03/09/2009

Álcool: problema grave para homens e hoje também para mulheres

Álcool: problema grave para homens e hoje também para mulheres O alcoolismo já foi uma doença predominantemente masculina. Desde a Segunda Guerra Mundial, esse quadro vem se alterando e o consumo de álcool entre as mulheres já preocupa tanto quanto o verificado entre os homens. Hoje, entre os jovens brasileiros, o consumo é similar entre homens e mulheres.

A emancipação feminina igualou os sexos, tanto para o bem, quanto para o mal. O que leva as mulheres a beberem? Como tratá-las? A quem elas devem recorrer? Tais questões foram abordadas pelo programa Palavra de Especialista, da Rádio Câmara, que entrevistou a psicóloga do Grupo Viva Maria Christina de Queiroz Lacerda, que é especialista em dependência química pela Unifesp. O programa foi ao ar no dia 19 de agosto, com apresentação de Aprigio Nogueira.

Segundo Christina, dois em cada três jovens de 12 a 16 anos consumem bebidas alcoólicas no Brasil. Metade dos que bebem é do público feminino, de acordo com a especialista. “A partir da revolução das mulheres, elas começaram a se equiparar aos homens garantindo seus espaços mas, por outro lado, também adquirindo hábitos antes restritos ao universo masculino, como o álcool, por exemplo”, contextualiza.

Ela aponta diferenças nos motivos que levam homens e mulheres a beber. Segundo a psicóloga, elas tendem muito mais a buscar no álcool o conforto para depressão, ansiedade e outros sentimentos.

Há dois padrões de consumo de álcool entre as mulheres, diz Christina. No primeiro grupo, formado por mulheres de meia idade, o álcool é consumido junto com ansiolíticos e outros medicamentos para diminuir a ansiedade. Já no universo das jovens, elas estão mais preocupadas em manter peso ou emagrecer, o que motiva o consumo de álcool e anfetaminas.

Christina Queiroz também falou sobre tratamento, exemplificando com o trabalho realizado pelo Grupo Viva, que tem sua metodologia baseada na Terapia Cognitivo-Comportental (TCC). “O dependente precisa adquirir novas habilidades, novos comportamentos, que dêem prazer e que substituam o uso de drogas”, diz, indicando a internação como necessária para o processo de recuperação.

Ao final do Programa ela recomendou aos jovens que evitem o abuso do álcool, sobretudo quando há casos de alcoolismo na família, procurando hábitos de vida mais saudáveis.

Para ouvir a entrevista, clique no link abaixo:


Entrevista com a psicóloga Maria Cristina de Q. Lacerda - Parte 1

Entrevista com a psicóloga Maria Cristina de Q. Lacerda - Parte 2


Fonte: Assessoria de Imprensa Grupo Viva

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