoridades", diz Deborah Carvalho Malta, coordenadora-geral de Doenças e Agravos Não Transmissíveis do Departamento de Análise de Situação de Saúde do Ministério da Saúde.
O primeiro levantamento nacional sobre padrões de consumo de álcool na população brasileira, realizado em 2007, mostrou que, na faixa etária de 18 a 34 anos, 40% bebiam em forma de binge. Ou seja, bebiam com maior risco, em curto espaço de tempo. De acordo com a Secretaria Nacional Antidrogas, a forma binge é uma prática que mais deixa o jovem e o adolescente exposto a uma série de problemas de saúde e sociais, sendo o acidente de trânsito o mais comum, além de envolvimento em brigas, vandalismo e prática de sexo sem segurança. O mesmo levantamento revelou ainda que metade dos que beberam em forma binge, o fizeram pelo menos uma vez por semana.
PREJUÍZOS - Em 2006, o Brasil contabilizou 35.155 mortes por acidentes de transporte terrestre. Os homens totalizaram 28.670 (82%) contra 6.475 (18%) de mulheres vítimas. Entre os homens, a maior concentração de óbitos se deu na faixa etária de 15 a 59 anos (83,1%). As mulheres representaram 67,2% das mortes nessa mesma faixa de idade.
De acordo com estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), os custos dos acidentes de transporte nas rodovias brasileiras chegam a R$ 24,6 bilhões e, nos aglomerados urbanos, somam R$ 3,6 bilhões. Nesses valores, estão incluídos os gastos com cuidados em saúde, perda de produção, danos aos veículos e outros prejuízos.
Para a médica Deborah Malta, a provável mudança de comportamento dos brasileiros, revelada na pesquisa preliminar do Vigitel, reforça o quanto é importante manter em alta as campanhas contra o consumo de bebidas antes de dirigir e o rigor da fiscalização nas vias públicas contra os infratores.
O QUE É VIGITEL?
Além de subsidiar o monitoramento dos fatores de risco e proteção para as doenças crônicas não transmissíveis e contribuir para o planejamento de ações voltadas para a redução da prevalência dos principais fatores de risco e a ocorrência dessas doenças, o Vigitel pode aferir o impacto da adoção de políticas públicas nessa área. O sistema é contínuo, com realização anual, permitindo o monitoramento das ações de forma mais ágil e com menor custo.
No terceiro ano de realização do Vigitel, serão realizadas, aproximadamente, 54 mil entrevistas telefônicas, o que corresponde a uma amostra da população adulta residente em domicílios com linhas fixas de telefone, nas 26 capitais do país e no Distrito Federal. Sistema semelhante vem sendo utilizado com sucesso em algumas regiões do mundo, como nos Estados Unidos.
Outras informações
Atendimento à Imprensa
(61) 3315 3580 e 3315 2351
Levantamento do Ministério da Saúde revela que, dois meses depois das restrições entrarem em vigor, 48 mil deixaram de beber e dirigir
A Lei Seca - Lei 11.705, de 19 de junho de 2008 - está modificando o comportamento dos brasileiros, tornando-os mais responsáveis com o tema bebida e direção. Pesquisa do Sistema de Monitoramento de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas Não Transmissíveis (Vigitel) do Ministério da Saúde, realizada por telefone, entre julho e agosto de 2008, revelou que 32% deixaram de ingerir bebidas alcoólicas antes de dirigir. Em 2007, a estimativa era a de que 150 mil motoristas bebiam e não temiam pegar no volante. Nestes dois meses após a lei, este comportamento já está sendo mudado. A projeção é de que 48 mil deixaram de beber e dirigir.
O resultado faz parte de um estudo amplo conduzido pelo Ministério da Saúde que permitirá mensurar o impacto da Lei Seca em todas as capitais. A comparação definitiva ocorrerá no fim deste ano por meio do Vigitel. "Mas esses dados já indicam mudança no comportamento do motorista brasileiro frente à Lei Seca. Há maior responsabilidade e essa aparente mudança pode ter sido motivada pelo debate ocorrido na sociedade a partir dos meios de comunicação sobre os riscos individual e coletivo de dirigir embriagado, além da maior fiscalização das autoridades", diz Deborah Carvalho Malta, coordenadora-geral de Doenças e Agravos Não Transmissíveis do Departamento de Análise de Situação de Saúde do Ministério da Saúde.
O primeiro levantamento nacional sobre padrões de consumo de álcool na população brasileira, realizado em 2007, mostrou que, na faixa etária de 18 a 34 anos, 40% bebiam em forma de binge. Ou seja, bebiam com maior risco, em curto espaço de tempo. De acordo com a Secretaria Nacional Antidrogas, a forma binge é uma prática que mais deixa o jovem e o adolescente exposto a uma série de problemas de saúde e sociais, sendo o acidente de trânsito o mais comum, além de envolvimento em brigas, vandalismo e prática de sexo sem segurança. O mesmo levantamento revelou ainda que metade dos que beberam em forma binge, o fizeram pelo menos uma vez por semana.
PREJUÍZOS - Em 2006, o Brasil contabilizou 35.155 mortes por acidentes de transporte terrestre. Os homens totalizaram 28.670 (82%) contra 6.475 (18%) de mulheres vítimas. Entre os homens, a maior concentração de óbitos se deu na faixa etária de 15 a 59 anos (83,1%). As mulheres representaram 67,2% das mortes nessa mesma faixa de idade.
De acordo com estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), os custos dos acidentes de transporte nas rodovias brasileiras chegam a R$ 24,6 bilhões e, nos aglomerados urbanos, somam R$ 3,6 bilhões. Nesses valores, estão incluídos os gastos com cuidados em saúde, perda de produção, danos aos veículos e outros prejuízos.
Para a médica Deborah Malta, a provável mudança de comportamento dos brasileiros, revelada na pesquisa preliminar do Vigitel, reforça o quanto é importante manter em alta as campanhas contra o consumo de bebidas antes de dirigir e o rigor da fiscalização nas vias públicas contra os infratores.
O QUE É VIGITEL?
Além de subsidiar o monitoramento dos fatores de risco e proteção para as doenças crônicas não transmissíveis e contribuir para o planejamento de ações voltadas para a redução da prevalência dos principais fatores de risco e a ocorrência dessas doenças, o Vigitel pode aferir o impacto da adoção de políticas públicas nessa área. O sistema é contínuo, com realização anual, permitindo o monitoramento das ações de forma mais ágil e com menor custo.
No terceiro ano de realização do Vigitel, serão realizadas, aproximadamente, 54 mil entrevistas telefônicas, o que corresponde a uma amostra da população adulta residente em domicílios com linhas fixas de telefone, nas 26 capitais do país e no Distrito Federal. Sistema semelhante vem sendo utilizado com sucesso em algumas regiões do mundo, como nos Estados Unidos.
Outras informações
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(61) 3315 3580 e 3315 2351
Conteúdo desta PáginaDivulgação Científica
Encontros internacionais mobilizam controle do tabaco na América Latina
ENSP, publicada em 23/10/2008
O Brasil protagonizará dois encontros internacionais no Rio para fortalecer as estratégias voltadas ao controle do tabagismo. No primeiro, em 29 de outubro, os países do Mercosul buscarão firmar um posicionamento conjunto visando à realização da Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, em novembro, na África do Sul. Já no Seminário Internacional para Promoção de Ambientes Livres de Fumaça do Tabaco nos Países Ibero-Americanos, dias 30 e 31, o objetivo será discutir propostas para o controle do tabagismo passivo. Em ambos a participação é restrita. Em agosto, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) Inca publicou pesquisa que mostra que, a cada dia, sete brasileiros morrem por doenças causadas pela inalação involuntária da fumaça do cigarro. Nesta quarta-feira, 22/10, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal analisará o projeto de lei que proíbe o uso de produtos derivados do tabaco em ambientes coletivos fechados. Estratégias comuns no Mercosul Os países membros do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela) e os países associados (Bolívia, Chile, Colômbia, Peru e Equador) discutem estratégias comuns para favorecer a implantação de medidas estabelecidas pela Convenção Quadro para o Controle do Tabaco. Na 9ª Reunião da Comissão Intergovernamental de Controle do Tabaco (CICT), marcada para 29 de outubro, eles farão propostas que serão apresentadas na próxima reunião da Conferência das Partes (COP), de 17 a 21 de novembro em Durban na África do Sul. A Conferência das Partes é o órgão que examina regularmente os aspectos técnicos, processuais e financeiros da implementação do tratado nos países signatários. Reconhecido como um dos líderes mundiais no controle do tabagismo, o Brasil exerce atualmente a presidência pro tempore do Mercosul, o que reforça a importância da pauta. Tabagismo passivo será o foco da RIACT Com o apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) e da 'Iniciativa para Reduzir o Tabagismo', da Fundação Bloomberg, dos EUA, e tendo o Instituto Nacional de Câncer como coordenador, a Rede Ibero-Americana de Controle do Tabagismo (RIACT) se reúne em 30 e 31 de outubro para trocar experiências e discutir os males que o tabagismo passivo provoca à saúde da população. O tabagismo passivo é a terceira maior causa de morte evitável no mundo, superada apenas pelo tabagismo ativo e o consumo excessivo de álcool. As orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) estipulam que lugares públicos e ambientes de trabalho sejam 100% livres de fumaça do tabaco. Em agosto, durante as comemorações pelo Dia Nacional de Combate ao Tabagismo, o INCA lançou o estudo 'Mortalidade atribuível ao tabagismo passivo na população brasileira'. A pesquisa, uma das poucas existentes no mundo sobre o tema, revelou que as doenças provocadas pela exposição passiva à fumaça do tabaco matam diariamente ao menos sete brasileiros. Pelo menos 2.655 não-fumantes são vítimas fatais do tabagismo passivo por ano. A maioria das mortes ocorre entre mulheres (60,3%). Entre os países da Rede Ibero-Americana de Controle do Tabagismo, o Uruguai é o pioneiro na América Latina a tornar seus ambientes públicos e privados 100% livres da fumaça do tabaco. O Brasil luta atualmente no Congresso para aprovar a alteração da Lei Federal nº 9294/96, que ainda permite áreas reservadas para fumar, que não impedem o contato com a fumaça. Nesta quarta-feira, 22/10, o Projeto de Lei do Senado (PLS) 315/08, de autoria do senador Tião Viana (PT - AC), que proíbe o uso de produtos derivados do tabaco em ambientes coletivos fechados estará na pauta da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal. A proposição teve voto favorável da senadora Marina Silva (PT - AC) e ainda será apreciada pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS), onde tem decisão terminativa.Fonte: Inca
ENSP, publicada em 23/10/2008
O Brasil protagonizará dois encontros internacionais no Rio para fortalecer as estratégias voltadas ao controle do tabagismo. No primeiro, em 29 de outubro, os países do Mercosul buscarão firmar um posicionamento conjunto visando à realização da Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, em novembro, na África do Sul. Já no Seminário Internacional para Promoção de Ambientes Livres de Fumaça do Tabaco nos Países Ibero-Americanos, dias 30 e 31, o objetivo será discutir propostas para o controle do tabagismo passivo. Em ambos a participação é restrita. Em agosto, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) Inca publicou pesquisa que mostra que, a cada dia, sete brasileiros morrem por doenças causadas pela inalação involuntária da fumaça do cigarro. Nesta quarta-feira, 22/10, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal analisará o projeto de lei que proíbe o uso de produtos derivados do tabaco em ambientes coletivos fechados. Estratégias comuns no Mercosul Os países membros do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela) e os países associados (Bolívia, Chile, Colômbia, Peru e Equador) discutem estratégias comuns para favorecer a implantação de medidas estabelecidas pela Convenção Quadro para o Controle do Tabaco. Na 9ª Reunião da Comissão Intergovernamental de Controle do Tabaco (CICT), marcada para 29 de outubro, eles farão propostas que serão apresentadas na próxima reunião da Conferência das Partes (COP), de 17 a 21 de novembro em Durban na África do Sul. A Conferência das Partes é o órgão que examina regularmente os aspectos técnicos, processuais e financeiros da implementação do tratado nos países signatários. Reconhecido como um dos líderes mundiais no controle do tabagismo, o Brasil exerce atualmente a presidência pro tempore do Mercosul, o que reforça a importância da pauta. Tabagismo passivo será o foco da RIACT Com o apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) e da 'Iniciativa para Reduzir o Tabagismo', da Fundação Bloomberg, dos EUA, e tendo o Instituto Nacional de Câncer como coordenador, a Rede Ibero-Americana de Controle do Tabagismo (RIACT) se reúne em 30 e 31 de outubro para trocar experiências e discutir os males que o tabagismo passivo provoca à saúde da população. O tabagismo passivo é a terceira maior causa de morte evitável no mundo, superada apenas pelo tabagismo ativo e o consumo excessivo de álcool. As orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) estipulam que lugares públicos e ambientes de trabalho sejam 100% livres de fumaça do tabaco. Em agosto, durante as comemorações pelo Dia Nacional de Combate ao Tabagismo, o INCA lançou o estudo 'Mortalidade atribuível ao tabagismo passivo na população brasileira'. A pesquisa, uma das poucas existentes no mundo sobre o tema, revelou que as doenças provocadas pela exposição passiva à fumaça do tabaco matam diariamente ao menos sete brasileiros. Pelo menos 2.655 não-fumantes são vítimas fatais do tabagismo passivo por ano. A maioria das mortes ocorre entre mulheres (60,3%). Entre os países da Rede Ibero-Americana de Controle do Tabagismo, o Uruguai é o pioneiro na América Latina a tornar seus ambientes públicos e privados 100% livres da fumaça do tabaco. O Brasil luta atualmente no Congresso para aprovar a alteração da Lei Federal nº 9294/96, que ainda permite áreas reservadas para fumar, que não impedem o contato com a fumaça. Nesta quarta-feira, 22/10, o Projeto de Lei do Senado (PLS) 315/08, de autoria do senador Tião Viana (PT - AC), que proíbe o uso de produtos derivados do tabaco em ambientes coletivos fechados estará na pauta da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal. A proposição teve voto favorável da senadora Marina Silva (PT - AC) e ainda será apreciada pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS), onde tem decisão terminativa.Fonte: Inca
ENTREVIS RONALDO LARANJEIRA
Entrevista
Pesquisa revela padrão de consumo alcoólico da população brasileira
O médico psiquiatra de professor do Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo, Ronaldo Laranjeira, fala sobre os resultados do '1º Levantamento Nacional sobre os Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira', pesquisa conduzida por ele com mais de três mil pessoas.
Pesquisa revela padrão de consumo alcoólico da população brasileira
ENSP, publicada em 24/10/2008
Ronaldo Laranjeira é professor titular do Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo, trabalhando com ênfase em alcoolismo e dependência de outras drogas. Suas principais áreas de pesquisa são: tratamento da dependência química, o impacto das políticas públicas do álcool e outras drogas, bases biológicas da dependência e avaliação epidemiológica do uso de substâncias. Coordenou recentemente o '1º Levantamento Nacional sobre os Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira', cujos resultados foram apresentados durante simpósio no VII Congresso Brasileiro de Epidemiologia, realizado em setembro deste ano em Porto Alegre (RS). A entrevista contou com a colaboração da jornalista Juana Portugal, da Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco). Por conta deste trabalho, Ronaldo Laranjeira revelou recentemente que a bebida na juventude é um problema de saúde pública. "Quanto mais precoce for o uso regular de álcool, maiores serão as chances de o jovem se tornar um adulto dependente", afirma. A pesquisa apresentada traz dados inéditos? Quantas pessoas estiveram envolvidas nessa pesquisa? Ronaldo Laranjeira: O diferencial desta pesquisa é que ela usou uma amostra probabilística da população brasileira. Essa será a primeira vez que uma amostra representativa da população foi feita em um estudo e a primeira vez que será possível ter um perfil de como bebe o brasileiro. Ao todo foram 3.007 pessoas com mais de 13 anos de idade, de 147 municípios brasileiros, buscando representar toda a população brasileira. Quais os dados que mais lhe chamou a atenção? Ronaldo Laranjeira: Um deles foi o que diz que 48% da população brasileira não bebe. Nós sempre falamos e existia um certo consenso dos especialistas de que o número de não bebedores era em torno de 10% e 15%. Para a nossa surpresa 58% das mulheres e 35% dos homens não bebem. Outro mostra que cerca de 40% das pessoas entre 18 e 24 anos já beberam em excesso pelo menos uma vez. Desse total, 22% bebem uma vez por semana ou mais. Quais são os estados que mais vendem e menos bebem? Ronaldo Laranjeira: Nós não conseguimos na pesquisa fazer tão detalhadamente por estados. Podemos falar por regiões. Na região Sul temos um tipo de beber regular e em menor quantidade. Já no Nordeste temos um beber menos freqüente e em maiores quantidades, temos um perfil mais complexo do que nós gostaríamos de ver. Entre o Rio de Janeiro e São Paulo não há muita diferença. Por um lado 48% da população não bebe e 25% quando bebe, bebe muito. Essa parcela da população representa praticamente 80% de todo consumo de álcool do Brasil. Então o perfil global é o seguinte: metade da população não bebe, um quarto bebe muito e um quarto bebe pouco. É um pouco diferente da visão que a tínhamos de que no Brasil todo mundo bebe um pouco, o que não se comprovou como uma verdade. Podemos afirmar que essa população que bebe muito são chamados 'bebedores de final de semana'? Ronaldo Laranjeira: Não necessariamente. Desses 25% que bebem muito, encontramos desde aquela pessoa que quando bebe, bebe muito, mais do que cinco doses de álcool e aqueles que bebem quase todos os dias. Temos sim um conjunto de bebedores pesados. Na sua opinião qual o efeito da lei seca no consumo dos brasileiros? Ronaldo Laranjeira: A repercussão nós temos por dados indiretos, pois essa pesquisa foi feita antes da implementação da Lei Seca. Por dados indiretos sabemos que houve desde a diminuição de atendimentos nos pronto socorros nos finais de semana ou nas mortes por acidentes chamadas pelo Serviço Médico de Urgência (Samu). Todos esses indicadores mostram que a Lei diminuiu o padrão de consumo, especialmente o considerado mais problemático. Mas ao mesmo tempo já existem dados mostrando que eventualmente esse impacto inicial da Lei Seca está começando a diminuir, principalmente nas regiões onde não é feita a fiscalização. Houve um impacto inicial pela mudança conceitual da Lei e pela enorme repercussão na mídia. A percepção do risco das pessoas nesses primeiros meses da Lei Seca aumentou muito e por isso houve uma mudança no comportamento. Contudo não está acontecendo uma fiscalização rigorosa em grande parte do país. Quando será possível fazer uma análise mais segura sobre o impacto da Lei? Ronaldo Laranjeira: Estamos iniciando, na cidade de São Paulo, outra fase desta pesquisa. A pesquisa anterior mostrou que 30% dos motoristas dirigindo sexta e sábado à noite apresentavam algum nível de álcool no sangue e estes dados foram apresentados na Abrasco. Eu acho que houve um impacto na população e sabemos que em São Paulo está havendo uma fiscalização razoável. Nos finais de semana regularmente temos várias pessoas sendo presas devido a Lei. Que outros dados relevantes você apresentou em seu simpósio? Ronaldo Laranjeira: Apresentamos um outro trabalho mostrando o impacto e o fechamento dos bares na cidade de Diadema (SP). Esta cidade é considerada uma das mais violentas do Brasil. Nós acompanhamos, por quatro anos, o impacto do fechamento dos bares das 23h às 6 da manhã. Este impacto foi publicado inclusive no American Journal of Public Health há poucos meses apresentando uma queda significativa de mais de 60% dos homicídios. O estudo mostrou que esta queda aconteceu justamente pelo fechamento dos bares neste horário, uma vez que metade dos homicídios aconteciam dentro da imediações dos bares. Que posição ficou Diadema depois de ser considerada a cidade mais violenta? Ronaldo Laranjeira: A posição vem caindo mês a mês. Antes o grupo de mortos era de 108 para um grupo de 100 mil habitantes em Diadema. Atualmente está menos de 20. Ela deixou de fazer parte dos 10% das cidades mais violentas e está agora no outro extremo. Esse impacto foi pela fiscalização. O grande diferencial foi que praticamente todos os bares praticamente fecham à noite. Então o grande diferencial para uma medida como essa, seja a Lei seca ou a necessidade dos fechamentos dos bares terem um efeito real é serem apoiados por uma fiscalização eficiente? Ronaldo Laranjeira: Sem dúvida. Se não houver fiscalização nós vamos perder a oportunidade de perder uma lei boa e se ela não for implementada adequadamente, ela vai virar uma letra morta. Confira, no arquivo em anexo, a íntegra do '1º Levantamento Nacional sobre os Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira'.
(Foto: site Unifesp)
Pesquisa revela padrão de consumo alcoólico da população brasileira
O médico psiquiatra de professor do Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo, Ronaldo Laranjeira, fala sobre os resultados do '1º Levantamento Nacional sobre os Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira', pesquisa conduzida por ele com mais de três mil pessoas.
Pesquisa revela padrão de consumo alcoólico da população brasileira
ENSP, publicada em 24/10/2008
Ronaldo Laranjeira é professor titular do Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo, trabalhando com ênfase em alcoolismo e dependência de outras drogas. Suas principais áreas de pesquisa são: tratamento da dependência química, o impacto das políticas públicas do álcool e outras drogas, bases biológicas da dependência e avaliação epidemiológica do uso de substâncias. Coordenou recentemente o '1º Levantamento Nacional sobre os Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira', cujos resultados foram apresentados durante simpósio no VII Congresso Brasileiro de Epidemiologia, realizado em setembro deste ano em Porto Alegre (RS). A entrevista contou com a colaboração da jornalista Juana Portugal, da Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco). Por conta deste trabalho, Ronaldo Laranjeira revelou recentemente que a bebida na juventude é um problema de saúde pública. "Quanto mais precoce for o uso regular de álcool, maiores serão as chances de o jovem se tornar um adulto dependente", afirma. A pesquisa apresentada traz dados inéditos? Quantas pessoas estiveram envolvidas nessa pesquisa? Ronaldo Laranjeira: O diferencial desta pesquisa é que ela usou uma amostra probabilística da população brasileira. Essa será a primeira vez que uma amostra representativa da população foi feita em um estudo e a primeira vez que será possível ter um perfil de como bebe o brasileiro. Ao todo foram 3.007 pessoas com mais de 13 anos de idade, de 147 municípios brasileiros, buscando representar toda a população brasileira. Quais os dados que mais lhe chamou a atenção? Ronaldo Laranjeira: Um deles foi o que diz que 48% da população brasileira não bebe. Nós sempre falamos e existia um certo consenso dos especialistas de que o número de não bebedores era em torno de 10% e 15%. Para a nossa surpresa 58% das mulheres e 35% dos homens não bebem. Outro mostra que cerca de 40% das pessoas entre 18 e 24 anos já beberam em excesso pelo menos uma vez. Desse total, 22% bebem uma vez por semana ou mais. Quais são os estados que mais vendem e menos bebem? Ronaldo Laranjeira: Nós não conseguimos na pesquisa fazer tão detalhadamente por estados. Podemos falar por regiões. Na região Sul temos um tipo de beber regular e em menor quantidade. Já no Nordeste temos um beber menos freqüente e em maiores quantidades, temos um perfil mais complexo do que nós gostaríamos de ver. Entre o Rio de Janeiro e São Paulo não há muita diferença. Por um lado 48% da população não bebe e 25% quando bebe, bebe muito. Essa parcela da população representa praticamente 80% de todo consumo de álcool do Brasil. Então o perfil global é o seguinte: metade da população não bebe, um quarto bebe muito e um quarto bebe pouco. É um pouco diferente da visão que a tínhamos de que no Brasil todo mundo bebe um pouco, o que não se comprovou como uma verdade. Podemos afirmar que essa população que bebe muito são chamados 'bebedores de final de semana'? Ronaldo Laranjeira: Não necessariamente. Desses 25% que bebem muito, encontramos desde aquela pessoa que quando bebe, bebe muito, mais do que cinco doses de álcool e aqueles que bebem quase todos os dias. Temos sim um conjunto de bebedores pesados. Na sua opinião qual o efeito da lei seca no consumo dos brasileiros? Ronaldo Laranjeira: A repercussão nós temos por dados indiretos, pois essa pesquisa foi feita antes da implementação da Lei Seca. Por dados indiretos sabemos que houve desde a diminuição de atendimentos nos pronto socorros nos finais de semana ou nas mortes por acidentes chamadas pelo Serviço Médico de Urgência (Samu). Todos esses indicadores mostram que a Lei diminuiu o padrão de consumo, especialmente o considerado mais problemático. Mas ao mesmo tempo já existem dados mostrando que eventualmente esse impacto inicial da Lei Seca está começando a diminuir, principalmente nas regiões onde não é feita a fiscalização. Houve um impacto inicial pela mudança conceitual da Lei e pela enorme repercussão na mídia. A percepção do risco das pessoas nesses primeiros meses da Lei Seca aumentou muito e por isso houve uma mudança no comportamento. Contudo não está acontecendo uma fiscalização rigorosa em grande parte do país. Quando será possível fazer uma análise mais segura sobre o impacto da Lei? Ronaldo Laranjeira: Estamos iniciando, na cidade de São Paulo, outra fase desta pesquisa. A pesquisa anterior mostrou que 30% dos motoristas dirigindo sexta e sábado à noite apresentavam algum nível de álcool no sangue e estes dados foram apresentados na Abrasco. Eu acho que houve um impacto na população e sabemos que em São Paulo está havendo uma fiscalização razoável. Nos finais de semana regularmente temos várias pessoas sendo presas devido a Lei. Que outros dados relevantes você apresentou em seu simpósio? Ronaldo Laranjeira: Apresentamos um outro trabalho mostrando o impacto e o fechamento dos bares na cidade de Diadema (SP). Esta cidade é considerada uma das mais violentas do Brasil. Nós acompanhamos, por quatro anos, o impacto do fechamento dos bares das 23h às 6 da manhã. Este impacto foi publicado inclusive no American Journal of Public Health há poucos meses apresentando uma queda significativa de mais de 60% dos homicídios. O estudo mostrou que esta queda aconteceu justamente pelo fechamento dos bares neste horário, uma vez que metade dos homicídios aconteciam dentro da imediações dos bares. Que posição ficou Diadema depois de ser considerada a cidade mais violenta? Ronaldo Laranjeira: A posição vem caindo mês a mês. Antes o grupo de mortos era de 108 para um grupo de 100 mil habitantes em Diadema. Atualmente está menos de 20. Ela deixou de fazer parte dos 10% das cidades mais violentas e está agora no outro extremo. Esse impacto foi pela fiscalização. O grande diferencial foi que praticamente todos os bares praticamente fecham à noite. Então o grande diferencial para uma medida como essa, seja a Lei seca ou a necessidade dos fechamentos dos bares terem um efeito real é serem apoiados por uma fiscalização eficiente? Ronaldo Laranjeira: Sem dúvida. Se não houver fiscalização nós vamos perder a oportunidade de perder uma lei boa e se ela não for implementada adequadamente, ela vai virar uma letra morta. Confira, no arquivo em anexo, a íntegra do '1º Levantamento Nacional sobre os Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira'.
(Foto: site Unifesp)
Novo teste irá detectar, em menos tempo, a presença dos vírus da Aids e da hepatite C no sangue
ENSP, publicada em 23/10/2008
O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) do Ministério da Saúde, vai concluir, em 2009, o desenvolvimento do kit brasileiro NAT HIV/HCV - um sistema informatizado para testes de HIV (vírus da aids) e de HCV (hepatite C). Ele será utilizado na triagem sorológica dos serviços de hemoterapia e, comparado ao teste tradicional, tem a vantagem de reduzir a chamada janela imunológica - tempo contado desde a infecção em que o vírus não é diagnosticado no exame de sangue. A nova tecnologia, genuinamente brasileira, vai trazer mais segurança para as transfusões sanguíneas e tem previsão de ser incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS) em 2010. Com o kit, a janela imunológica para a detecção do HIV, que hoje é de 21 dias, cairá para oito dias. No caso do HCV, o tempo será reduzido de 72 para 14 dias. Esse avanço é possível porque o NAT HIV/HCV tem a capacidade de detectar o material genético do vírus no sangue, enquanto o tradicional teste Elisa depende do surgimento de anticorpos. "O kit brasileiro vai elevar a competência técnica da hemorrede, que passará a utilizar na rotina um teste de diagnóstico molecular de ponta e com excelente padrão científico e tecnológico", afirma Akira Homma, diretor de Bio-Manguinhos. Desde 2004, o projeto NAT é desenvolvido pelo Ministério da Saúde por meio da Coordenação da Política Nacional de Sangue e Hemoderivados, Fiocruz, Secretaria de Ciência e Tecnologia, Secretaria de Vigilância em Saúde, Anvisa e Empresa Brasileira de Hemoderivados (Hemobrás). Atuam como parceiros a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia; a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP) e representantes de toda a hemorrede do SUS. Registro - O Ministério da Saúde solicitará à Anvisa o registro do kit em agosto de 2009. Antes disso, em fevereiro, realizará um estudo multicêntrico nos estados de Santa Catarina, Rio de Janeiro e Pernambuco, com objetivo de validar o novo teste. Um projeto-piloto foi executado com sucesso este ano na hemorrede de Santa Catarina. Patenteada pela Fiocruz, a tecnologia NAT traz a oportunidade de associar conhecimento científico de ponta a um produto 100% nacional. Essa experiência poderá ser usada como modelo para outros projetos de Pesquisa, Desenvolvimento & Informação em saúde. Bio-Manguinhos é a unidade técnico-científica da Fundação Oswaldo Cruz que produz e desenvolve imunobiológicos para atender às demandas da saúde pública. Sua linha de produtos é composta por vacinas, kits de reativos para diagnóstico laboratorial e biofármacos. Comprometido com os avanços na área de saúde e o acesso da população a imunobiológicos, Bio-Manguinhos tem um papel estratégico para o Brasil, destacando-se tanto no setor produtivo, quanto por seus investimentos em pesquisa e desenvolvimento para geração de novas tecnologias e produtos, conhecimento e economia de divisas para o país.
Fonte: Programa Nacional DST/Aids
Jackson Lago recebe 183 prefeitos leleitos no Maranhão
Jackson Lago recebe 183 prefeitos eleitos e reeleitos no Maranhão
Data de Publicação: 23 de outubro de 2008
O governador Jackson Lago recebeu na tarde de ontem no Palácio dos Leões, 183 prefeitos eleitos e reeleitos, dos 217 municípios maranhenses convidados a participar da confraternização, na qual foram apresentadas as diretrizes do governo e sua política de descentralização e municipalização. “Independente da posição política e ideológica de cada um, convidamos a todos. A presença de 183 prefeitos é uma manifestação do imenso coletivo do Estado, onde todos querem trabalhar, estabelecer parcerias que possam melhorar a qualidade de vida de todos os maranhenses”, destacou o governador.
Foto:KARLOS GEROMY
Jackson defende, com firmeza, a realização de parcerias
Jackson Lago convocou os prefeitos a superar os possíveis exageros provocados pela campanha eleitoral, e assumir os compromissos com a população de seu município. “Temos que nos aliar à vontade da maioria da população, e independente de partidos políticos, darmos as mãos para trabalharmos pelos municípios e pelo Maranhão”, discursou.
O governador defendeu as parcerias com os municípios e lembrou que por três vezes foi prefeito de São Luís, e sabe o que significa não ter o Governo do Estado como parceiro nas soluções dos problemas do seu município.
E é para facilitar essas parcerias e descentralizar as ações administrativas, permitindo o desenvolvimento socioeconômico do Estado, que o governador Jackson Lago também apresentou aos prefeitos presentes a nova regionalização do Maranhão, que será dividido em 32 regiões, permitindo uma nova realidade regional de desenvolvimento. “Essas regionais não vão se limitar a ser apenas sedes administrativas, mas sim pólos de desenvolvimento econômico a partir da potencialidade de cada região”, explicou.
Esses pólos de desenvolvimento, segundo o governador, são resultados de pesquisas que identificaram a potencialidade de cada região; e que a partir de um plano estratégico do governo, terão condições de gerar emprego e desenvolvimento. Para isso, o governo já estabeleceu parcerias com o Banco do Brasil, Banco do Nordeste e em alguns casos com o Banco da Amazônia, que abriram novas agências no interior do Estado para gerar créditos e fomentar novos investimentos.
Repercussão – Os prefeitos presentes foram unânimes em elogiar a iniciativa do governador Jackson Lago em incentivar parcerias com os municípios, independente do partido político do prefeito eleito. “O governador está mostrando que a sua política é republicana, e sabe que para o Estado avançar é preciso que todos os municípios avancem, pois não existe uma corrente forte com algum elo fraco”, ressaltou o deputado federal Sebastião Madeira (PSDB), prefeito eleito de Imperatriz.
A deputada estadual Maura Jorge (DEM), que foi eleita prefeita de Lago da Pedra, também elogiou a atitude do governo, e disse que ela atendeu ao convite do governador por entender que as eleições já passaram e agora é hora de pensar no melhor para a população. “Espero que ele possa fazer essas parcerias para ajudar o nosso município, que também votou nele”, disse a nova prefeita.
O prefeito reeleito de Centro Novo, Domício Gonçalves (PRB), disse que é testemunha do compromisso do governador Jackson Lago com os municípios, e que é graças ao seu modelo descentralizado que ele pôde realizar obras de infra-estrutura. “Espero que ele repita e incremente essa política, pois só assim teremos condições de melhorar as condições de vida do nosso município”, observou.
Outro prefeito reeleito, presente ao Palácio dos Leões, foi João Alberto Martins (PSDB), de Carolina, que sabe dos resultados de uma política municipalista e aconselhou os seus colegas eleitos que tratem logo de fazer um planejamento estratégico para o município, para que com projetos elaborados, possam estabelecer convênios em benefício da população. “Com o comprometimento do prefeito e a determinação do governador, o seu município com certeza mudará para melhor”, avisou.
O prefeito reeleito de Coroatá, Luís da Amovelar (PDT), aproveitou o momento para agradecer ao governador o apoio recebido durante a sua primeira gestão, e dar testemunho do seu empenho em mudar a face da pobreza do Maranhão. “É um governador que trabalha, e se o prefeito também trabalha, está feita a parceria”, alerta Amovelar.
Descentralização – O secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão, Aziz Santos, apresentou aos prefeitos o projeto de Descentralização e Desenvolvimento, que pretende transformar as regionais administrativas em territórios de desenvolvimento.
O secretário explicou que a divisão do Maranhão em 32 regionais atendeu a vários critérios, dentre eles, distância, condições de acesso, demandas de serviço público, relações socioeconômicas, identidade ambiental e sentimento de pertencimento.
Foi colocada à disposição dos prefeitos, a equipe da Secretaria de Planejamento para que eles possam elaborar seus planos plurianuais e assim incluir os seus projetos no planejamento estratégico do Governo do Estado. Aziz explicou ainda que a implantação das 32 regionais será feita de maneira gradativa, começando pelas regiões de Açailândia, Cururupu e Lençóis Maranhenses. “No ano que vem vamos implantar as outras 29, de acordo com as experiências acumuladas nessas três primeiras e a vontade dos prefeitos em querer acelerar a implantação na sua região”, avisou o secretário.
Com o novo modelo de gestão, o Governo do Estado pretende integrar as políticas públicas, reduzir as desigualdades socioeconômicas, articular ações governamentais e dar um foco especial à geração de emprego. “O emprego é que gera o desenvolvimento, e não o contrário. Em 2007, o Maranhão foi o estado da federação que mais cresceu no emprego formal com carteira assinada, e em 2008 não será diferente, pelo ambiente de segurança criado pelo governo, que atrai cada vez mais investimentos para o nosso Estado”, ressaltou Aziz.
22/10/2008
NASCE A ESPERANÇA
Nasce a esperança
Vida de menino portador de HIV muda após divulgação de sua história.
Ele recebe ajuda de moradores da capital e até do exterior.
Desengonçado, ele voa na bicicleta com rodinhas. E some no poeirão da rua de terra. Já nem sente medo de cair.
Os amiguinhos da rua ajudaram-no nas primeiras pedaladas.
Bobagem. Ele tem superpoderes e, como o Super-Homem, pode voar também.
Dentro do barraco miserável, não cabe mais tanta comida. Tem de tudo.
A dona daquela casa, com a voz embargada, diz:
"Eu chorei, mas foi de felicidade. Nunca vi tanta fartura em minha vida. Não consigo dormir nem comer direito, de tanta alegria. Eu acho que comida nunca mais vai faltar".
A televisão com que o menininho sempre sonhou também chegou. Junto com ela, o DVD.
Agora, ele vai assistir ao Homem Aranha. Há uma semana, neste mesmo espaço, uma história começava a ser contada.
E começava assim:
"Há histórias feitas de coragem. Outras, de compaixão. E há ainda algumas que se cercam de esperança e resistência. Lágrimas e risos..."
Agora, essa história ganhou mais um ingrediente. Ela também é feita de esperança. Esperança que faz renascer.
Alimenta o corpo e a alma. E tem gosto escancarado de vida.
Há cinco dias, o Correio contou, com exclusividade, a comovente história de Almira da Silva Oliveira, de 57 anos, cabelos grisalhos, desalento diante da vida e sua luta para que Pedro (nome fictício), um menininho de 6 anos, sobreviva (veja fac simile). Pedro tem AIDS, herdada da mãe, que, antes de morrer, entregou-o àquela mulher que mal conhecia na Bahia.
Viúva, quatro filhos, nove netos, Almira decidiu que Pedro não morreria.
Enfrentou a reprovação e o preconceito de boa parte da cidade e partiu.
Deixou a distante Pilão Arcado, nos confins baianos, e veio para Brasília atrás de tratamento para o filho que não pariu.
Ela não tinha certeza de nada. Pedro tinha nove meses de vida.
Chegou muito mal, nos braços daquela mulher que não tinha referência em Brasília nem onde morar.
O menino ficou internado quatro meses no Hospital Regional da Asa Sul (Hras).
Recebeu alta. Para onde iriam?
Almira voltou à Bahia, vendeu o quase nada que tinha - quatro bodes, a geladeira e uma cama velha.
Com o que conseguiu da venda, retornou a Brasília.
Uma médica do Hras, sensibilizada com o drama de Almira, ajudou-a. Deu-lhe R$ 300.00
A mãe de Pedro contou tudo que tinha. Conseguiu juntar R$ 3 mil.
Comprou o lote no Condomínio Del Lago, atrás do Itapoã.
Ergueu sua casa humilde de dois cômodos, com paredes no reboco, piso de chão batido e telha de amianto.
Foi ali que decidiu que Pedro viveria.
Colocou-o na escola. O menino conheceu as letras. Aprendeu a escrever o nome.
E começou, mesmo diante de tanta miséria, mesmo diante da falta de comida, a sonhar. Quer ser professor.
"Porque professor é inteligente demais. Sabe ler e escrever e sabe também fazer aula de português e matemática", explica ele.
Almira veio com Pedro para Brasília em busca de tratamento.
"Aqui não falta remédio. O governo dá todo mês" ela vibra.
Mas aqui também, ao lado do poder, a mãe de Pedro experimentou o pior de seus dramas: a fome.
Houve dias em que não teve o que comer. E houve também dias em que ela teve que escolher: ou ela ou ele comeria.
Almira não pensava duas vezes: "Por ele eu faria qualquer coisa". A vizinhança, tão carente quanto, ajudava no que podia.
E assim a mulher que tentava salvar a vida daquele menino driblava o próprio drama.
Renascimento
Quinta-feira, 6h. O telefone celular de Almira nunca mais parou de tocar.
Veio ligação até dos Estados Unidos. E a vida dela e de Pedro mudou radicalmente. As doações lotaram o barraco.
Os armários e a velha geladeira estão abarrotados de comida. Por onde se anda, há pacotes e mais pacotes.
As pessoas vão até lá para conhecer o menininho."De quinta-feira até hoje, mais de 50 pessoas vieram aqui. Nunca tinha visto tanta gente nesse barraco", ela diz, perplexa.
E continua, com sorriso de esperança: "A bateria do celular tem que ser carregada toda hora. Eu já atendi mais de 200 ligações nesses últimos dias".
Na tarde de ontem, o Correio voltou ao Del Lago. E comprovou a solidariedade das pessoas.
Durante a entrevista, o telefone não deu trégua. E as visitas não pararam. Gente de todos os lugares.
Do Plano Piloto, de Taguatinga, do Lago, de Brazlândia e ali, de pertinho também. Gente em carro importado. Gente a pé. Gente que se emociona. Que quer abraçar Pedro. Levar uma palavra de conforto para Almira. As histórias são comoventes.
Um empresário de Taguatinga levou o filho de 7 anos para conhecer a realidade do lugar onde Pedro vivia.
O menino, ao chegar, não quis descer do carro com ar condicionado
O pai insistiu. E lhe disse: "Venha ver a vida de verdade".
Depois, o homem abraçou Pedro como um pai.
"Ele chorou e eu acabei chorando também", conta Almira, escondendo as lágrimas.
O homem deixou a bicicleta, comida, roupas e brinquedos.
E foi embora sem olhar para trás. Uma moça da Asa Norte, também portadora do HIV, foi conhecer Pedro.
Encantou-se com ele. E falou, em lágrimas: "Eu tenho o mesmo que você. Vamos lutar juntos, viu?".
Pedro a abraçou e prometeu que sim. "Preciso tomar o remédio pra crescer e ficar forte. Minha mãe disse que vou vencer o vírus e ficar bom", ele acredita.
O último exame de carga viral que fez (que indica a quantidade do vírus por ml de sangue) deu bons resultados.
Os vírus diminuíram.
Casa nova
O casal Jorge, 43, e Maria das Graças Morais Rodrigues, 44, ambos militares, saiu de Arniqueiras (Águas Claras) e dirigiu o carro até o Condomínio Del Lago.
Gastou uma hora para chegar. Junto, eles trouxeram a filha, Natasha, 6 anos. Levaram roupas, brinquedos e mantimentos. Comovida, Maria das Graças observou:
"Se ninguém se manifestar, as pessoas morrerão à míngua. Mobilizei meus amigos para essa causa".
Ele emendou: "A força dessa mulher (refere-se a Almira) é impressionante".
Antes de partir, Maria das Graças prometeu:
"Eu voltarei, dona Almira". Engasgada de emoção, Almira apenas balançou a cabeça.
E uma das cenas mais comoventes foi protagonizada pela doméstica Elaine Silva, de 25 anos.
Moradora da Fazendinha, perto do Condomínio Del Lago, ela espalhou a história de Pedro dentro do ônibus que pega para chegar à casa onde trabalha, no Lago Sul.
Conseguiu sensibilizar as pessoas. Chegou carregando uma sacola abarrotada de alimentos.
Tinha feijão, arroz, açúcar, macarrão e até creme dental.
"A gente precisa ajudar. Ninguém sabe o dia de amanhã", observa.
Ainda ontem, no início da tarde, um engenheiro de Brasília, em companhia de duas mulheres, visitou aquele barraco.
Tirou medidas do lote e estudou a possibilidade de construir uma casa de verdade para a família.
"Eu nem acreditei quando ele disse isso", conta Almira, ainda trêmula.
Para completar a felicidade de Almira, uma de suas filhas e duas netas pequenas, que moram em Pilão Arcado, chegaram para passar uns tempos com ela.
"Minha mãe é uma pessoa muito lutadora. Precisa de ajuda", avalia Dionéia Silva, 30. Almira concorda:
"Quando preciso sair, pra buscar os remédios no Plano, não tenho com quem deixar ele (Pedro). Agora, posso ficar despreocupada".
E por falar em Pedro, onde ele está? Voando, em companhia da molecada, na rua empoeirada, a bordo da sua bicicleta com rodinhas.
Virou moleque, de jeito maroto, pés descalços, camisa encardida e bermuda suja de terra.
"Olha aí, tio, já sei andar", ele vibra. Almira não se contém de alegria: "Ele tá tão feliz, como nunca vi antes.
Acho que a vida dele tá começando agora". Pedro continua voando, voando... Essa história também quer recomeçar.
A partir de hoje ela será feita de esperança.
Solidariedade
fato real,
Vida de menino portador de HIV muda após divulgação de sua história.
Ele recebe ajuda de moradores da capital e até do exterior.
Desengonçado, ele voa na bicicleta com rodinhas. E some no poeirão da rua de terra. Já nem sente medo de cair.
Os amiguinhos da rua ajudaram-no nas primeiras pedaladas.
Bobagem. Ele tem superpoderes e, como o Super-Homem, pode voar também.
Dentro do barraco miserável, não cabe mais tanta comida. Tem de tudo.
A dona daquela casa, com a voz embargada, diz:
"Eu chorei, mas foi de felicidade. Nunca vi tanta fartura em minha vida. Não consigo dormir nem comer direito, de tanta alegria. Eu acho que comida nunca mais vai faltar".
A televisão com que o menininho sempre sonhou também chegou. Junto com ela, o DVD.
Agora, ele vai assistir ao Homem Aranha. Há uma semana, neste mesmo espaço, uma história começava a ser contada.
E começava assim:
"Há histórias feitas de coragem. Outras, de compaixão. E há ainda algumas que se cercam de esperança e resistência. Lágrimas e risos..."
Agora, essa história ganhou mais um ingrediente. Ela também é feita de esperança. Esperança que faz renascer.
Alimenta o corpo e a alma. E tem gosto escancarado de vida.
Há cinco dias, o Correio contou, com exclusividade, a comovente história de Almira da Silva Oliveira, de 57 anos, cabelos grisalhos, desalento diante da vida e sua luta para que Pedro (nome fictício), um menininho de 6 anos, sobreviva (veja fac simile). Pedro tem AIDS, herdada da mãe, que, antes de morrer, entregou-o àquela mulher que mal conhecia na Bahia.
Viúva, quatro filhos, nove netos, Almira decidiu que Pedro não morreria.
Enfrentou a reprovação e o preconceito de boa parte da cidade e partiu.
Deixou a distante Pilão Arcado, nos confins baianos, e veio para Brasília atrás de tratamento para o filho que não pariu.
Ela não tinha certeza de nada. Pedro tinha nove meses de vida.
Chegou muito mal, nos braços daquela mulher que não tinha referência em Brasília nem onde morar.
O menino ficou internado quatro meses no Hospital Regional da Asa Sul (Hras).
Recebeu alta. Para onde iriam?
Almira voltou à Bahia, vendeu o quase nada que tinha - quatro bodes, a geladeira e uma cama velha.
Com o que conseguiu da venda, retornou a Brasília.
Uma médica do Hras, sensibilizada com o drama de Almira, ajudou-a. Deu-lhe R$ 300.00
A mãe de Pedro contou tudo que tinha. Conseguiu juntar R$ 3 mil.
Comprou o lote no Condomínio Del Lago, atrás do Itapoã.
Ergueu sua casa humilde de dois cômodos, com paredes no reboco, piso de chão batido e telha de amianto.
Foi ali que decidiu que Pedro viveria.
Colocou-o na escola. O menino conheceu as letras. Aprendeu a escrever o nome.
E começou, mesmo diante de tanta miséria, mesmo diante da falta de comida, a sonhar. Quer ser professor.
"Porque professor é inteligente demais. Sabe ler e escrever e sabe também fazer aula de português e matemática", explica ele.
Almira veio com Pedro para Brasília em busca de tratamento.
"Aqui não falta remédio. O governo dá todo mês" ela vibra.
Mas aqui também, ao lado do poder, a mãe de Pedro experimentou o pior de seus dramas: a fome.
Houve dias em que não teve o que comer. E houve também dias em que ela teve que escolher: ou ela ou ele comeria.
Almira não pensava duas vezes: "Por ele eu faria qualquer coisa". A vizinhança, tão carente quanto, ajudava no que podia.
E assim a mulher que tentava salvar a vida daquele menino driblava o próprio drama.
Renascimento
Quinta-feira, 6h. O telefone celular de Almira nunca mais parou de tocar.
Veio ligação até dos Estados Unidos. E a vida dela e de Pedro mudou radicalmente. As doações lotaram o barraco.
Os armários e a velha geladeira estão abarrotados de comida. Por onde se anda, há pacotes e mais pacotes.
As pessoas vão até lá para conhecer o menininho."De quinta-feira até hoje, mais de 50 pessoas vieram aqui. Nunca tinha visto tanta gente nesse barraco", ela diz, perplexa.
E continua, com sorriso de esperança: "A bateria do celular tem que ser carregada toda hora. Eu já atendi mais de 200 ligações nesses últimos dias".
Na tarde de ontem, o Correio voltou ao Del Lago. E comprovou a solidariedade das pessoas.
Durante a entrevista, o telefone não deu trégua. E as visitas não pararam. Gente de todos os lugares.
Do Plano Piloto, de Taguatinga, do Lago, de Brazlândia e ali, de pertinho também. Gente em carro importado. Gente a pé. Gente que se emociona. Que quer abraçar Pedro. Levar uma palavra de conforto para Almira. As histórias são comoventes.
Um empresário de Taguatinga levou o filho de 7 anos para conhecer a realidade do lugar onde Pedro vivia.
O menino, ao chegar, não quis descer do carro com ar condicionado
O pai insistiu. E lhe disse: "Venha ver a vida de verdade".
Depois, o homem abraçou Pedro como um pai.
"Ele chorou e eu acabei chorando também", conta Almira, escondendo as lágrimas.
O homem deixou a bicicleta, comida, roupas e brinquedos.
E foi embora sem olhar para trás. Uma moça da Asa Norte, também portadora do HIV, foi conhecer Pedro.
Encantou-se com ele. E falou, em lágrimas: "Eu tenho o mesmo que você. Vamos lutar juntos, viu?".
Pedro a abraçou e prometeu que sim. "Preciso tomar o remédio pra crescer e ficar forte. Minha mãe disse que vou vencer o vírus e ficar bom", ele acredita.
O último exame de carga viral que fez (que indica a quantidade do vírus por ml de sangue) deu bons resultados.
Os vírus diminuíram.
Casa nova
O casal Jorge, 43, e Maria das Graças Morais Rodrigues, 44, ambos militares, saiu de Arniqueiras (Águas Claras) e dirigiu o carro até o Condomínio Del Lago.
Gastou uma hora para chegar. Junto, eles trouxeram a filha, Natasha, 6 anos. Levaram roupas, brinquedos e mantimentos. Comovida, Maria das Graças observou:
"Se ninguém se manifestar, as pessoas morrerão à míngua. Mobilizei meus amigos para essa causa".
Ele emendou: "A força dessa mulher (refere-se a Almira) é impressionante".
Antes de partir, Maria das Graças prometeu:
"Eu voltarei, dona Almira". Engasgada de emoção, Almira apenas balançou a cabeça.
E uma das cenas mais comoventes foi protagonizada pela doméstica Elaine Silva, de 25 anos.
Moradora da Fazendinha, perto do Condomínio Del Lago, ela espalhou a história de Pedro dentro do ônibus que pega para chegar à casa onde trabalha, no Lago Sul.
Conseguiu sensibilizar as pessoas. Chegou carregando uma sacola abarrotada de alimentos.
Tinha feijão, arroz, açúcar, macarrão e até creme dental.
"A gente precisa ajudar. Ninguém sabe o dia de amanhã", observa.
Ainda ontem, no início da tarde, um engenheiro de Brasília, em companhia de duas mulheres, visitou aquele barraco.
Tirou medidas do lote e estudou a possibilidade de construir uma casa de verdade para a família.
"Eu nem acreditei quando ele disse isso", conta Almira, ainda trêmula.
Para completar a felicidade de Almira, uma de suas filhas e duas netas pequenas, que moram em Pilão Arcado, chegaram para passar uns tempos com ela.
"Minha mãe é uma pessoa muito lutadora. Precisa de ajuda", avalia Dionéia Silva, 30. Almira concorda:
"Quando preciso sair, pra buscar os remédios no Plano, não tenho com quem deixar ele (Pedro). Agora, posso ficar despreocupada".
E por falar em Pedro, onde ele está? Voando, em companhia da molecada, na rua empoeirada, a bordo da sua bicicleta com rodinhas.
Virou moleque, de jeito maroto, pés descalços, camisa encardida e bermuda suja de terra.
"Olha aí, tio, já sei andar", ele vibra. Almira não se contém de alegria: "Ele tá tão feliz, como nunca vi antes.
Acho que a vida dele tá começando agora". Pedro continua voando, voando... Essa história também quer recomeçar.
A partir de hoje ela será feita de esperança.
Solidariedade
fato real,
IV Conferência Nacional de Saúde Mental Já!!!!
IV Conferência Nacional de Saúde Mental Já!!!!
O Sistema Conselhos de Psicologia, a Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial e outras entidades que compõem a Comissão Intersetorial de Saúde Mental (CISM) lançaram a campanha IV Conferência Nacional de Saúde Mental Já!!!! para reivindicar a confirmação de sua realização pelo Conselho Nacional de Saúde.
A última Conferência foi realizada em 2001, quando foi aprovada a Lei 10216 que prevê a extinção de todos os leitos em hospitais psiquiátricos no Brasil e a constituição de uma rede substitutiva de atendimento e cuidado às pessoas com sofrimento psíquico grave.
Passados quase oito anos de esforços pela implementação de uma política de reforma psiquiátrica para atenção à saúde mental no Brasil, é preciso avaliar a atual condição e apontar diretrizes para o futuro.
Este momento de participação democrática é fundamental para os avanços da Reforma Psiquiátrica que queremos, uma Reforma efetivamente antimanicomial!
Leia abaixo o manifesto da campanha e dê seu apoio.
MANIFESTOIV Conferência Nacional de Saúde Mental JÁ!!!!!
A última Conferência Nacional de Saúde deliberou pela realização, em 2009, da IV Conferência Nacional de Saúde Mental. Cabe ao plenário do Conselho Nacional de Saúde encaminhar o início do processo da mesma.
É momento de mobilização!!! Queremos a realização desta Conferência por muitas razões:
A Conferência representa um momento democrático, no qual é possível a participação de diversos atores sociais, no processo de avaliação e deliberação acerca das diretrizes das políticas de saúde mental. Neste processo destaca-se importância da participação do usuário que aumentou significativamente com o conseqüente aumento de serviços. Estas pessoas precisam debater, propor mudanças e/ ou legitimar estes dispositivos como eficientes e necessários para o fortalecimento da Reforma Psiquiátrica.
Uma série de deliberações foi tirada na III Conferência, deliberações essas relativas ao processo de implementação da Reforma do Modelo de Atenção em Saúde Mental, à execução de políticas de saúde mental, à participação dos órgãos de controle social e tantas outras. É momento de avaliar a implementação durante esses anos, de ações políticas, nos diversos âmbitos de gestão, orientadas pelas diretrizes democraticamente aprovadas pela sociedade brasileira;
A última Conferência Nacional de Saúde Mental ocorreu em 2001, alguns meses após a aprovação da Lei 10216/01. Teremos em 2009 oito anos de vigência desta. Sabemos que a rede de atenção em saúde mental é hoje muito distinta daquela que tínhamos em 2001. Temos um número significativamente maior de serviços substitutivos, porém há uma escassez de CAPS III, um dispositivo fundamental de cuidado para o atendimento à crise. Temos diversas experiências acumuladas nos serviços e ainda um número significativo de leitos psiquiátricos a serem desativados. Convivemos com críticas relativas a esse novo modelo. Queremos um processo reconhecidamente participativo, efetivo e democrático para avaliarmos essa rede e para apontarmos futuras direções, que garantam avanços no processo iniciado. Queremos a IV Conf! erência Nacional de Saúde Mental!!!
As entidades abaixo assinadas vêm cobrar do Conselho Nacional de Saúde a confirmação da realização da IV Conferência, para que iniciemos uma mobilização que garanta um processo de organização e realização efetivamente democrático e participativo!!!!
Entidades pela Campanha
Conselho Federal de Psicologia
Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial
Movimento Nacional da Luta Antimanicomial
Usuários dos Serviços de Saúde Mental do MNLA
Familiares dos Usuários dos Serviços de Saúde Mental do MNLA
Federação Nacional dos Psicólogos - FENAPSI
Associação Brasileira de Autismo - ABRA
Central Única dos Trabalhadores - CUT
Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde - CONASS
Secretaria Municipal de Saúde de São Francisco de Paula/RS
Coordenação das organizações indígenas da Amazônia Brasileira - COIAB
Liga Brasileira de Lésbicas - LBL
Conselho Federal de Serviço Social - CFESS
Movimento Nacional da Luta Antimanicomial - MNLA
Associação de Redução de Danos do Acre - AREDACRE
Associação das Mulheres Acreanas Revolucionárias - AMAR
Fórum Goiano de Saúde Mental
Cineclube Antônio das Mortes
CAPS - Maria Vênus Cunha
Fórum de Saúde Mental e Direitos Humanos/ RN
CAPS Centro de Atenção Psicossocial de Pau dos Ferros/RN
Associação Cultural Rádio Nikosia
Associação Brasileira de Redutoras e Redutores de Danos - ABORDA
Centro de Direitos Humanos "Maria da Graça Bráz"
Política Nacional de Humanização
Associação Vida em Ação
Coordenação Nacional de Estudantes de Psicologia- CONEP
Conselho Regional de Psicologia 9ª Região
Núcleo Estadual de Saúde Mental - NESMAL
Associação Franco Basaglia
CAPS Caravelas BA
Caps III Dê Lírios
Programa de Redução de Danos de Pelotas/RS
Associação dos Usuários da Saúde Mental de Anápolis
Diretório Acadêmico Pura/Mente - Psicologia UNITAU
REDE PERNAMBUCANA DE REDUÇÃO DE DANOS
Núcleo da Luta Antimanicomial Nise da Silveira Joinville-SC
Centro de Atendimento à Saúde do Idoso - CASI
Secretaria de Saúde da Prefeitura Municipal de Canã dos Carajás-PA
Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá - MT
O Sistema Conselhos de Psicologia, a Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial e outras entidades que compõem a Comissão Intersetorial de Saúde Mental (CISM) lançaram a campanha IV Conferência Nacional de Saúde Mental Já!!!! para reivindicar a confirmação de sua realização pelo Conselho Nacional de Saúde.
A última Conferência foi realizada em 2001, quando foi aprovada a Lei 10216 que prevê a extinção de todos os leitos em hospitais psiquiátricos no Brasil e a constituição de uma rede substitutiva de atendimento e cuidado às pessoas com sofrimento psíquico grave.
Passados quase oito anos de esforços pela implementação de uma política de reforma psiquiátrica para atenção à saúde mental no Brasil, é preciso avaliar a atual condição e apontar diretrizes para o futuro.
Este momento de participação democrática é fundamental para os avanços da Reforma Psiquiátrica que queremos, uma Reforma efetivamente antimanicomial!
Leia abaixo o manifesto da campanha e dê seu apoio.
MANIFESTOIV Conferência Nacional de Saúde Mental JÁ!!!!!
A última Conferência Nacional de Saúde deliberou pela realização, em 2009, da IV Conferência Nacional de Saúde Mental. Cabe ao plenário do Conselho Nacional de Saúde encaminhar o início do processo da mesma.
É momento de mobilização!!! Queremos a realização desta Conferência por muitas razões:
A Conferência representa um momento democrático, no qual é possível a participação de diversos atores sociais, no processo de avaliação e deliberação acerca das diretrizes das políticas de saúde mental. Neste processo destaca-se importância da participação do usuário que aumentou significativamente com o conseqüente aumento de serviços. Estas pessoas precisam debater, propor mudanças e/ ou legitimar estes dispositivos como eficientes e necessários para o fortalecimento da Reforma Psiquiátrica.
Uma série de deliberações foi tirada na III Conferência, deliberações essas relativas ao processo de implementação da Reforma do Modelo de Atenção em Saúde Mental, à execução de políticas de saúde mental, à participação dos órgãos de controle social e tantas outras. É momento de avaliar a implementação durante esses anos, de ações políticas, nos diversos âmbitos de gestão, orientadas pelas diretrizes democraticamente aprovadas pela sociedade brasileira;
A última Conferência Nacional de Saúde Mental ocorreu em 2001, alguns meses após a aprovação da Lei 10216/01. Teremos em 2009 oito anos de vigência desta. Sabemos que a rede de atenção em saúde mental é hoje muito distinta daquela que tínhamos em 2001. Temos um número significativamente maior de serviços substitutivos, porém há uma escassez de CAPS III, um dispositivo fundamental de cuidado para o atendimento à crise. Temos diversas experiências acumuladas nos serviços e ainda um número significativo de leitos psiquiátricos a serem desativados. Convivemos com críticas relativas a esse novo modelo. Queremos um processo reconhecidamente participativo, efetivo e democrático para avaliarmos essa rede e para apontarmos futuras direções, que garantam avanços no processo iniciado. Queremos a IV Conf! erência Nacional de Saúde Mental!!!
As entidades abaixo assinadas vêm cobrar do Conselho Nacional de Saúde a confirmação da realização da IV Conferência, para que iniciemos uma mobilização que garanta um processo de organização e realização efetivamente democrático e participativo!!!!
Entidades pela Campanha
Conselho Federal de Psicologia
Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial
Movimento Nacional da Luta Antimanicomial
Usuários dos Serviços de Saúde Mental do MNLA
Familiares dos Usuários dos Serviços de Saúde Mental do MNLA
Federação Nacional dos Psicólogos - FENAPSI
Associação Brasileira de Autismo - ABRA
Central Única dos Trabalhadores - CUT
Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde - CONASS
Secretaria Municipal de Saúde de São Francisco de Paula/RS
Coordenação das organizações indígenas da Amazônia Brasileira - COIAB
Liga Brasileira de Lésbicas - LBL
Conselho Federal de Serviço Social - CFESS
Movimento Nacional da Luta Antimanicomial - MNLA
Associação de Redução de Danos do Acre - AREDACRE
Associação das Mulheres Acreanas Revolucionárias - AMAR
Fórum Goiano de Saúde Mental
Cineclube Antônio das Mortes
CAPS - Maria Vênus Cunha
Fórum de Saúde Mental e Direitos Humanos/ RN
CAPS Centro de Atenção Psicossocial de Pau dos Ferros/RN
Associação Cultural Rádio Nikosia
Associação Brasileira de Redutoras e Redutores de Danos - ABORDA
Centro de Direitos Humanos "Maria da Graça Bráz"
Política Nacional de Humanização
Associação Vida em Ação
Coordenação Nacional de Estudantes de Psicologia- CONEP
Conselho Regional de Psicologia 9ª Região
Núcleo Estadual de Saúde Mental - NESMAL
Associação Franco Basaglia
CAPS Caravelas BA
Caps III Dê Lírios
Programa de Redução de Danos de Pelotas/RS
Associação dos Usuários da Saúde Mental de Anápolis
Diretório Acadêmico Pura/Mente - Psicologia UNITAU
REDE PERNAMBUCANA DE REDUÇÃO DE DANOS
Núcleo da Luta Antimanicomial Nise da Silveira Joinville-SC
Centro de Atendimento à Saúde do Idoso - CASI
Secretaria de Saúde da Prefeitura Municipal de Canã dos Carajás-PA
Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá - MT
Brasília, 21/10/2008-Projetos Quilombolas
Brasília, 21/10/2008Apoio a quilombola inclui de caju a leiGoverno vai conceder de R$ 100 mil a R$ 200 mil a 28 projetos de geração de renda em comunidades remanescentes de quilombo-->
Conheça os projetos
Projeto de Melhoria da Identificação e Regularização de Terras das Comunidades Quilombolas BrasileirasProjeto de Melhoria da Identificação e Regularização de Terras das Comunidades Quilombolas BrasileirasInvestimento Socioambiental em Ações de Uso e Conservação do Solo em Comunidades Rurais da Bacia do Rio São Francisco
Leia também
Plano quer mais Bolsa Família a quilombolaGoverno prepara PAC dos quilombolasPovos tradicionais terão políticas adaptadas
SARAH FERNANDESda PrimaPagina
Vinte e oito propostas de projetos destinados a comunidades quilombolas receberão financiamento do governo federal para saírem do papel e virarem ações de geração de renda, promoção da igualdade de gênero e fortalecimento de organizações sociais. As iniciativas vencedoras, selecionadas entre 120 inscritos, abrangem desde estímulo à produção de artesanato e preservação da cultura até cultivo de caju e educação jurídica.
O processo de escolha ficou a cargo da SEPPIR (Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial). As 28 propostas, provenientes de 16 Estados, receberão entre R$ 100 mil e R$ 200 mil, dependendo das atividades previstas, durante um ano.
O objetivo da iniciativa é elevar a participação de quilombolas na formulação de políticas públicas, capacitar as comunidades para projetos de desenvolvimento local e aumentar a articulação entre instituições públicas e privadas que implantam políticas voltadas para quilombolas.
Entre as ações selecionadas, estão um projeto de educação popular jurídica, proposto pela Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de Salvador (BA), e a criação de abelhas para produção de mel no Amapá, proposto pela Associação de Moradores Remanescentes de Quilombolas do Mel da Pedreira.
Também receberão financiamento um projeto de Minas Gerais para aproveitamento de sapê para geração de renda (proposto pela Associação dos Remanescentes do Quilombo do Sapé), uma iniciativa de preservação da cultura tradicional no litoral norte do Rio Grande do Sul (proposto pela Associação Religiosa e Cultural Moçambique de Osórios), plantação de caju e mandioca na comunidade de Brejo de Dentro, no município pernambucano de Carnaíba (proposto pela Rede de Cooperação Técnica) e oficinas de artesanatos para mulheres em Sergipe (proposto pelo Grupo de Mulheres Produtoras Quilombolas).
No Brasil, o PNUD implanta projetos para tentar melhorar a estrutura de comunidades quilombolas, relacionados à regularização fundiária, uso e conservação dos recursos naturais e fortalecimento das comunidades.
Conheça os projetos
Projeto de Melhoria da Identificação e Regularização de Terras das Comunidades Quilombolas BrasileirasProjeto de Melhoria da Identificação e Regularização de Terras das Comunidades Quilombolas BrasileirasInvestimento Socioambiental em Ações de Uso e Conservação do Solo em Comunidades Rurais da Bacia do Rio São Francisco
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SARAH FERNANDESda PrimaPagina
Vinte e oito propostas de projetos destinados a comunidades quilombolas receberão financiamento do governo federal para saírem do papel e virarem ações de geração de renda, promoção da igualdade de gênero e fortalecimento de organizações sociais. As iniciativas vencedoras, selecionadas entre 120 inscritos, abrangem desde estímulo à produção de artesanato e preservação da cultura até cultivo de caju e educação jurídica.
O processo de escolha ficou a cargo da SEPPIR (Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial). As 28 propostas, provenientes de 16 Estados, receberão entre R$ 100 mil e R$ 200 mil, dependendo das atividades previstas, durante um ano.
O objetivo da iniciativa é elevar a participação de quilombolas na formulação de políticas públicas, capacitar as comunidades para projetos de desenvolvimento local e aumentar a articulação entre instituições públicas e privadas que implantam políticas voltadas para quilombolas.
Entre as ações selecionadas, estão um projeto de educação popular jurídica, proposto pela Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de Salvador (BA), e a criação de abelhas para produção de mel no Amapá, proposto pela Associação de Moradores Remanescentes de Quilombolas do Mel da Pedreira.
Também receberão financiamento um projeto de Minas Gerais para aproveitamento de sapê para geração de renda (proposto pela Associação dos Remanescentes do Quilombo do Sapé), uma iniciativa de preservação da cultura tradicional no litoral norte do Rio Grande do Sul (proposto pela Associação Religiosa e Cultural Moçambique de Osórios), plantação de caju e mandioca na comunidade de Brejo de Dentro, no município pernambucano de Carnaíba (proposto pela Rede de Cooperação Técnica) e oficinas de artesanatos para mulheres em Sergipe (proposto pelo Grupo de Mulheres Produtoras Quilombolas).
No Brasil, o PNUD implanta projetos para tentar melhorar a estrutura de comunidades quilombolas, relacionados à regularização fundiária, uso e conservação dos recursos naturais e fortalecimento das comunidades.
02/10/2008
Pesquisa traça perfil da violência física familiar em São Paulo
Renata Moehlecke
Um estudo de pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) determinou o perfil epidemiológico da agressão física familiar no município de Araçatuba (SP). Foram analisadas 7.750 ocorrências registradas na Delegacia de Defesa da Mulher da região entre os anos 2001 e 2005, sendo que 1.844 desses registros estavam relacionados à violência física intrafamiliar. A pesquisa, publicada na revista Cadernos de Saúde Pública da Fiocruz, concluiu que 81,1% das agressões ocorrem entre casais, 11,6% entre pais ou responsáveis e filhos e 7,3% entre outros familiares.
Mais de 80% das agressões investigadas ocorreram entre casais (Ilustração: Centro de Informações sobre Saúde e Álcool)
“Foi possível traçar o perfil tanto da vítima quando de seu agressor, mesmo que este se limite aos casos registrados pelas ocorrências policiais”, explicam os autores da pesquisa no artigo. “Tais informações podem ajudar a compreender as circunstâncias em que ocorreu a violência, contribuindo para a prevenção e enfrentamento do problema”.
Os resultados também apontaram uma maior freqüência de agressões entre casais nos finais de semana (38,9%), sendo o ciúme o motivo mais relatado (21,5% dos casos). Além disso, nos três grupos estabelecidos - casais, pais e filhos, e outros familiares -, o período entre 12h e 24h teve o maior número de registros. O atual companheiro foi o agressor mais freqüente no primeiro grupo e os pais no segundo, embora em mais de um quinto dos casos tenham sido os filhos que agrediram os responsáveis. Os irmãos prevaleceram entre os agressores no terceiro grupo. “Cerca de um quarto a um quinto dos agressores estava alcoolizado no momento da agressão”, afirmam os pesquisadores.
A pesquisa ainda revelou que a maior parte das agressões aconteceu em casa e que 98,3% dos agressores eram homens, enquanto 98,7% das vítimas foram mulheres. Outro dado destacado foi que, quando as agressões ocorrem entre pais e filhos, crianças e adolescentes representam grande parte das vítimas: 34,3% e 33,8%, respectivamente, predominando as meninas entre os adolescentes. Em relação à faixa etária, considerando ambos os sexos, indivíduos mais jovens, com idade entre 20 a 34 anos, predominam como agressores (43,7% dos casos). “Eram adolescentes 3,8% dos agressores e 5,2% das vítimas tinham idade maior ou igual a 60 anos”, comentam os pesquisadores.
Nos três grupos verificados, os laudos médicos se mostraram semelhantes. “As lesões, em sua grande maioria, eram leves e localizavam-se, principalmente, na cabeça e nos membros superiores, sendo as equimoses e as escoriações os tipos de lesões mais freqüentes”, relatam os autores. “Poucas vítimas referiram ter procurado atendimento médico, sendo grande o número de laudos sem esta informação”.
Os pesquisadores esclarecem que iniciativas de cooperação entre diversos setores, como saúde, educação, serviços sociais, justiça e política, são indispensáveis para resolver o problema da violência. “Mas, para que se possa planejar e desenvolver ações voltadas à prevenção dos casos e à assistência das vítimas de violência familiar, são necessários dados que permitam visualizar e compreender a situação”, concluem.
Publicado em 29/9/2008
Notícias
Renata Moehlecke
Um estudo de pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) determinou o perfil epidemiológico da agressão física familiar no município de Araçatuba (SP). Foram analisadas 7.750 ocorrências registradas na Delegacia de Defesa da Mulher da região entre os anos 2001 e 2005, sendo que 1.844 desses registros estavam relacionados à violência física intrafamiliar. A pesquisa, publicada na revista Cadernos de Saúde Pública da Fiocruz, concluiu que 81,1% das agressões ocorrem entre casais, 11,6% entre pais ou responsáveis e filhos e 7,3% entre outros familiares.
Mais de 80% das agressões investigadas ocorreram entre casais (Ilustração: Centro de Informações sobre Saúde e Álcool)
“Foi possível traçar o perfil tanto da vítima quando de seu agressor, mesmo que este se limite aos casos registrados pelas ocorrências policiais”, explicam os autores da pesquisa no artigo. “Tais informações podem ajudar a compreender as circunstâncias em que ocorreu a violência, contribuindo para a prevenção e enfrentamento do problema”.
Os resultados também apontaram uma maior freqüência de agressões entre casais nos finais de semana (38,9%), sendo o ciúme o motivo mais relatado (21,5% dos casos). Além disso, nos três grupos estabelecidos - casais, pais e filhos, e outros familiares -, o período entre 12h e 24h teve o maior número de registros. O atual companheiro foi o agressor mais freqüente no primeiro grupo e os pais no segundo, embora em mais de um quinto dos casos tenham sido os filhos que agrediram os responsáveis. Os irmãos prevaleceram entre os agressores no terceiro grupo. “Cerca de um quarto a um quinto dos agressores estava alcoolizado no momento da agressão”, afirmam os pesquisadores.
A pesquisa ainda revelou que a maior parte das agressões aconteceu em casa e que 98,3% dos agressores eram homens, enquanto 98,7% das vítimas foram mulheres. Outro dado destacado foi que, quando as agressões ocorrem entre pais e filhos, crianças e adolescentes representam grande parte das vítimas: 34,3% e 33,8%, respectivamente, predominando as meninas entre os adolescentes. Em relação à faixa etária, considerando ambos os sexos, indivíduos mais jovens, com idade entre 20 a 34 anos, predominam como agressores (43,7% dos casos). “Eram adolescentes 3,8% dos agressores e 5,2% das vítimas tinham idade maior ou igual a 60 anos”, comentam os pesquisadores.
Nos três grupos verificados, os laudos médicos se mostraram semelhantes. “As lesões, em sua grande maioria, eram leves e localizavam-se, principalmente, na cabeça e nos membros superiores, sendo as equimoses e as escoriações os tipos de lesões mais freqüentes”, relatam os autores. “Poucas vítimas referiram ter procurado atendimento médico, sendo grande o número de laudos sem esta informação”.
Os pesquisadores esclarecem que iniciativas de cooperação entre diversos setores, como saúde, educação, serviços sociais, justiça e política, são indispensáveis para resolver o problema da violência. “Mas, para que se possa planejar e desenvolver ações voltadas à prevenção dos casos e à assistência das vítimas de violência familiar, são necessários dados que permitam visualizar e compreender a situação”, concluem.
Publicado em 29/9/2008
Notícias
CONVITE GOVERNO BARCELONA
Prezados/as
Segue em anexo divulgação do evento realizado pelo Governo de Barcelona e pelo Ministerio de Sanidad y Consumo da Espanha em parceria com a Aliança de Redução de Danos Fátima Cavalcanti, Faculdade de Medicina da Bahia e a Associação Brasileira de Redutores de Danos (ABORDA).
Certo de que este evento muito contribuirá para as pessoas que trabalham com questão voltadas ao uso e abuso de sustancias psicoativas e seja nas esferas governamental ou da sociedade cívil. Reenvio o convite em nome da Mobilização da ABORDA/MA
Voce pode obter melhores informações acessando o link abaixo.
http://www.clat-virtual.com/viewpage.php?page_id=26.
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA
200 anos
EXTENSÃO PERMANENTE DO DEPARTAMENTO DE MEDICINA
Largo Terreiro de Jesus, s/n – Pelourinho. - CEP 40.026- 010 - Salvador / Bahia
TELEFONES: (71) 3321 0383 - Ramal 211 /3321-4888 - FAX 3321 4888
www.medicina.ufba.br/ard-fc ardfc@ufba.br
Salvador, 01 de outubro de 2008
Of. 207/08
Prezada Sr,
Vimos, por meio deste, informar a esta Coordenação a realização da “2ª Conferencia Latina Virtual sobre Redução de Danos y Prevenção de VIH/SIDA” nos meses de outubro e novembro deste ano. O evento, realizado pelo Governo de Barcelona e pelo Ministerio de Sanidad y Consumo da Espanha em parceria, com vários países, no Brasil está sendo organizado pela Aliança de Redução de Danos Fátima Cavalcanti – ARD-FC da Faculdade de Medicina da Bahia/UFBA com a participação da Associação Brasileira de Redutores e Redutoras de Danos (ABORDA). A conferência está articulada em torno de quatro idéias chaves: risco, saúde pública, uso de drogas e HIV/Aids. Com duração de dois meses, o evento se propõe a privilegiar o desenvolvimento e a contribuição desde um contexto geográfico determinado, a saber, a Iberoamérica; razão pela qual os dois idiomas a ser utilizados serão o Castelhano e o Português.
A transmissão se dará através de videoconferências, que no Brasil acontecerá nos dias 8, 15 e 22 de outubro das 12:00 às 14:00 horas na sala de videoconferência da Universidade Federal da Bahia, Pavilhão de Aulas da Federação III, localizado na Rua Barão de Jeremoabo, Campus Universitário de Ondina, Salvador.
Na conferência de abertura, contamos com a participação da socióloga Lilian Araújo, técnica da Aliança de Redução de Danos Fátima Cavalcanti que abordará o tema Redução de Danos na atenção básica à saúde: uma parceria entre universidades e os governos municipais.
Contamos com a participação de todos. Para maiores informações acesse: http://www.clat-virtual.com/viewpage.php?page_id=26.
Atenciosamente,
Professor Tarcísio Andrade
Coordenador
Aliança de Redução de Danos – Fátima Cavalcanti
Faculdade de Medicina da Bahia/Universidade Federal da Bahia
Ilmo. Sr.
Praça XV de Novembro, s/n – Terreiro de Jesus. – CEP: 40.025-010 – Salvador/BAHIA
Segue em anexo divulgação do evento realizado pelo Governo de Barcelona e pelo Ministerio de Sanidad y Consumo da Espanha em parceria com a Aliança de Redução de Danos Fátima Cavalcanti, Faculdade de Medicina da Bahia e a Associação Brasileira de Redutores de Danos (ABORDA).
Certo de que este evento muito contribuirá para as pessoas que trabalham com questão voltadas ao uso e abuso de sustancias psicoativas e seja nas esferas governamental ou da sociedade cívil. Reenvio o convite em nome da Mobilização da ABORDA/MA
Voce pode obter melhores informações acessando o link abaixo.
http://www.clat-virtual.com/viewpage.php?page_id=26.
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA
200 anos
EXTENSÃO PERMANENTE DO DEPARTAMENTO DE MEDICINA
Largo Terreiro de Jesus, s/n – Pelourinho. - CEP 40.026- 010 - Salvador / Bahia
TELEFONES: (71) 3321 0383 - Ramal 211 /3321-4888 - FAX 3321 4888
www.medicina.ufba.br/ard-fc ardfc@ufba.br
Salvador, 01 de outubro de 2008
Of. 207/08
Prezada Sr,
Vimos, por meio deste, informar a esta Coordenação a realização da “2ª Conferencia Latina Virtual sobre Redução de Danos y Prevenção de VIH/SIDA” nos meses de outubro e novembro deste ano. O evento, realizado pelo Governo de Barcelona e pelo Ministerio de Sanidad y Consumo da Espanha em parceria, com vários países, no Brasil está sendo organizado pela Aliança de Redução de Danos Fátima Cavalcanti – ARD-FC da Faculdade de Medicina da Bahia/UFBA com a participação da Associação Brasileira de Redutores e Redutoras de Danos (ABORDA). A conferência está articulada em torno de quatro idéias chaves: risco, saúde pública, uso de drogas e HIV/Aids. Com duração de dois meses, o evento se propõe a privilegiar o desenvolvimento e a contribuição desde um contexto geográfico determinado, a saber, a Iberoamérica; razão pela qual os dois idiomas a ser utilizados serão o Castelhano e o Português.
A transmissão se dará através de videoconferências, que no Brasil acontecerá nos dias 8, 15 e 22 de outubro das 12:00 às 14:00 horas na sala de videoconferência da Universidade Federal da Bahia, Pavilhão de Aulas da Federação III, localizado na Rua Barão de Jeremoabo, Campus Universitário de Ondina, Salvador.
Na conferência de abertura, contamos com a participação da socióloga Lilian Araújo, técnica da Aliança de Redução de Danos Fátima Cavalcanti que abordará o tema Redução de Danos na atenção básica à saúde: uma parceria entre universidades e os governos municipais.
Contamos com a participação de todos. Para maiores informações acesse: http://www.clat-virtual.com/viewpage.php?page_id=26.
Atenciosamente,
Professor Tarcísio Andrade
Coordenador
Aliança de Redução de Danos – Fátima Cavalcanti
Faculdade de Medicina da Bahia/Universidade Federal da Bahia
Ilmo. Sr.
Praça XV de Novembro, s/n – Terreiro de Jesus. – CEP: 40.025-010 – Salvador/BAHIA
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